Epílogo

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5 ANOS DEPOIS

Fragmentos de um futuro não tão distante...

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— Amor... O que está fazendo? — com um ar divertido de riso, Anahí questionou, observando-o posicionar-se atrás dela através do reflexo de ambos no espelho. Ao contrário dela, Alfonso já estava devidamente vestido com o suéter azul escuro que ela própria havia escolhido e jeans. Combinava com o vestido cinza de mangas e gola alta que ela usava, mas ainda levaria bem uma meia hora para estar pronta de verdade.

— Você está linda. — ele disse, não necessariamente respondendo a pergunta dela, estava mais ocupado em observá-la atentamente, as mãos sondando sutilmente em sua cintura para abraçá-la por trás.

— Mas eu nem estou pronta. — ela apontou, rindo do dar de ombros dele. — Enquanto você já está. Ande, deixe-me terminar de me arrumar.

— Sabe, esse vestido... — Alfonso recomeçou, impedindo quando ela fez menção de sair dos braços dele. — Seria cruel da minha parte arrancá-lo de você?

— Considerando que não faz nem cinco minutos que o coloquei... — Anahí estreitou os olhos em uma expressão acusatória e viu ele esboçar um meio sorriso sugestivo.

— Tudo bem, posso ser cuidadoso.

— Você quase nunca é. — ela zombou, afastando uma das mãos dele que subia por sua barriga, fazendo-o negar com um riso. Logo, reformulou; — Pelo menos não com as minhas roupas, quando quer retirá-las.

— Um amassinho aqui ou ali não deve fazer mal. — Alfonso desprezou, voltando com as mãos, daquela vez, para a barra do vestido que ficava nas coxas dela, tardando uns segundos antes de começar a erguer.

— Amor... Não temos tempo. — Anahí lembrou, observando-o ainda através do reflexo no espelho — Vamos nos atrasar para ir buscar as crianças. Não foi o suficiente o final de semana inteiro só para nós e longe deles?

— Você sabe que eu amo aqueles dois com toda a minha vida. Mas também gosto de ter um tempo com a minha esposa. E não precisamos de muito tempo, você sabe bem do que estou falando... — Alfonso ignorou os protestos dela. Bom, tentativas de protestos, para falar a verdade. Anahí até falava, pensando no atraso que seria caso resolvesse ceder ao que sentia que iria acontecer, mas estar realmente convicta era outra história. — Teremos tempo até para você considerar aquela conversa que nós tivemos semanas atrás...

— Oh, aquela onde você estava dizendo que quer adotar um cachorro, e eu estava afirmando que não vamos. Não é? — Anahí seguiu com o monólogo de sempre, e Alfonso parou com a boca no pescoço dela, buscando encará-la pelo reflexo do espelho.

— Ana — então Alfonso se afastou dela brevemente e Anahí aproveitou para se colocar de frente para ele — Amor — o tom de voz dele mudou para um mais implorativo, beirando a persuasão — Meu amor… Minha mulher linda. Razão da minha existência…

— Nada disso, nem venha com galanteios — Anahí negou firmemente, espalmando as mãos no peito dele antes que fosse tarde demais, mas logo o sentiu cheirar e mordiscar seu pescoço, as mãos impossíveis tocando seu corpo… Cristo, quando conseguiria não acabar derretendo nos braços daquele homem?! — Alfonso… Poncho, é sério!

— Por favor — e ele seguia implorando, ciente de que se continuasse persistindo, talvez, só talvez, Anahí não conseguisse vencer aquela queda de braço. — Você viu como as crianças ficaram animadas com a ideia.

𝙐𝙣𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙋𝙤𝙧 𝙐𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤 Onde histórias criam vida. Descubra agora