capítulo 26 - intenções

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A semana passou num piscar de olhos, Thaís e Murilo já haviam visitado os principais pontos turísticos e praias do Rio de Janeiro e hoje seria o último dia deles na cidade. Esta havia sido, sem dúvidas, uma das melhores viagens que já fizeram juntos. Fora bem marcante também, se é que entendem o porquê.

O vôo de volta para os Estados Unidos seria na tarde do dia seguinte, sendo assim, hoje seria o último dia deles no Rio. Ambos queriam aproveitar o máximo possível.

— Amor, você ainda se lembra daquela lista de metas que fizemos quando você completou 15 anos? – Murilo a pergunta enquanto eles caminham pelo famoso calçadão de Copacabana.

— Lógico que sim, fico triste até hoje por ter a perdido. – Thaís suspira. – Será que há algo nela que ainda não cumprimos?

— Me lembrei de uma coisa enquanto caminhávamos e decidi que podemos fazê-la aqui no Rio. Topa ir comigo riscar mais um item?

— Qual item? Eu juro que não me lembro de nenhum agora. – A mulher o olha com o cenho franzido.

— Você vai descobrir quando chegarmos.

— Não Murilo, me fala de uma vez! – Protesta.

— É surpresa. Confie em mim.

Ambos voltam para o hotel, pegam o carro e vão para o shopping mais próximo.

— Por que diabos nós viemos parar em um estúdio de tatuagens? – Thaís pergunta arqueando a sobrancelha.

— Acho que viemos assistir um filme. – Murilo brinca.

— Eu te odeio.

— Ué amor, o que as pessoas fazem num estúdio de tatuagens?

— Você falou que íamos riscar um item da lista hoje, mas eu tinha colocado na lista que queria fazer uma tatuagem, e já fiz.

— Sim, você já tem tatuagem e eu também já tenho, mas não temos nenhuma igual.

— Meu Deus, então é isso! Por que a gente ainda não fez nenhuma juntos? Que droga!

— Deve ser porque você sentiu tanta dor na sua primeira que decidiu não fazer nunca mais. – Ele fala rindo.

— Eu nem me lembrava mais dessa dorzinha. – Ela fecha os olhos e abraça o homem. – Você já tem em mente o que nós podemos tatuar?

— Nós podíamos tatuar a palavra "always" no pulso para deixar registrado que estaremos um com o outro independente do que acontecer. – Ele sugere beijando o topo da cabeça da mulher. – Tem outra ideia?

— Tenho mas antes eu preciso te fazer uma pergunta. O que você mais gosta em mim?

— Tudo.

— Não começa Murilo. Tem que ser uma coisa só. – Thaís fala e ele lentamente aperta a bunda dela.

— Essa é uma das minhas partes preferidas. – Ele sussurra e Thaís revira os olhos.

— Amor... Você quer que eu tatue a minha bunda?

— Só se o tatuador for eu.

— Infelizmente essa não é a sua profissão, então escolhe logo outra parte.

— Dependendo da tatuagem, você pode fazer embaixo do peito. Gosto muito dessa parte também.

— Tudo bem, eu vou tatuar as suas iniciais embaixo do meu peito e você tatua as minhas.

— Não.

— Não o que? – Ela pergunta confusa.

— Não vou tatuar as suas iniciais. Vou tatuar outra coisa.

— O que?

— Você só vai saber depois. – Thaís revira os olhos.

— Que ódio Murilo, você gosta mesmo de testar a minha curiosidade.

— Amo. – Ele dá um selinho nela e os dois entram juntos no estúdio.

— Posso ir primeiro? – Thaís pergunta se virando para Murilo e ele assente. Ela se senta na maca e Murilo levanta a camiseta dela para mostrar ao tatuador onde seria a tatuagem. O profissional passa um anestésico para diminuir a dor e começa a trabalhar. – Puta que pariu! – Thaís reclama quando a agulha finca sua pele.

— Relaxa amor, estou aqui com você. – Murilo a acalma enquanto acaricia seus cabelos. Eles vão conversando durante o processo para que ela se distraia e quando se dão conta as duas tatuagens já estão finalizadas.

— O que você achou? – Ela pergunta.

— Ficaram lindas meu amor, muito obrigado por isso. – Murilo responde depositando um beijo no pescoço dela. – Agora vai pra lá que é a minha vez.

— Sério isso?

— Sim, amor. Vai comprar um lanche, uma roupa ou sei lá. Na hora que acabar aqui eu te ligo.

— Você é um desgraçado. – Thaís reclama dando um tapa em seu peito e indo em direção a uma loja de maquiagens.

Ela fica fazendo compras até Murilo a ligar avisando que já havia terminado as tatuagens.

— E aí? – Thaís pergunta chegando na recepção do estúdio e o vendo sentado no sofá. Ela estreitou os olhos para procurar alguma tatuagem além das antigas e da que ele havia feito no pulso, mas não encontrou nada.

— Não dá pra mostrar aqui, vamos pro carro.

Ambos entram no carro que estava no fundo do estacionamento e Thaís arqueia a sobrancelha, esperando ver a tatuagem de Murilo. Depois de enrolar um pouco, ele abaixa a barra da calça e revela o desenho que estava coberto pelo plástico. Thaís olha para o lugar na mesma hora e se assusta – de forma positiva.

— Amor, eu não acredito que você fez isso. – Fala emocionada quando vê um de seus olhos tatuado na pele do homem que ela mais ama.

O desenho era totalmente realista, Murilo com certeza havia pegado alguma foto da mulher e dado de inspiração para o tatuador. Era quase surreal.

— Eu amo cada detalhe seu, mas não há nada que supere os seus olhos. Ele me hipnotiza a todo momento. – Thaís sorri com o comentário e se senta no colo dele, depositando um beijo apaixonado em seus lábios. – E eu não sei se você percebeu, mas eu também tatuei o seu nome nas pálpebras do olho ali. – Ele fala apontando para a tatuagem que ficava entre o abdômen e a virilha. A mulher sorri mais uma vez e acaricia aquela região.

— Amor... Eu não sei o que dizer. Eu amei muito! – E volta a depositar beijos pelo rosto do homem. Como ela o amava!

— O que você está fazendo? – Murilo pergunta confuso quando ela começa a desabotoar os botões da camisa dele.

— Eu quero você agora. – Diz.

— Dentro do carro? E se alguém ver?

— Ninguém vai ver e se verem eu não ligo, não aguento esperar até o hotel. Não vai ser como a gente queria mas já dá pra matar um pouquinho a vontade. – Sem pensar duas vezes, Murilo a puxa para si e começa a distribuir beijos na região dos seus seios, tomando cuidado com a tatuagem recém-feita e aumentando cada vez mais o desejo de ambos.

Depois de estarem apenas de peças íntimas, Thaís empurra Murilo para o banco de trás e se senta em cima dele, que não perde tempo e já vai logo tirando o resto de roupa que restava no corpo dela. Em poucos segundos o corpo de ambos se tornara um só, e o prazer era tão grande que eles nem se importavam mais com o fato de estarem em um estacionamento.

— Você é a minha pessoa favorita. – Thaís sussurra com a testa colada na de Murilo.

— E você a minha.

***
Capítulo não revisado.

Isso é Amor - ThariloOnde histórias criam vida. Descubra agora