Depois de sair do hospital, Thaís e Murilo voltaram para São Francisco já que a lua de mel em Paris havia ido por água abaixo. Não, não era uma reclamação, os dois estavam mais felizes do que nunca haviam estado e as crianças haviam nascido tão saudáveis que depois de 3 dias ganharam alta do hospital.
Os gêmeos eram lindos, Maya tinha cabelinhos claros e olhos verdes assim como os de Thaís. Já Noah havia puxado Murilo, com cabelos escuros mas olhos verdes como os da mãe.
Nesse momento, Thaís estava deitada ninando Noah enquanto Murilo ninava Maya.
— Nossos bebês são tão lindos amor, fizemos tão bem. — Murilo fala colocando Maya deitada em seu peito.
— Sim, olha esses olhinhos... — Thaís fala acariciando o rosto pequeno do filho.
— Que saco, eles são a sua cara.
— Nada a ver, olha para o Noah. Ele puxou você! — Thaís rebate o marido que sorri encantado.
— Pelo menos um.
— Lógico, são 2.
— Idiota! — Murilo ri.
— Sabe, quando éramos adolescentes, eu não imaginava que os meus filhos um dia iriam chamar o meu melhor amigo de pai. Sempre falávamos que eu seria madrinha dos seus e você dos meus, lembra? — Thaís começa beijando a testa de Noah e o colocando junto de Maya no peito de Murilo.
— Lembro amor, é louco pensar nisso. Mas sabe que no fundo eu imaginava que seríamos pais juntos, afinal sempre fui completamente apaixonado por você.
— Meio difícil não se apaixonar por mim. — Thaís brinca e Murilo a mostra a língua. Ela se aproxima e o dá um selinho demorado.
— Que saudade de você. — Ele sussurra beijando o pescoço dela.
— Amor... Não dá né? Estou de quarentena pós parto. — Thaís fala baixinho, como se seus filhos pudessem entender algo. Os bebês estavam com três semanas de vida, o que significava que Thaís e Murilo ainda não podiam ter relações sexuais.
— Eu sei, não tem problema nenhum. Eu espero o tempo que for preciso. — Ela sorri novamente e ele a beija, quando eles iam aprofundar, um barulho de choro toma conta do quarto e Thaís olha para o colo de Murilo, onde Maya se contorcia.
— Ô amor de mamãe, vem cá. — Thaís fala pegando a bebê no colo e a ninando. — Shiu princesa, mamãe tá aqui. — Ela faz voz de neném e Murilo sorri apaixonado, amava tanto as mulheres da sua vida.
Thaís começa a ficar nervosa ao ver a filha chorando sem parar, já que, como todos os outros bebês, ela estava na fase de choros intensos, que ia da terceira a oitava semana de vida. A garotinha provavelmente estava com cólica.
— Quer que eu pegue um remédio? — Murilo pergunta ao ver o estado de Thaís, que ficava mais nervosa a cada segundo.
— Não. É... eu vi na internet uma coisa, vou testar. — Ela coloca Maya na enorme cama de casal dela e de Murilo e estica as perninhas da menina, começando a cantar para ela em seguida. — Se essa rua, se essa rua fosse minha... Eu mandava, eu mandava ladrilhar... — Ela canta quase num sussurro mas Maya continua chorando muito.
— Vou fazer massagem nela. — Murilo fala deixando Noah na cama e se aproximando da barriguinha da filha, acariciando a região delicadamente.
Aos poucos, o choro de Maya foi cessando e Thaís suspira aliviada quando vê a pequena dormindo tranquilamente.
— Você é a mãe mais incrível que eu já vi. — Murilo fala abraçando Thaís, que estava de costas pra ele.
— Não exagera, vida. — Ela fala sorrindo enquanto o homem virava o seu corpo e os deixava colados. Quando eles iam selar os lábios, a campainha toca e mais um choro se faz presente. Dessa vez era Noah. — Eita, hoje o universo está conspirando contra nós dois. — Thaís fala rindo se aproximando para pegar Noah, enquanto Murilo descia para receber seja lá quem fosse.
— Você quis copiar a sua irmã, foi? — Thaís fala rindo com voz de bebê. Era tão gostoso ser mãe que até os momentos difíceis eram bons.
Assim que ela faz Noah dormir de novo, seus pais adentram o quarto e Thaís vê Silvia abraçada a Murilo.
— Tá querendo roubar o meu marido, mãe? — Thaís brinca sorrindo. Nada nunca mais tiraria aquele sorriso do rosto dela.
— Nunca. Ele é um homem incrível mesmo mas é todo seu. — Silvia responde indo até a filha abraçá-la. — Seus olhinhos estão brilhando tanto, filha, muito bom te ver assim. — Ela fala no ouvido de Thaís, que sorri para a mãe.
— Tá cuidando bem dos meus bebês, Tha? — Sérgio pergunta abraçando a mãe das crianças, que sorri e assente.
— Mais do que bem.
Os pais de Thaís pegam as crianças no colo e acabam as acordando, fazendo Thaís olhar para Murilo e bufar. Só eles sabiam a dificuldade que era fazer aqueles dois dormir.
— Amores, descansem juntos aí já que eu e o Sérgio vamos roubar os bebês um pouquinho. — Silvia fala piscando para Thaís e Murilo e logo em seguida saindo com Sérgio para o quarto das crianças.
Murilo puxa Thaís pela cintura e se deita na cama, colocando-a por cima.
— Como você está? — Ele pergunta passando o dedo indicador pelo queixo dela.
— Que pergunta, né amor? Eu estou muito, muito, muito bem. — Thaís fala sorrindo e dando vários selinhos nele.
— Isso eu sei, estou querendo saber se você está cansada.
— Ah, estou um pouco, mas é um cansaço muito bom. Vale a pena.
— Você tem certeza que não quer contratar uma babá para eles? — Murilo pergunta invertendo as posições e ficando por cima dela, que sorri maliciosa.
— Por enquanto eu não quero. Vamos esperar mais um pouco, acho que nessa fase eles precisam mais dos pais do que de babás. Quem sabe daqui um tempo, né?
— Você quem manda, minha vida. — Ele fala e morde o pescoço dela arrancando um gemido quase inaudível.
— Eu sou sua vida, é? — Thaís pergunta mesmo sabendo da resposta.
— Porra amor, você ainda tem alguma dúvida? — Ele fala com uma voz de decepção e ela ri. — Thata, presta atenção aqui. — Ele pega o rosto dela com as duas mãos e cola suas testas. — Eu morreria por você. Eu daria tudo o que eu tenho se fosse a única solução para que ficássemos juntos. Então, nunca tenha dúvidas de que você é a minha vida, ok? — Ele fala tudo num sussurro e ela abre o mais largo sorriso que conseguia dar.
— Que cringe isso. — Ela fala e ele revira os olhos.
— Meu Deus, eu sabia que você tinha a alma de uma tia de 55 anos, mas não imaginava que algum dia essa palavra iria chegar ao seu vocabulário. Melhore. — Ele fala em meio a risadas por parte dos dois.
— Falei porque eu sabia que você ia reagir desse jeito. Te amo, tá? Você também é a minha vida e eu te amo além dessa vida.
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Isso é Amor - Tharilo
FanfictionThaís Melchior e Murilo Cézar são melhores amigos desde sempre. Passam a maior parte do tempo juntos e se dão muito bem, às vezes parecem duas crianças. Um é a caixinha de segredos do outro, e eles se completam. Suas famílias possuem, juntas, uma en...