capítulo 34

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Julia Hamad.

A repulsa é inevitável,eu olho na sua direção e vejo que o sentimento é recíproco,foram poucas as vezes que a vir,mas as lembranças do nosso primeiro encontro são vividas em minhas mente,a dor que veio logo a segui está lapidada na minha pele.

As palavras ofensivas que saíram de sua boca.

Samira.

Aperto a minhas pálpebras privando os meus olhos da luz e inspiro profundo,pois sei que vou necessitar de todo o auto controle que ainda possa haver em mim.

Ao abri os meus olhos, a um sorrisinho desdenhoso bem visível em sua face ,um olhar afiado e desafiador,como se instigasse uma gerra,onde o único a sair avariado seria eu,nem sei se ainda me importo com isto.

Ainda com as mão sobre a fechadura,ela move a porta fechando logo a segui ,seus olhos fazem uma varredura nos arredores,como se procurasse por algo.

Somos só nós duas.

_Parece que atrasei-me, sem dúvidas gostaria de ter visto como ficou a suíte pós lua de mel.

Ela fala vagarosamente enquanto apoia uma mão sobre a outra em frente ao seu colo como se exibisse todas as jóias que haviam sobre elas.

_Você não parece-me muito bem firanghi,há!perdoi-me, Amira.

Meus olhos acompanham os seus movimentos,mas os meus lábios permanecem imóveis.

Por qual pecado estou sendo punida?
Não posso deixar de me questionar.

_Achei por um momento ter ouvido gritos, pareceu-me ter vindo deste recinto,ouvir errado "Amira"?

Seu tom de voz é sarcástico,sua intenção em me provocar é tão claro como os raios de sol que atravessam as grades da janela.

Tento mover o meu corpo sem dar sinais de todas as dores que sinto no momento ,mas seria impossivel,a adrenalina de segundos atrás já se dissipou.

_Apenas fale o que deseja e me deixe em paz por favor,senhora.

Minha paciência beira o seu limite a algum tempo,e não acho que tenho muito a perder.

Ela caminha vagarosamente em direção ao colchão, sentado sobre ele, mas antes limpa o local como se de fato ali estivesse sujo,cruzando as suas pernas com movimentos singelos ,delicados,como se para mostrar sua superioridade.

_Vim conferir por mim mesma se havia quebrado o vosso pescoço,mas para o meu desgosto ainda está intacto,um tanto machucado eu diria,noto que nosso maridinho exagerou um pouquinho desta vez.

Ela olha para mim,e seu sorriso ganha largas proporções.

Como posso ter tanto repúdio por alguém que vir somente algumas vezes?
Meu coração não é tão bom quanto achei que seria,dado ao repentino desejo que tenho tido de matar.

_Se Já constatou o que queria,por favor saia.

Falo com a voz embargada,mas não darei o gosto de deixar que esta mulher me veja chorar.

As suas mãos batem palmas que ecoam por todo quarto,ela sorri como se estivesse eufórica.

_ Hora vejam só, mau tornou-se ela a segunda esposa de um soberano já está dando ordens a primeira,pergunto-me que tipo de artimanhas tu usaste para cegar os olhos do meu marido.

Seus olhar ardiloso passeia por meu corpo de cima a baixo.

_Mas não irei facilitar a tua vida,por direito tu terás que obedecer-me,pois perante todos sou a primeira e única soberana,assim é a lei.

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