Vas a Quedarte

Capítulo 53

-  Não, como assim, você não pode leva-lo. - Nina disse assustada.

Ela e Ian estavam saindo de uma festa, quando presenciaram uma briga em frente ao pub em que estavam.

- Hey, pare com isso. - Ian se intrometeu, afinal, eram 2 contra um, e esse garoto estava sendo bastante nocauteado.

- Ian não. - Nina correu atrás dele, parando bem uns 2 metros longe da briga.

Só que quando ela menos se deu conta, a policia apareceu, e simplesmente algemou tanto Ian, quanto os outros 3 garotos.

- Não, não pode leva-lo, deixe ele em paz. - Nina disse em prantos.

- Nina, está tudo bem. - Ian disse, enquanto era algemado.

- Não, solta ele, anda, solta ele. - Ela disse desesperada.

- Nina, pega o meu carro, fica calma, e me consiga um advogado, vai ficar tudo bem. - Ian disse, e então Nina se lembrou que Christian estava fora da cidade para uma audiência, o que a desesperou ainda mais.

- Certo, certo... Vai ficar tudo bem. - Repetiu para si mesma, entrando no carro do namorado. - Eda. - Ela havia ligado para a única referência de segurança que conhecia. - Preciso de ajuda.

...

Já haviam se passado algumas horas, e estavam Can, Sanem, Nina, Eda e no meio do caos, Eda havia chamado Daniel, afinal, ele era advogado, e com certeza saberia fazer mais por Ian do que qualquer um ali. Todos estavam na sala de reuniões do andar de Can, ainda sem nenhum avanço.

- O que era de tão urgente assim Can? - Serkan perguntou entrando, e parando na porta ao ver todos ali.

- Serkan, o Ian foi preso, e não sabemos o que fazer. - Nina disse em desespero, assim que viu o irmão.

- Certo, e o que você quer que eu faça? - Perguntou sério, realmente decidindo se o ajudava ou não.

- Quero que você o ajude. - Pediu chorando.

- Você é advogado, não consegue fazer nada? - Ele perguntou com sarcasmo para Daniel.

- Hoje não, Christian conseguiria mas...

- Ele está viajando, e nós obviamente não vamos incomoda-lo. - Disse.

- Eu vou, se você não fizer nada, eu vou incomoda-lo. - Nina disse. - Isso não pode estar acontecendo de novo. - Nina disse, enterrando as mãos no cabelo. - Eu não posso perder ele da mesma maneira, não de novo. - Repetiu, então Serkan entendeu. Entendeu que a irmã havia se apaixonado, e entendeu que ela estava morrendo de medo, porque mais uma vez, ela via o homem que amava na prisão.

- Eu preciso ir. - Serkan disse.

- Você realmente não vai ajuda-lo? - Sanem perguntou, se intrometendo na conversa dos irmãos.

- Eu não disse isso, apenas disse que preciso ir.

- Mas nós já entendemos. - Eda disse com raiva, indo até Nina. - Não se preocupe, nós vamos dar um jeito. - Mas antes que Serkan pudesse escutar a continuação daquilo, ele simplesmente saiu.

Saiu, e entrou no elevador, lembrando do que sua terapeuta havia dito. Ele sabia que ao ajudar Ian, seria estar pensando mais uma vez, em alguém além dele, afinal, ele não suportava Ian, mas sabia que a irmã havia se apaixonado por ele. Ele só precisava fazer as coisas da maneira correta dessa vez.

...

- Ian Somerhalder. - O policial chamou um Ian bem que machucado. - Vem, você está liberado. - Disse, abrindo a cela para ele sair.

E 10 minutos depois, ele encontrava Serkan na sala dos oficiais do presidio.

- Serkan? - Ele perguntou de cenho franzido.

- O que aconteceu com ele? - Serkan perguntou, vendo o roxo que ele tinha no rosto. - Nenhum médico o atendeu?

- Não tem problema Serkan. - Disse encolhido, além do roxo no olho, ele também havia machucado a mão.

- Tem sim, estamos indo para o hospital. - Disse. - Vocês vão ter problemas por isso. - Advertiu o policial.

Serkan fez questão de levar Ian até o hospital, e inclusive, foi próprio Jasper, que estava por lá, quem o atendera.

- Então? - Serkan perguntou, assim que viu Jasper e Ian voltando da emergência.

- Está tudo bem com ele. - Jasper garantiu. - Ele vai fica com o olho inchado por alguns dias, mas vai sobreviver. - Afirmou tranquilo.

- Certo. - Serkan assentiu. - Obrigada Jasper, vamos Ian. - Chamou, e os dois se dirigiram até a E.E.

- Porque me ajudou? - Os 2 recém haviam entrado no elevador, e era a primeira coisa que Ian falava diretamente com Serkan.

- Por causa da minha irmã. - Respondeu direto. - Ela ama você. - Afirmou, e encarou Ian.

- Eu também a amo. - Serkan vi verdade na voz de Ian.

- Só te peço uma coisa Ian, não a magoe, ela já sofreu de mais. - Disse, as mãos no bolso, e a cabeça baixa. - Por causa dela eu estou sendo capaz de aturar você. - E Ian percebeu que ele estava sendo debochado.

- Quem tem que aturar você sou eu. - Disse em contrapartida, e ambos se encararam sorrindo. - Não se preocupe, não tenho nenhuma intenção de magoar Nina.

- Acredito nisso. - Disse, e Ian assentiu.

- Obrigada por me tirar da prisão. - Disse, e então, o elevador se abriu no andar de Can, e todos seguiam ali, só que agora estavam na recepção. Eles viram Serkan primeiro, e logo em seguida Ian.

- Ian. - Nina correu até ele, e o abraçou.

- Hey. - Disse, abraçando-a de volta, ali, ele estava completamente confortável.

Nessa hora, Eleanor já havia chego ali.

- Como você... - Nina perguntou, e então, olhou para o irmão. - Foi você.

- Serkan me tirou de lá. - Ian contou, e todos olharam surpresos para ele.

- Como você fez isso? Nem eu consegui. - Daniel disse.

- Obrigada Serkan. - Nina abraçou o irmão, sequer dando chance para que ele respondesse Daniel.

- Alguém tinha que livrar esse dai. - Disse debochado.

- Isso realmente merece uma comemoração. - Can disse sorrindo para Ian, e para Serkan. - Vamos. - Chamou todos de volta para a sala de reuniões.

- Surpreendente. - Eda disse baixinho para Serkan.

- Espero ter ganho pontos com a minha irmã, preciso voltar a ter uma relação com ela agora que você não está. - Disse sorrindo.

- Não sei porque, mas eu sinto que já está tudo bem, você fez algo por ela, e por Ian, que ambos vão te agradecer eternamente. - Disse.

- Espero não ferrar com isso também.

- Quer parar de ser assim. - Ela pediu, segurando o braço dele, e ambos pararam no corredor. - Você está tentando melhorar, pare de se subestimar.

- Porque você sempre é tão incrível comigo? - Perguntou, e viu Eda fechar os olhos, e suspirar antes de continuar.

- Porque mesmo que eu te odeie as vezes, eu perdi Serkan. - Respondeu. Ambos sabiam o que "perder" significava, mas não eram capazes de dizer em voz alta.

- Obrigada. - Agradeceu sincero, e ambos entraram na sala de Can.