Capítulo 41

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— Any, veja isso! Olhe como é minúsculo e tão fofo! – o timbre de voz entusiasmado da morena fez Anahí rir. Maite estava tão empolgada com a peça realmente pequena em suas mãos, os olhos castanhos e gigantes brilhando em contraste com as maçãs rosadas de seu rosto angelical, ela arriscava dizer até que todos os presentes naquela sessão poderiam sair infectados com a onda de felicidade que envolvia a mulher grávida.

Era para ser uma tarde simples onde as duas saiam de suas respectivas rotinas para o que de início seria um passeio sútil até um de seus cafés favoritos, mas que acabou tornando-se uma espécie de tour por todas as lojas de bebês existentes naquela parte alta de Manhattan. O que primeiro seria apenas uma olhada sem compromisso, acabou com ambas de mãos e braços repletos de sacolas de diversos tamanhos, e não parecia que iria acabar tão cedo.

— Oh, é realmente encantador. Como é possível? – questionou tão encantada quanto, avaliando por entre as peças alinhadas e separadas por cor e tamanho. — Será que estamos exagerando?

— Eu realmente não me importo. – Maite negou prontamente, os olhos atentos a etiqueta — Esse é um tamanho para recém-nascidos, é perfeito, vou levar.

— Quer dizer, nós ainda nem sabemos qual o sexo e já estamos montando todo um enxoval! – observou com um sorriso divertido nos lábios, virando-se para avaliar outras peças.

— Podemos levar em cores neutras, não que eu me importe muito. – deu de ombros — Mas gostei dessa aqui, veja só – mostrou, sorridente — Deus do céu, mal posso esperar para estar com esse bebê nos meus braços.

— Henry está tão ansioso quanto você, eu suponho – Anahí observou os lábios da amiga repuxando em um meio sorriso — Como foi contar para a sua mãe?

— Imagine, até parece que você não conhece a dona Ruth, se você e eu estamos exagerando aqui comprando todas essas coisas, arrisco dizer que ela já está montando um playground em casa! – exclamou com um revirar de olhos divertido ao lembrar da reação da mãe ao saber que seria avó, não foi novidade quando ela contou e a viu começar a chorar entre soluços — E se você quer saber, ela também já está cheia de planos para quando você e o meu irmão resolverem aumentar a família também.

— Talvez nós estejamos considerando... – Anahí comentou por alto, contendo o sorriso quando viu a expressão surpresa no rosto da outra.

— Com considerar você está querendo dizer que estão tentando e tudo?!

— É! – Anahí assentiu com um entusiasmo que surpreendeu até a si mesma. Conversar com outra pessoa que não fosse Alfonso era diferente, parecia um desejo mais real, algo que ela não pensou poder sentir nunca mais na vida.

— Ai meu Deus, Any! Imagine só se você engravidar agora, nossos bebês terão a mesma idade, vão crescer juntos! – com os olhos lacrimejando, Maite fantasiou, involuntariamente levando a mão espalmada até a barriga levemente avantajada, duas manhãs passadas quando ela acordou e analisou a própria imagem refletida no espelho pôde apreciar o volume pequeno, depois de contar a todos que interessava foi como se o bebê soubesse que finalmente podia mostrar-se, e lá estava, crescendo e tomando forma.

— E espero que sejam bons amigos como nós somos. – Anahí declarou, sorridente — Espere aí, você está chorando?!

— O que posso fazer? São todos esses hormônios loucos fazendo uma festa aqui dentro, acabo chorando com qualquer coisa ultimamente, estou mais sensível que o normal – a morena fungou, secando o canto dos olhos. Anahí começou a gargalhar, mas a acolheu em um abraço terno. — Ok, chega, estão todos olhando para nós agora – afastou-se com uma careta — E estou ficando com fome, você sabe, agora eu estou comendo por dois. Podemos ir almoçar agora?!

𝙐𝙣𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙋𝙤𝙧 𝙐𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤 Onde histórias criam vida. Descubra agora