𝙐𝙣𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙋𝙤𝙧 𝙐𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤

Capítulo 08

    Aquele tinha sido um longo dia de trabalho e para Anahí, foi como voltar as origens. Tinha tanto tempo que ela não passava horas entretida com o trabalho, com toda sua atenção totalmente voltada para os inúmeros projetos que estavam sendo analisados, o que mais a deixava satisfeita era que estavam trabalhando em cima de uma ideia dela, um novo cosmético era analisado para ser lançado no mercado, um cosmético natural, seria lançado na linha para a beleza feminina, e a ideia que ela tinha tido, se fosse explorada corretamente, daria ótimos frutos. Portanto, se o preço fosse horas e horas de trabalho, ela faria com gosto, tão logo os resultados seriam triunfantes.

Anahí trabalhou tanto aquele dia que mal parou para almoçar. Contentou-se apenas com um café, e o resto da tarde passou analisando algumas pequenas amostras que seriam levadas para o laboratório, ela só iria conseguir sossegar quando tudo estivesse pronto para ser lançado no mercado, e apesar do cansaço, ela agradeceu também porque conseguiu ocupar a mente boa parte do tempo sem pensar em como seria o tal jantar que ocorreria a noite, pra falar a verdade, ela não estava lá tão animada, uma pena que não poderia recusar, ela até cogitou a ideia, mas fazia um tempo tambem que ela e Maite não saiam juntas, não seria nada mal fazer um esforço. Ao cair da noite, ela finalizou o trabalho por aquele dia e seguiu para casa. Alfonso também foi embora logo atrás dela, ele mais do que todos estava ansioso para aquele jantar, afinal de contas, pela primeira vez ele e Anahí sairiam juntos, como um casal, precisariam fingir, e como diabos ele faria para a ocasião não tornar-se desconfortável pra ela? Tudo bem pra ele, seria fácil ficar ao lado dela, trocar carícias, mas para Anahí, as coisas não eram tão fáceis assim, muito menos confortáveis.

Como seria aquele jantar era uma verdadeira surpresa para todos.

Já na sala, Alfonso esperava Anahí descer pronta para que por fim, eles fossem embora. E eles iriam juntos, seria no mínimo, estranho que os dois chegassem em carros separados, e ambos preferiam polpar comentários.

Anahí passou mais tempo do que o normal escolhendo uma roupa adequada para a ocasião. Ela sempre foi critica com o que e como vestir, dada as circunstâncias, não seria diferente passar mais tempo que o normal escolhendo entre um vestido e outro. Ela acabou decidindo por um na cor vinho, era um vestido de alças finas, decotado, e colado ao corpo, ia até a altura de seus joelhos, marcando o quadril, e combinaria perfeitamente com seu scarpam preto. Uma bolsa pequena e discreta completaria o look. Ela viu que não tinha mais tanto tempo e optou por deixar o cabelo solto, caindo por suas costas, marcou bastante os olhos com uma sombra preta, e seus lábios foram cobertos por um batom nude, estava pronta, precisava estar preparada para encarar a longa noite que teria pela frente, por isso enquanto encarava o próprio reflexo no espelho, ela suspirou, avaliando a própria Imagem refletida, criando a coragem que precisava.

— Vamos lá, Anahí. Coragem. – ela sussurrou, dando um longo suspiro e caminhando para fora do quarto.

Coragem...

Ela realmente precisaria!

Quase que automaticamente, os olhos de Alfonso foram de encontro a imagem de Anahí descendo as escadas. Céus... Ele prendeu a própria respiração assim que ela desceu o último degrau, folgando a própria gravata, ele contou mentalmente, relaxando os músculos, controlando-se para não avançar sem permissão, ele não podia mais colocar a carroça na frente dos burros e estragar tudo!

— Você está linda. – ele limitou-se a dizer, vendo-a corar

Por que diabos ela ficava tão linda corando daquele jeito? Era quase impossível para Alfonso não extrapolar nos elogios.

— Obrigada. – Anahí respondeu, desviando o olhar – Vamos?

— Sim, vamos. – Alfonso abriu a porta, dando-a passagem