Capítulo 16

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Nina e Ian, depois de algumas boas horas de transa, finalmente pegaram no sono, e foram acordar quando já era meio da tarde, ela acordou primeiro, se levantou, e ouviu os passos dele bem meia hora depois.

- Bom dia. - Foi encontra-la no sofá da sala, lendo algo que ela havia encontrado no meio da mesinha da sala. - Esse é o meu trabalho... Bom, era o meu trabalho, eu meio que perdi o prazo, e eles não aceitaram mais. - Explicou coçando o olho.

- Ele está muito bom. - Disse colocando-o de volta na mesa. - Não que eu entenda muito de jornalismo mas, ele realmente está muito bom. - Disse se levantando e indo até o balcão da cozinha.

- Obrigado. - Disse tranquilo, colocando a água para esquentar.

- Eu admiro muito você Ian. - Disse já sentada.

- Como assim?

- Sabe, você já tinha se formado em uma faculdade, tinha um ótimo emprego, e largou tudo isso para voltar para a faculdade. - Ele sorriu de canto.

- Alguém me disse uma vez, ou... Eu apenas li, ou vi em um filme que nós somo apenas tempo, e se não há tempo, o que nos resta? - Disse. - Eu só sei que chegou um certo ponto da minha vida em que eu me assustei com a ideia de um dia olhar pra trás, e me arrepender das coisas que eu não fiz. - Disse. - Se eu me arrepender, que eu me arrependa porque eu fiz ou tentei fazer o que eu queria.

- Ian Somerhalder, você é um homem sensível e profundo. - Ela disse sorrindo. - Fico muito feliz que você tenha entrado na minha vida. - Ele assentiu com a cabeça, e se serviu do café já pronto.

- Eu vou pedir alguma coisa para comer, você quer?

- Quero, mas... Ian, o que aconteceu aqui... Eu... - Ela vinha tentando evitar aquilo, talvez para ela mesma, mas havia chego a hora de finalmente os dois conversarem sobre o que havia acontecido.

- Ei, relaxa, os dois sabemos que foi apenas sexo. - E ela assentiu, de certa forma aliviada.

- E a nossa amizade? Como fica?

- Ué, a mesma. - Disse obvio. - O fato de nos sentirmos atraídos fisicamente pelo outro, não exclui o fato de que você ainda ama o Paul, eu ainda amo a Eda, e da nossa amizade vem o apoio e o bem que nós dois nos fazemos em relação a esses assuntos.

- Eu realmente adoro quando você fala sério dessa maneira, nem parece um garoto inconsequente e irresponsável. - Disse sorrindo, e ele riu erguendo as sobrancelhas. - Obrigada por isso. - Ela se aproximou dele. - Amigos? - Estendeu a mão, como ele havia feito um tempo atrás.

- Amigos... Com benefícios.

- É o que? - Ela bem se espantou, mas não pode negar que gostou da ideia.

...

Can não desistiu de ver Sanem tão facilmente na semana que se seguiu. Ele saberia que ela estaria enfurnada em casa, e completamente atordoada, afinal, sua estreia seria dentro de alguns dias, mas mesmo assim, ele fez questão de passar lá algumas vezes, apenas para levar algo para que ela comesse, e checar como ela estava. De certa forma, apesar de bastante atordoada, como previu ele, ela bem gostava dessas visitas... Eram os poucos momento em que ela verdadeiramente relaxava, e não pensava em jogar tudo para os ares, com medo de que não desse certo. Toda vez que ela pensava isso, ela se lembrava da conversa que tivera com ele, e da segurança que ele passou, lembrando-a de que independente do que aconteceria, ele estaria ali. Esse pensamento bem a assustava um pouco, mas ela tinha a cabeça cheia de mais para pensar nos problemas que seus sentimentos por Can Divit a causariam.

Por outro lado, Eda e Serkan não trocaram mais do que uma dúzia de palavras após aquele episódio onde os dois terminaram juntos no chão da sala. Da parte dele, tal atitude veio, justamente porque ele havia, pela primeira vez em anos, mudado o foco de seus pensamentos para qualquer outra coisa que não fosse Madison, da parte dela... Bom...

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