Na primeira e única vez em que Gerard havia amanhecido na cama de Frank, ele estava com o seu cérebro derretendo de tanta dor de cabeça, seu estômago parecendo que havia sido pisoteado por uma manada de elefantes e sua mente confusa, faltando memórias de uma noite que havia sido memorável. Quando isso aconteceu, o rapaz nunca pensou que acordaria ali de novo; mas ali estava ele, abrindo os olhos e se espreguiçando, sentindo o calor de um corpo próximo de si junto uma mão mexendo levemente em seus cabelos e beijos sendo deixados por todo seu rosto, fazendo-lhe grunhir enquanto voltava à consciência completa.
A primeira coisa que ele viu ao despertar de seu sono foi Frank e seu sorriso apaixonante.
– Bom dia, babe – sussurrou Iero, dando um beijo singelo nos lábios do mais velho. Ele estava praticamente em cima dele, abraçando-o e o colocando contra si em um ato protetivo e amoroso.
Gee amou ser acordado assim.
Aquela era a segunda vez em que Frank havia lhe chamado de "babe", a primeira tendo sido uma semana atrás, quando os dois tiveram sua primeira noite de intimidade — Gerard não podia chamar aquilo de "sexo", mas achava que "punheta" ou "oral" era muito bruto, então havia decidido nomear o que os dois faziam entre as quatro paredes como "intimidade", por mais ridículo que isso pudesse soar —, mas, por mais que esse apelido ainda lhe deixasse envergonhado e corado, ele não se importava com ele. Na verdade, sentiu seu coração se aquecer e suas bochechas esquentarem como da última vez em que ouvira o mais novo lhe chamando assim.
– Bom dia – respondeu Gerard, sua voz soando rouca, baixa e arrastada por ter acabado de acordar. Por mais que ainda estivesse cansado, sorria apaixonadamente para o menor, deixando-lhe saber o quanto apreciava sua presença ali. – Me beija.
– Com todo o prazer – disse Frank, dando uma risadinha enquanto se inclinava na direção do mais velho e lhe dava um beijo simples, mas intenso e demorado. Ao se separar dele, deu-lhe um selinho rápido, e disse: – Eu fiz café da manhã.
– Fez? – A desconfiança na cara de Gerard fez Iero revirar os olhos.
– Eu fiz misto quente, relaxa. Eu não precisei usar o fogão. E tem café também, porque eu sei que você é viciado nessa coisa.
– Parece alguém que eu conheço… – O mais velho brincou, sorrindo sarcástico.
– Somos dois viciados em cafeína, eu confesso. – Frank deu mais um beijo nele, segurando-o em seus braços, e continuou: – Você deveria ir tomar um banho. Eu te sujei muito ontem, sabe?
– Isso é um bom sinal – concluiu Gerard, suas bochechas se tornando vermelhas ao se lembrar da noite anterior.
– Sim – concordou Iero. – Quer dizer que você me deixa louco sem nem me tocar direito. Mas eu já sabia disso.
– Eu não quero tomar banho agora – reclamou o mais velho, fazendo um beicinho triste. – Eu quero ficar aqui deitado com você…
– Eu já tomei banho, Gee. Só estou te esperando pra tomar café. Para de ser preguiçoso!
Gerard grunhiu em reclamação e puxou Frank para si, fazendo-o cair em cima dele e o abraçando com força para que ele não saísse dali. Obviamente, o menor não reclamou, beijando Way por algum tempo antes de se afastar dele, e dizer:
– Você está com bafo, sabia?
– Você acha que nós estamos em um filme, por acaso? Todo mundo acorda com bafo, seu idiota – respondeu Gerard, revirando os olhos, mas sorrindo em seguida para mostrar que não estava irritado de verdade. – Mas já que o senhor perfeitinho que acorda com hálito de menta se incomoda, então eu vou tomar o melhor banho e escovar os dentes com muita força, só pra eu ficar incrivelmente cheiroso e te derrotar.
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Metamorfose || {frerard}
أدب الهواة"Como 95% das pessoas que moram no Brooklyn, Gerard estava lá por um motivo ruim. E não, ele não era criminoso, drogado, traficante, ou qualquer merda do tipo. Ele seria um rapaz normal de vinte e sete anos para a sociedade - isso, se ele tivesse um...