Capítulo 21

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No dia seguinte, quando Nina e Eda acordaram, relativamente em horários próximos, e desceram, Serkan já estava lá.

- Bom dia little sis. - Serkan disse da sala, segurando sua caneca de café. - Sua decisão de voltar para a faculdade continua a mesma certo? - Conferiu.

- Bom, sim. - Disse coçando o olho.

- Então suba, e preencha o formulário que está no seu e-mail, amanhã vamos até sua antiga faculdade.

- O que? Eu... Pensei que fosse ter mais tempo, e, como você fez isso Serkan, é domingo?

- Domingo, segunda, terça, é apenas mais um dia na semana. - Disse tranquilo, Eda via a conversa dos dois irmãos bastante desanimada da mesa.

- Claro, Serkan Bolat. - Disse obvia. - Eu posso comer alguma coisa antes? - E Serkan apontou para a mesa onde Eda já estava sentada.

É claro que aquilo a desanimava, Nina ia voltar para a faculdade, e ela continuaria presa na torre da Fera, assim pensou.

O fato de ter transado com Serkan na noite anterior, sequer interferiu em seu sentimento de repúdio, e até ódio dele nessa noite. Esse sentimento se intensificava ainda mais quando ela própria se dava conta de que, o mesmo homem que era capaz de lhe dar tanto prazer, também era o mesmo homem que a fazia derramar lagrimas noite sim, e outra também. Simplesmente, ele a estava privando de fazer o que ela mais amava no mundo, de estar com seus amigos, de conviver com seu pai, resumindo, de ter sua liberdade. Sim, aquela, era outra noite da qual ela chorava.

Serkan sabia que isso aconteceria, havia percebido a esposa alheia a tudo durante todo o dia, e como aqueles episódios de choro de Eda, já não eram novidade para ele, sim, ele soube que essa noite, a esposa choraria. Por isso, ele estava ali, parado na porta do quarto ela, zelando seu choro.

Eda não sabia que ele estava ali, in fact, ela achava que ele já estava dormindo, afinal, já era tarde da noite, e no dia seguinte ele acordava cedo para ser o magnata Serkan Bolat, por isso ela saiu do quarto. Ia buscar água, mas seguia com seu rosto molhado pelas lagrimas.

- Serkan? - Se assustou quando abriu a porta e o encontrou ali.

- Oi. - Disse sério. - Porque está chorando? - Perguntou sabendo a reposta.

- Você realmente quer que eu responda? - Perguntou secando seu rosto.

- Não. - Sussurrou, e se aproximou dela, abraçando-a. Ela não gostava de parecer vulnerável na frente dele, mas quando ele a abraçou, foi inevitável segurar as lagrimas. - Eu sinto muito. - Disse em meio a outro sussurro, e percebeu sua camisa ficando molhada pelas lagrimas dela. - Vem. - Ele se encostou na parede, e se sentou no chão, ela aninhada nele.

Era irônico a cena que acontecia ali, afinal, o responsável por suas lagrimas, era justamente a pessoa que as estava secando.

Ambos ficaram ali por bem quinze minutos, e em meio às lagrimas, e aninhada a ele como ela estava, ela dormiu. Serkan a carregou cuidadosamente, e a colocou na cama, mas não satisfeito, em uma ação que sequer ele próprio reconhecia nele, ele simplesmente se deitou ao lado dela, que logo se aninhou com a cabeça no peito dele, e dormiu.

- Eda, hey Eda, acorda. - Serkan a acordava na manhã seguinte.

- Que? Me deixa dormir Serkan. - Disse fechando os olhos com força, na intenção de bloquear o incomodo que a luz que vinha de sua janela aberta causava.

- Preciso que me acompanhe, vamos, até a Nina já está acordada.

- Bom pra ela, me deixa dormir.

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