capítulo 7 - me perdoe

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Murilo

Cheguei no quarto em que Thaís estava e a vi deitada na cama dormindo. Não havia nenhum aparelho ligado em seu corpo, nem mesmo um para a ajudar a respirar, o que me causou um grande alívio. Me aproximei dela e logo depositei um beijo em sua testa. Escorei na poltrona ao seu lado e acabei dormindo, já que a médica me disse que ela só acordaria no dia seguinte. Acordei e vi que a sua mãe estava no quarto também, olhei para a Thaís e pude ver os seus lindos olhos verdes abrindo com dificuldade. Me aproximei dela e sua mãe fez o mesmo.

— Oi meu anjo, você está se sentindo bem? – A perguntei assim que ela terminou de abrir os olhos.

— Murilo? Mãe? Onde eu estou? – Ela perguntou olhando tudo a sua volta.

— Filha, você está no hospital. Ontem aconteceram algumas coisas com você. Não se lembra? – A mãe dela a perguntou.

— A última coisa na qual eu me lembro é que eu fui no Rasselas com o Alex. Depois disso não sei mais o que aconteceu. – Falou um pouco confusa.

— Eu sabia que tinha dedo desse Alex no meio. Eu sabia! – Falei bravo.

— Calma, Mu. Agora não é hora de ficar com ciúmes, né. – Sua mãe falou rindo.

— Que ciúme o quê, dona Sílvia. Eu só não gosto desse tal de Alex. – Falei e Sílvia me lançou um olhar desconfiado.

— Vocês vão me contar o que aconteceu comigo ou não? – Thaís disse já um pouco irritada.

— Então, nem a gente sabe. Vou chamar a enfermeira aqui pra ver se ela nos explica. – Falei e elas assentiram. Logo peguei o telefone e disquei o ramal da recepção, e pedi a moça que chamasse a enfermeira. Em poucos minutos ela chegou.

— Dona Thaís, que bom que acordou. Como está? – A enfermeira a perguntou de forma gentil.

— Estou bem, obrigada. – Thaís respondeu sorrindo fraco.

— Doutora, você poderia nos explicar melhor porque a Thaís desmaiou e veio parar aqui? – A questionei.

— Pelo o que eu fiquei sabendo, a Thaís estava em um bar ontem acompanhado de um homem que já tinha passagem pela polícia. Se eu não me engano, seu nome é Alex. Ele já tinha armado todo um esquema pra pegar todo o dinheiro da Thaís, então levou um saquinho que tinha escopolamina dentro e despejou em um drink que ela tomou.
Escopolamina é uma droga bem forte, que ingerindo uma pouca quantidade dela já causa grandes efeitos, um deles é que a pessoa fica vulnerável e começa a fazer tudo o que o outro mandar, e foi isso o que aconteceu. Ele já ia levar ela ao banco para sacar todo o seu dinheiro, mas ainda bem que tinha um homem observando tudo e não permitiu isso. Logo que Alex saiu para ir ao banheiro, esse homem que se chama Ben foi até a Thaís que já estava um pouco inconsciente, e logo desmaiou. Uma outra funcionária do bar ligou para a polícia e para o resgate, e a Thaís foi encaminhada pra cá e o Alex preso. Graças à Deus ela ingeriu pouca droga, e isso não a causou muitos "danos". – A enfermeira explicou.

— Meu Deus. – Falei boquiaberto, sua mãe também ficou chocada.

— Me desculpe a pergunta, mas porquê ela saiu com um outro cara, sendo que vocês namoram? – Ela perguntou apontando para mim e para Thaís, que rimos.

— Moça, a gente não namora. Somos amigos e mais nada. – Falei.

— Melhores amigos. – Thaís falou dando ênfase no "melhores" e me deu um leve tapinha no braço.

— Mas bem que podiam namorar mesmo né, são tão lindos juntos. – Sílvia falou, ela sempre quis que nós fôssemos um casal. Thaís apenas revirou os olhos.

— Eu podia jurar que vocês dois namoravam, e realmente, dariam um belo casal. – A enfermeira falou. – Bom, Thaís, o doutor não me passou nenhum medicamento para te dar, e ele me disse que você ganhará alta no fim do dia. – Completou.

— Ainda? Eu quero ir embora, já estou bem. – Falou cruzando os braços.

— Tem que ficar em observação, mocinha. Você ainda está bem fraca. Vou pegar alguma coisa para você comer. – A enfermeira disse saindo.

— Eu estou morrendo de fome, vou lá na lanchonete comer algo. Quer alguma coisa,
Murilo? – Sílvia me perguntou.

— Não, obrigado. – Falei sorrindo e ela saiu logo em seguida, deixando eu e Thaís sozinhos no quarto.

— Murilo, podemos conversar? – Thaís falou sentando-se na cama.

— Claro. – Me sentei na beirada da cama, ficando em sua frente.

— Eu errei muito feio em não te falar que ia sair com o Alex. Eu sabia que você ia ficar bravo comigo, por isso não contei. – Falou.

— Sim, eu ia ficar um pouco bravo porque eu não gostei dele desde a primeira vez que o vi, mas você poderia ter me falado, eu não ia te proibir de ir, eu não mando em você. – Falei.

— Eu sei, mas eu achei que ele era um cara do bem. Nunca imaginei que ele fosse fazer isso comigo. Me perdoa por não ter te contado? – Ela falou passando a mão sobre o meu rosto e fazendo carinho nele.

— Claro que eu te perdôo, você não teve culpa de nada. – Falei e ela sorriu.

— Eu te amo demais. – Ela me disse.

— Também te amo, muitão. – A abracei.

— Você já avisou o pessoal da empresa que não vamos hoje porque eu estou aqui? – Ela disse saindo do abraço.

— Seu pai avisou lá e disse que só é pra você voltar assim que estiver recuperada. – Falei.

— Amanhã mesmo eu volto.

— Nada disso, você ainda precisa descansar.

— Ai, Murilo. Que saco! – Falou revirando os olhos.

— Quer que eu fique aqui com você até ganhar alta? – Perguntei.

— Quero. – Disse sorrindo.

Fiquei com Thaís no hospital, sua mãe pegou um lanche para mim na lanchonete que havia ao lado e a enfermeira trouxe um pra Thata. A ajudei a comer o mesmo porque ela ainda estava bem fraquinha por conta dos poucos efeitos que a droga causou nela. Passamos o dia conversando e assistindo séries pelo o meu celular, enquanto não dava a hora de ela ir para casa.

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Me desculpem pelo capítulo pequeno e pela demora para postar, é que eu não aguento mais escrever a estória com eles sendo apenas amigos. Prometo que quando eles finalmente ficarem juntos vou sempre postar. Beijos e não esqueçam de votar, isso me motiva muito a escrever. ❤️

Isso é Amor - ThariloOnde histórias criam vida. Descubra agora