Passando aqui pra falar que o título desse capítulo é referência a uma música da banda lime cordiale, chamada "waking up easy". Meu irmão me mostrou ela e foi tipo amor à primeira vista, sério!!! E a letra tem muito a ver com esse capítulo, então tá aí em cima, se vocês quiserem escutar! Eu recomendo muito!!!
Boa leitura!!!
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A primeira coisa que Gerard pensou ao acordar foi "quem caralhos ligou o Sol?!", o que, obviamente, não fazia sentido algum, porque não havia maneira de ligar e desligar o Sol. Foi assim que ele percebeu que estava se sentindo como Rocky Balboa depois de lutar contra Apollo Creed e que tudo isso se tratava de uma ressaca. E das grandes.
Abrindo os olhos devagar, sentiu a luz do dia queimar suas orbes e sua cabeça latejar de dor, fazendo-o gemer e fechar suas pálpebras novamente. Piscando vezes seguidas, começou a se ajustar à claridade, e logo pôde enxergar o lugar onde estava. Demorou para que o rapaz entendesse que não havia sido raptado, mas sim adormecido na cama de Frank depois da festa dele. Agora, como ele havia permitido que isso acontecesse e o que o havia levado até ali, ele não sabia.
Na verdade, Gerard não se lembrava de praticamente nada da noite anterior. Tinha alguns fragmentos de memória, alguns flashes confusos que não pareciam se encaixar direito em sua cabeça: lembrava-se de uma piscina, de cigarros, da voz do Frank, de um lustre… E, era impressão dele ou o Michael Jackson esteve na festa?! Não, isso não era possível. O cara estava morto, afinal. Porém, ele se lembrava de algo que remetia ao cantor. Também se lembrava de algo sobre gazelas, cabritas e muito vômito. E também… Beijos?
Gerard sabia que não se lembraria de nada naquele momento, sendo que havia acabado de acordar e nem ao menos sabia que horas eram. O que ele sabia era que precisava achar Frank, que não estava em lugar algum do quarto, e aí talvez pudesse achar as respostas que precisava para preencher as lacunas em sua mente dolorida. Sendo assim, o rapaz levantou-se vagarosamente, colocando a mão na boca quando sentiu bile subir à sua garganta, mas conseguindo impedir que acabasse vomitando ali. Suspirando, colocou-se de pé, meio cambaleante, e se arrastou para fora do quarto, mesmo sem saber exatamente para onde ir — afinal, ele não se lembrava de como havia ido parar no andar de cima, então não sabia como voltar para baixo.
Poucos segundos depois de começar a andar pelo corredor, começou a ouvir passos vindo em sua direção, e não demorou para que visse a figura de Frank surgir da escada, sorrindo levemente ao encontrar o mais velho parecendo um zumbi do The Walking Dead no meio de sua casa.
– Hey! – cumprimentou Iero, aproximando-se lentamente dele. – Bom dia! Pensei que não acordaria antes do meio-dia.
– E eu não pensei que chegaria a acordar – disse Gerard, sua voz falhando por causa do tempo sem usá-la. Ele pigarreou, e continuou: – Eu posso usar o seu banheiro?
– Claro! Terceira porta à direita. E tem uma escova nova no armário, se você quiser usar – falou o mais novo, apontando para trás do outro, indicando a direção onde o aposento estava. – Venha para a cozinha quando acabar. Tenho certeza de que você está precisando de um bom copo de café!
– Okay, obrigado.
Depois disso, Gerard dirigiu-se ao banheiro, bem no momento em que sua náusea voltou com tudo. Ele conseguiu vomitar no vaso e, em seguida, deitou-se no chão frio, sentindo seu corpo tremer e suar pelo esforço que havia feito ao regurgitar.
– Eu nunca mais vou beber. Nunca – murmurou para si mesmo, soltando um gemido enquanto se levantava devagar.
Assim que o rapaz conseguiu se estabilizar em pé sem que sentisse tonturas ou enjôos, começou a fazer sua higiene matinal. Isso não demorou mais do que cinco minutos e, depois que acabou, fez o que Frank pediu e desceu as escadas. Felizmente, ele se lembrava bem onde a cozinha da casa ficava, então não levou muito tempo para que visse a figura do mais novo de costas para ele, cozinhando alguma coisa no fogão enquanto assobiava uma canção aleatória.
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Metamorfose || {frerard}
Fanfiction"Como 95% das pessoas que moram no Brooklyn, Gerard estava lá por um motivo ruim. E não, ele não era criminoso, drogado, traficante, ou qualquer merda do tipo. Ele seria um rapaz normal de vinte e sete anos para a sociedade - isso, se ele tivesse um...