É preciso analisar toda a situação por outro ângulo antes de tudo.
Primeiro, Jessica saiu como um raio daquele jardim pronta para ir embora, seguida de uma Anahí que parecia estar fugindo de uma ameaça que poderia atingi-la a qualquer momento, e por último, Alfonso, que não parecia muito disposto a muitas explicações para as dúvidas que surgiram, enquanto os demais… bom, ninguém precisava de muito para entender o que possivelmente havia acontecido, tanto que ninguém ousou intervir.
— Bom, eu avisei. — Nina cruzou os braços, finalmente satisfeita, mas tanto Maite quanto Candice desviaram os olhos para ela, igualmente confusas. Mas no fim, não existiam sequer explicações para a situação nitidamente complicada.
Anahí sumiu dentro da mansão e Alfonso fez a própria escolha quando não refreou os próprios passos e correu para impedir Jessica de alcançar o próprio carro.
— Espere! — ele pediu, estaria disposto a implorar se fosse preciso, segurando o braço dela.
— Alfonso, me solte. — Jessica exigiu, recuando na defensiva — Eu vou embora.
— Não sem antes escutar o que eu tenho para dizer. — contrapôs. Os dois ficaram alguns segundos se encarando. Ela, nitidamente chateada, enquanto ele a olhava com a culpa transbordando de seus olhos. — Por favor, depois você pode ir, mas precisa escutar o que eu tenho para falar.
Apesar de relutar inicialmente, Jessica acabou cedendo, conforme ele soltava o braço dela e o clima começava a ser amenizado.
Nem tudo estava tão perdido quanto parecia.
— Errei quando não desfiz o mal entendido, quando deixei que não apenas a Anahí acreditasse. — ele recomeçou.
— Espere, mais alguém também pensou que estávamos juntos? — Jessica estava verdadeiramente chocada agora — Anahí, Maite… quem mais?
— A minha mãe — Alfonso revelou — A Sam…
— Até a Sam?! — a ruiva perguntou, em um silvo. — Alfonso…
— Eu sei, eu sei, fui errado, estou reconhecendo isso aqui, na sua frente. Mas se serve de algum tipo de consolo eu neguei para todas elas.
— Não para a Anahí! — acusou — Ela você deixou acreditar que sim, que tínhamos algo!
— Apenas porque eu queria atingi-la de alguma forma! — soltou, fazendo-a recuar inicialmente — Eu estava com raiva.
— Não justifica — ela rebateu e ele assentiu, aceitando a culpa.
— Não mesmo, você tem razão. Mas, por favor, tente entender — começou a pedir — Eu não queria magoar você, e eu tentei contar toda a verdade.
— Você tentou me beijar para provar o que, exatamente? — Jessica desarmou as justificativas dele com aquela pergunta — Queria provar para si mesmo que não sentia mais nada pela Anahí ou queria apenas me usar como estepe? Queria me usar para tentar esquecê-la?!
— Não, não é nada disso — Alfonso negou prontamente, tentando tocá-la, mas recuou quando Jessica se afastou bruscamente — Eu fiquei com aquilo na cabeça, com o que a Maite falou sobre eu realmente estar querendo algo além de amizade com você, tentei pensar daquela forma, e tentei, erroneamente, beijar você para saber se realmente poderíamos, mas…
— Não poderíamos, nunca — Jessica cortou — Eu jamais iria querer ter qualquer coisa com você além de amizade, principalmente sabendo sobre o que você estava sentindo com relação a volta da Anahí e tudo o que ela significa. Eu escutei você, eu aconselhei você, e eu, mais do que qualquer outra pessoa, me coloquei no seu lugar. Não seria justo.
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𝙐𝙣𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙋𝙤𝙧 𝙐𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤
FanfictionSinopse: Anahí Portilla e Alfonso Herrera estão ligados por um vínculo jurídico, um contrato de casamento. Ela prometeu ao pai em seu leito de morte que salvaria a empresa da família. Ele está determinado a expandir seu patrimônio. A solução encontr...