Advices

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POR FAVOR, leiam as notas finais desse capítulo depois que acabarem de ler ele. É MUITO importante!!!

Boa leitura!!!

•••

Nove anos depois

– Depois disso, uma semana se passou, e depois duas, três, quatro… Eu e Anthony nos demos tão bem que, em apenas alguns dias, já agíamos como velhos amigos. A nossa sintonia era tanta, que me esqueci da coisa de "ir embora". Acabei ficando e, com o tempo, o seu avô meio que… "Me adotou", eu acho. Mas, bom, é isso aí. Foi o que aconteceu.

Gerard deu um último gole no café que havia feito durante a conversa, e esperou Frank, que já havia acabado de beber sua xícara, falar algo sobre a história. Não foi bem uma surpresa quando a primeira coisa que ele comentou foi:

– Por favor, não fale que foi adotado. Isso faria de você o meu tio, então toda vez que eu te beijasse seria incesto, e eu ainda pretendo fazer isso mais vezes, então quero ter a consciência limpa para fazer isso.

– É sério? É isso que você tem a dizer sobre tudo o que eu acabei de te falar? – indagou Gerard, descrente e levemente ofendido.

– Olha, a minha forma de lidar com situações estressantes é fazer piadas sem graça. Lide com isso, okay? – argumentou Frank. – Mas eu não tenho muito o que falar. Quer dizer, você se fodeu boa parte da sua vida e agora eu entendo o porquê de você ser tão… Bem, você. Mas agora você está bem, não está? Você cresceu na vida.

– Você teria razão, se não fosse pelo fato de que eu ainda sou assombrado pelo meu passado. Tão assombrado que acabei atraindo esse passado para mim.

– Pare com isso, você não atraiu nada. Foi só uma coincidência infeliz... Uma coincidência horrível, na verdade, mas ainda assim, só uma coincidência.

Por alguns segundos, Frank ficou calado, até que seus olhos se arregalaram levemente — o que Gerard já sabia significar que ele havia tido uma ideia —, e continuou:

– Ou… Talvez não.

– O que você quer dizer com isso?

– Você acredita em destino, Gee?

– Que tipo de pergunta é essa?

– É que, bom, eu acredito, e talvez… Talvez a volta de seu irmão tenha sido o destino. Talvez seja o universo pedindo para vocês se reconciliarem… Não acha?

– Okay, agora você está sendo ridículo – falou Gerard, adquirindo, mais uma vez, uma pose passiva-agressiva, ao que cruzava os braços e desviava seu olhar do mais novo, um semblante birrento surgindo em seu rosto ao fazê-lo.

– Ah, vamos lá, Lula Molusco, vê se tenta abrir um pouco a sua mente! Você não acha que deveria dar uma…

– Nem se atreva a terminar essa frase – interrompeu o maior, exasperado. – "Dar uma chance" é o meu caralho! Eu não vou dar chance a um traidor…

– Gerard, qual é, o seu irmão tinha, sei lá, quatorze anos quando isso aconteceu. Ele pode não ter o mesmo pensamento de antes…

– Como, Frank?! Como ele pode não ter o mesmo pensamento de antes, se ele disse tudo aquilo para mim?! Você estava lá, porra! As palavras entraram por um ouvido e saíram pelo outro, por acaso?! – Gerard levantou-se do sofá e começou a gritar essas palavras, nervoso ao ponto de uma veia começar a saltar de sua testa.

– Bem, talvez ele ainda pense da mesma forma, mas você pode mudá-lo…

– De que porra você tá falando?! Eu me recuso a falar com aquele filho da puta desgraçado, aquele traidor! Ele destruiu a minha vida, Frank! Destruiu!

Metamorfose || {frerard} Onde histórias criam vida. Descubra agora