Capítulo 47

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A conversa não veio, em contrapartida, houve muito sexo, inúmeras vezes, sequências repetidas de um saciando a vontade que o outro tinha, Anahí pouco conduzindo mas deixando ser conduzida, e Alfonso só ficava cada vez melhor naquilo. Aproveitando para descarregar as frustrações causadas pelo silêncio dela. Não era uma solução precisa, mas funcionava.

Quando não estavam imersos em trabalho, ocupavam o pouco tempo que conseguiam juntos atracados um no outro, perdidos entre beijos, mordidas, poucas carícias; havia sempre rapidez e inquietação de ambas as partes. Mais dela do que dele, era verdade, porque em todas as vezes Alfonso encontrava uma maneira de punição prévia. Resultava em uma Anahí totalmente refém dele, disposta a deixá-lo tocar e conduzir seu corpo para ele como bem entendia...

...Como estava acontecendo naquele momento em cima da mesa de trabalho dele. O mundo lá fora continuava funcionando normalmente, com cada um seguindo a própria vida, ninguém fazendo ideia do que acontecia dentro daquela sala. Primeiro ela chegou até ali com o intuito unicamente de trabalhar, mas Alfonso não estava, digamos que disposto no momento. A verdade é que não conseguia se concentrar em trabalho, além da mente maquinando o tempo todo, quando tudo o que seus olhos conseguiam alcançar era o decote sutil dela, dando pouco espaço para sua imaginação. Piorou quando ela sorriu de canto olhando-o daquela maneira. Anahí sabia o que ele estava pensando e seu corpo reagia, assim, no automático. Nenhum dos dois ousava dizer que não era funcional.

— Hm, Poncho, estou tão perto... – Anahí gemeu, um som quase indecente desencadeando uma carga de adrenalina nele, que intensificou os movimentos ao se enterrar cada vez mais.

— Deixe vir, baby. Agora. – ordenou, intensificando as estocadas.

Ela estava esparramada sobre a mesa dele, as pernas envolta dele, a cabeça tombada de lado. Não houve muito tempo para nada e ele só conseguiu erguer a saia dela a tempo de arrancar sua calcinha sem nenhuma gentileza, penetrando-a com um único movimento. O tecido da blusa de seda que ela usava, todo amassado, a saia embolada em sua cintura.

Geralmente Anahí não era o tipo de mulher que costumava falar durante o sexo, poucas foram as vezes que ele a ouviu dizer qualquer coisa além dos gemidos desconexos, sempre chamando por ele, nunca relatando o que sentia propriamente dizendo, mas lá estava ela, hiper sensível, os olhos revirando de prazer. Ele não era louco, reconhecia como a cada vez que estavam transando, ela se mostrava diferente, principalmente nos últimos dias, ele era quem sempre estava apressado, mas ela começava a mostrar um desespero incomum... Principalmente quando começava a gozar como estava acontecendo. Gemendo alto, chamando por ele, pedindo por mais. Nunca saciada.

Então a atendia, satisfeito, sabendo que era o responsável por causar todas aquelas sensações. E logo era ele alcançando o próprio orgasmo, tão intenso quanto o dela, desmontando inclinado com a cabeça na barriga dela, mordiscando a pele quente um pouco acima do umbigo. Anahí suspirou sofrega, enterrando a mão entre os fios de cabelo dele, enquanto o sentia deslizar para fora de si lentamente. Gemeu baixinho no processo, finalmente abrindo os olhos a tempo de observá-lo pegando alguns lenços de papel para se limpar, logo passando entre as coxas dela, limpando os resquícios dele próprio. Alfonso ajustou a cueca e a calça, fechando o zíper e realinhando o cinto, a tempo dela erguer o corpo, endireitando-se sentada na mesa. Suas pernas ainda trêmulas.

Ele deixou um meio sorriso escapar com um riso divertido enquanto percebia a ausência de um dos botões de sua camisa, fechando as abotoaduras em seus punhos. Era a terceira que ela estragava.

— Está tudo bem? – checou, olhando-a afastar uma mecha de cabelo do rosto, ainda ruborizada, alguns fios desalinhados, os lábios ainda inchados, incrivelmente bonita corada daquela maneira.

𝙐𝙣𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙋𝙤𝙧 𝙐𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤 Onde histórias criam vida. Descubra agora