Capítulo 43

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E funcionou, melhor do que da primeira vez, mais leve do que da primeira vez na verdade, aquilo, aquela trégua, funcionou, tanto que, naquela tarde de quarta, na maior das boas vontades, Eda simplesmente decidiu que queria almoçar com o marido, por isso, foi até o andar dele, passou por Margaux com um sorriso vitorioso no rosto, e simplesmente foi entrando na sala do marido, para encontra-lo ali com Christian e Can.

- Serkan. - Ela disse da porta. - Oi. - Disse, cumprimentando Can e Chris.

- Oi linda. - Christian disse sorrindo para ela.

- Oi- Serkan disse tranquilo, esboçando um pequeno sorriso para ela. - Precisa de alguma coisa?

- Nada, só queria almoçar com você, mas se está ocupado...

- Me de 5 minutos? - Pediu.

- Claro, estou na minha sala, me busque lá. - Ele assentiu, ambos sorrindo um para o outro, e ela saiu.

- Certo, o que foi isso? - Can perguntou bastante surpreso com a leveza da cena que havia visto.

- Isso meu amigo, se chama trégua, você deveria tentar qualquer hora. - Disse se levantando e desbotoando o blazer no processo. - Agora, será que podemos resolver esse problema do estacionamento de uma vez, eu tenho um almoço com minha esposa. - Pediu.

Não levou mais do que 5 minutos para que aquele problema fosse resolvido, e para que Serkan fosse até o andar de sua esposa. Ambos saíram da E.E no carro do Serkan, e decidiram almoçar em um restaurante um pouco mais afastado, sem o tumulto de um dia útil de Londres.

- Eu só não vejo a necessidade de um salário para trabalhar em uma fundação, além do mais, eu já tenho um emprego.

- Você tem 2 empregos e uma faculdade Eda, eu juro que não sei como da conta, mas ainda assim, eu acho justo uma compensação por trabalhar na fundação.

- Eu aprendi com o melhor workaholic a ser uma workaholic, agora, pare de tentar me comprar. - Disse voltando a comer sua comida.

- Eu não estou tentando te comprar, eu só acho que seria mais fácil se...

- Toda vez que eu fizer algo por você, você fizer algo por mim, certo, mas eu não estou trabalhando na fundação por você, eu estou trabalhando por mim, eu adoro lá, e é um trabalho que me enche, me da outra visão da vida, me da quase que um sentido na vida. - Explicou.

- Certo, me desculpe. - Disse sorrindo. - É... Muito bonito ver você dizer isso. - Confessou, e ela sorriu surpresa.

- Ah... - Então ela se lembrou. - Mas na verdade, tem algo que você pode fazer por mim.

- Peça. - Disse na mesma hora.

- Bom, realmente, trabalhar em 2 lugares e ir para a faculdade não é lá a coisa mais fácil do mundo, mas facilitaria muito o meu dia se eu tivesse um carro...

- Você tem um motorista... - Ele disse de cenho franzido.

- Certo, mas as vezes eu preciso sair no meio da tarde, e preciso ficar catando o motorista pela empresa, com um carro isso seria bem mais fácil sabe...

- Ótimo, me diga qual você quer, que é seu...

- Até a sua... - E ambos encararam a BMW de Serkan estacionada a alguns metros dele.

- Bom, vamos manter minha BMW, minha Ferrari e minha Mercedes longe de você. não... - E ela riu.

- Não quero um de seus carros Serkan, quero um carro que seja meu, de preferência no meu nome, e que eu não precise morrer de medo toda vez que entrar nele para não arranhar e você se irritar. - Explicou, e foi a vez dele de rir.

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