A ideia de família unida para os irmãos Herrera sempre fora algo primordial, assim como Alfonso, Maite cresceu cercada pelos bons costumes de Ruth, quem dizia que o mais importante na vida era ter aqueles que amamos por perto sempre. Aquele fora um dos motivos que levou a morena a marcar aquele jantar com Anahí por telefone, sempre positiva como era, ela não esperava ouvir um não como resposta, sabia que Anahí já não era a mesma, e quem não havia notado a mudança, não é verdade? Elas eram claras, ainda que ela tentasse não demonstrar tanto assim, Maite, quem havia sido uma de suas melhores amigas, notaria a quilômetros de distância que não tinham sido apenas os anos que fizeram Anahí mudar, mas o que custava tentar? Ela tinha em mente que assim como havia idealizado, aquela noite seria agradável.
O dia, tanto para Alfonso, quanto para Anahí, tinha sido extremamente cansativo, eles pouco puderam ver um ao outro, pois a viagem aconteceria na manhã seguinte, então teriam que adiantar algumas coisas para que a viagem ocorresse tranquila. O que para Anahí, estava saindo melhor do que o imaginado, uma vez que ela sentia um pouco de expectativa surgindo, já Alfonso, acabava sorrindo bobo todas as vezes que a escutava comentar algo sobre a viagem.
Naqueles dias, eles haviam mantido uma aproximação. Jantavam todas as noites juntos entre conversas, é verdade que nada pessoal, tudo sempre sobre a empresa, mas para Alfonso bastava. O que importava era ter Anahí por perto, fosse conversando sobre o trabalho, ou quem sabe, sobre como o café estava saboroso naquele dia. Era uma demonstração clara de que Anahí estava, cada vez mais, confortável com a presença dele, o que ficava cada dia mais claro.
— Nós costumávamos sentar sempre juntas, o que resultava em muitas conversas, então foi ai que eu levei a minha primeira advertência. Deus do céu... – ela pausou, negando entre risos. Era engraçado lembrar daquela situação tão marcante, logo ela que tinha sido sempre uma boa aluna – Você acredita?
— Sim, eu conheço a irmã que eu tenho. – Alfonso assentiu, também rindo do jeito divertido de como escutava Anahí dizer como era no colegial, de suas experiências com Maite, de tudo o que aprontaram juntas. – Maite era irredutível, e com você então, eu posso imaginar.
Eles estavam a caminho da casa de Maite, tinham optado por ir no mesmo carro, onde Anahí dirigia, e Alfonso a observava atento do banco de carona. Era noite, e ele não desviava os olhos dela, quem atenta ao volante, sequer percebia o próprio sorriso no rosto que se fazia presente o tempo todo. A conversa sobre como ela e Maite eram unidas na época do colégio, de como tudo parecia tão mais fácil, quando a vida ainda não a tinha feito passar por tantas provações. Foi justamente o que ela disse por fim, ocasionando uma onda de silêncio tremenda entre eles até que chegassem, finalmente, ao destino.
— Eu posso? – Alfonso fez menção de segurar a mão dela, quando já estavam de frente a casa da irmã
Ela olhou pra ele, ciente de que para os demais, os dois eram um casal, recém casados e apaixonados, ainda que esses outros fossem sua ex melhor amiga e o noivo, eles deveriam encenar do modo devido.
No entanto, o que fez Anahí dar a mão a Alfonso não fora aquela ideia fixa de que eles deveriam estar fingindo o tempo inteiro, e sim, a própria vontade e o conforto que sentiu para permitir aquele contato. Foi por isso que ela não precisou responder, apenas segurou na mão dele, com o olhar baixo e um sorriso discreto.
Novamente corada. Como ficava todas as vezes, e Alfonso não deixou de notar, sentindo aquela onda avassaladora dos sentimentos que sentia por ela vir à tona.
Pouco a pouco eles caminhavam, e era assim que deveria ser...
Após os cumprimentos, onde uma Maite extremamente animada fez questão de demonstrar toda a felicidade do mundo pela presença deles, os dois casais caminharam até a sala de jantar. Anahí não deixou de reparar, desde que chegara, na forma apaixonada que tanto Henry como Maite olhavam quando referiam-se ao assunto da vez que era sobre como haviam se conhecido. Maite ainda estava na faculdade, era jovem e despretensiosa demais quando conheceu o amigo do irmão em um jantar de família. Henry já era formado e tinha se juntado recentemente aos negócios dos Herrera. Bastou uma simples troca de olhares, o que resultou neles ali, juntos e noivos, com toda a expectativa para o casamento que aconteceria em breve.
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𝙐𝙣𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙋𝙤𝙧 𝙐𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤
FanfictionSinopse: Anahí Portilla e Alfonso Herrera estão ligados por um vínculo jurídico, um contrato de casamento. Ela prometeu ao pai em seu leito de morte que salvaria a empresa da família. Ele está determinado a expandir seu patrimônio. A solução encontr...