- Negativo. - Ela disse após um suspiro aliviado. - Certo, negativo, graças a Deus. - Disse se sentando no sofá em seguida.
- É, Graças a Deus. - Ele se sentou ao lado dela, e ficou encarando o tampo da mesa de centro.
- Can, está tudo bem. - Ela passou o braço por volta dos ombros dele. - Não vamos ter um bebê. - Disse aliviada.
- É, nem hoje, nem nunca pelo visto. - Ele se levantou, claramente se esquivando dela.
- Can?
- Ne Sanem? Ne? - Disse. - Você acabou de falar que não confia em mim, que está apenas esperando o momento em que eu vou te deixar por outra, ou outras mulheres.
- Can, eu não quis... Eu estava nervosa.
- E foi exatamente por estar nervosa, que você me falou tudo o que você pensa.
- Não, Can, eu não penso isso...
- Agora tudo faz sentido. - Ele a interrompeu. - Você não querendo assumir um relacionamento comigo, esse seu receio em ser apresentada a minha mãe como minha namorada... Tudo faz sentido. Você nunca acreditou em mim.
- Can, eu acabei de achar que estava gravida, ainda estou bem assustada com tudo isso, será que podemos conversar amanhã? - Pediu, usando essa desculpa, com a esperança de que no dia seguinte ambos estivessem mais calmos.
- Eu não sei se eu quero conversar amanhã Sanem. - Ele disse, e ela percebeu o quão magoado ele estava. Can não era o tipo de homem que conseguia, ou se importava em esconder seus sentimentos. Nessa hora, nessa especifica hora, Sanem também entendeu que o havia julgado errado durante todos esses meses. - Eu vou dormir em outro quarto hoje. - Avisou.
- Você está terminando comigo? - Perguntou, e Sanem sim, ela se segurava ao máximo para não demonstrar a dor dilacerante que ela estava sentindo naquele momento.
- Eu... - E então, ele suspirou, encarou o chão por alguns segundos, tentando colocar seus pensamentos em ordem, e se voltou para ela. - Estou, não posso estar com alguém que não confia em mim. - Disse. - Eu não mereço isso. - Ele foi até o quarto, e voltou alguns minutos depois com uma mala de mão. - Pode ficar aqui, e fique a vontade, arrume suas coisas... Enfim...
- Can. - Sanem chamou quando ele já estava na porta. - Me desculpe. - Pediu, mas ele não respondeu, apenas saiu.
Foi quando Can fechou a porta, que Sanem entendeu. Ela entendeu que ele não era mais o mesmo garoto de anos atrás, que agora ele havia amadurecido tanto quanto ela. Ela entendeu que ele a amava, mesmo que nenhum dos dois dissessem isso com frequência. Ela entendeu que ele não a magoaria, porque, apesar de esconder seus sentimentos, Sanem sabia o quão grande eram seus sentimentos por ele, e mais, sabia que ele os sentia na mesma intensidade.
Naquele momento, Sanem entendeu que havia perdido, provavelmente, o amor de sua vida.
...
Na manhã seguinte, quando Eda e Serkan chegaram na E.E, essa manhã ela não tinha aula, ambos encontraram Can no hall, aguardando o elevador.
- Bom dia. - Eda disse a Can.
- Oi Eda. - Ele respondeu. O elevador chegou e eles entraram. - Eda... - Ele chamou, encarava o chão, e Eda e Serkan já haviam percebido que ele estava com uma expressão desanimada. - Eu terminei com a sua amiga, se você puder...
- Estou indo encontra-la agora. - Eda afirmou. - Você está bem? - Can assentiu.
- Vou até sua sala com você tudo bem. - Serkan avisou sabendo que é claro que o amigo não estava bem. - Eda, se quiser... - Serkan passou as chaves do carro para ela. - Use meu carro.
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Vas a Quedarte
FanfictionSentimentos não são fáceis de mudar. As barreiras criadas por uma pessoa, que havia chego no auge de sua dor, são quase impossíveis de se quebrar... Quase. Serkan Bolat era o dono dessas barreiras. Ele vestia diariamente uma armadura, que nem seus...