Assim que colocou os pés para dentro de casa, Anahí precisou de esforço para não deixar que as lágrimas caíssem de seus olhos, seu corpo não mais tremia, mas ela dirigiu de volta durante quase uma hora e meia com cada fibra de seu corpo tremendo, agora, o que restava era o choque no qual ela havia se prendido para não deixar seus joelhos vacilarem ali mesmo, no meio da sala e diante dos olhos de um Alfonso aturdido.
— Anahí! – ele correu na direção dela, afoito, as mãos voando em sua direção — Onde você estava? O que aconteceu?! Você está ferida?! Fale comigo, pelo amor de Deus, fale comigo. – implorou
— N-Não... Eu não... – tentou, engolindo em seco, não conseguindo sustentar o olhar dele por muito tempo, então, respirando fundo e deixando que ele a conduzisse em direção aos sofás
— O que aconteceu? Onde você estava?! – Alfonso voltou a questionar
Anahí tentou dizer algo, mas a voz não saia, e quando ela se esforçou novamente a voz de uma Maite desesperada adentrando a sala, a interrompeu.
— Aí meu Deus! Aí meu Deus! Graças a Deus aí está você! – Maite correu em direção ao irmão que guiava Anahí para sentar no sofá, seguida de um Henry igualmente afoito.
— Ela está bem? O que aconteceu?! – o casal questionou ao mesmo momento
— Ainda não sei, ela chegou agora – Alfonso informou por alto, agachando diante de uma Anahí atônita, logo voltando com as mãos para checá-la
— Está machucada?! – Maite avançou para aproximar-se mas Henry segurou seu braço, interceptando-a, o olhar mortal que ela o lançou o fez recuar também.
— Acalme-se, por nosso bebê, pela própria Anahí – pediu, e então a morena respirou fundo como pôde, levando a mão para esfregar a garganta em agonia, queria chorar e gritar com ele naquele momento, estava com os hormônios a flor da pele e embora estivesse preocupada com a amiga, sabia que Henry estava certo, não podia piorar a situação tendo um ataque bem ali, bastava o que tivera imaginando mil e uma possibilidades do que poderia ter acontecido enquanto ele dirigia e tentava acalmá-la.
— Você está machucada – Alfonso constatou quando sua mão parou no antebraço dela e Anahí recuou com uma careta — Eu vou cuidar disso, está bem? Mas preciso que você fale comigo, por favor. Estava enlouquecendo sem notícias suas.
Os resquícios de lágrimas acumulando nos olhos dele fizeram Anahí querer gritar, colocar para fora as próprias lágrimas e pedir que ele a abraçasse e nunca mais a soltasse. Alfonso estava visivelmente preocupado e em agonia por ela, preferia mil vezes estar mesmo inteiramente machucada ao invés de vê-lo daquela maneira.
— Estou bem. – ela conseguiu dizer, a voz saindo falha. Então engoliu em seco e inspirou, tocando o machucado numa tentativa idiota de tentar ignorar a ardência
— Onde você estava? – foi Maite quem perguntou, tinha deixado Henry aproximar-se e segurá-la, mas a sombra assustada permanecia em seus olhos castanhos — O que aconteceu, Anahí? Quando o Alfonso ligou dizendo que você tinha sumido eu não surtei de imediato porque pensei que você poderia... não sei, realmente não sei, mas então chego aqui e encontro você assim, machucada, em choque, o que diabos aconteceu?!
— Desculpe – Anahí pediu, olhando-a. Logo baixando o olhar sem conseguir encarar Alfonso também — Desculpe. Eu... Não sei – engolindo um pouco da saliva acumulando em sua garganta, ela reuniu uma coragem que não tinha e mentiu — Não... Não lembro, acho que acabei perdendo os sentidos por algum tempo. Caí, machuquei o braço e logo acordei, não sei, é... Está tudo muito confuso, eu só...
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙐𝙣𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙋𝙤𝙧 𝙐𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤
FanfictionSinopse: Anahí Portilla e Alfonso Herrera estão ligados por um vínculo jurídico, um contrato de casamento. Ela prometeu ao pai em seu leito de morte que salvaria a empresa da família. Ele está determinado a expandir seu patrimônio. A solução encontr...