— Boa noite. Eu gostaria de visitar Anthony Iero, por favor — Gerard disse à moça da recepção do hospital, que, em resposta, o olhou com uma profunda cara de tédio e mau humor.
— Nome, por favor.
— Gerard Arthur Way.
Uma onda de orgulho sempre batia em Gerard ao falar seu nome. Quando precisava se cadastrar em algum lugar, havia certa apreensão de que talvez não desse certo e ele tivesse que dar seu nome antigo, mas isso era impossível, uma vez que tudo havia sido mudado no cartório. Era só a insegurança falando e, sempre que o cadastro dava certo, um sorriso satisfeito surgia no rosto do jovem. Dessa vez não foi diferente. A moça logo entregou a ele o adesivo de visitante, e disse:
— Anthony já avisou que você viria e autorizou a sua entrada. Quarto 202, senhor. Um de nossos enfermeiros te levará até lá.
— Obrigado.
Não demorou para que um enfermeiro viesse lhe buscar e o guiasse até o quarto onde Anthony estava internado. Para a felicidade de Gerard, o homem não se preocupou em puxar conversa com ele, e apenas falou ao chegarem em frente ao quarto para lhe dar avisos:
— O senhor Anthony está fraco, então a conversa deverá ser breve. Já tem mais uma pessoa com ele lá dentro, mas, como são permitidas apenas duas visitas por vez, ninguém deve entrar enquanto vocês dois estiverem lá.
— Entendi. — Gerard mordeu o lábio inferior, e, antes que o enfermeiro pudesse se virar para ir embora, ele o chamou, e perguntou-lhe: — Você sabe me dizer se ele vai ficar bem?
— Creio que sim, senhor — respondeu o homem. — É provável que ele tenha algumas sequelas, isso sempre acontece quando se tem um AVC, mas nada muito sério. Se quiser saber de detalhes, recomendo falar com o médico dele.
— Claro. Muito obrigado.
Logo, Gerard se viu sozinho no corredor do hospital, preparando-se para abrir a porta e ver o estado em que Anthony se encontrava. Como não queria desperdiçar o tempo de visita que tinha, respirou fundo e adentrou o quarto com a confiança que ele sabia não existir de verdade.
Ele só não esperava encontrar o que encontrou.
— Gerard?
— Frank?
A primeira pessoa que Gerard viu no quarto foi o neto de Anthony, mas logo sua visão passou para o próprio Anthony, e ele sentiu tanta vontade de chorar que ofegou um pouco. O homem estava pálido, espetado por estar recebendo soro na veia, e com um tubo em seu nariz, ajudando-o a respirar. Havia um monitor de batimentos cardíacos que apitava intermitentemente, mostrando que seu coração batia com lentidão, o que significava que o senhor estava relaxado no momento. No entanto, o que mais chamava atenção era a falta de brilho no olhar do idoso, a falta de uma vida que ele carregava consigo todos os dias, e isso assustou o rapaz mais do que qualquer outra coisa ali.
— Anthony... — Gerard lutou para não deixar sua voz tremular enquanto se aproximava do homem na cama do hospital. — Ah, Deus… Você está péssimo.
Anthony riu com o comentário de rapaz, e disse:
— Direto ao ponto como sempre, não é, Gee? Senti falta disso, mesmo tendo te visto ontem. Desculpe não ter te avisado que estava aqui, acordei apenas algumas horas atrás e não me deram a chance de ligar para ninguém.
— Não importa. O seu neto me avisou...
Gerard lançou um olhar para Frank que era carregado de aversão e o garoto correspondeu da mesma forma. Anthony riu da rivalidade dos dois, achando tudo aquilo muito engraçado, e disse ao mais velho deles:
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Metamorfose || {frerard}
Fanfiction"Como 95% das pessoas que moram no Brooklyn, Gerard estava lá por um motivo ruim. E não, ele não era criminoso, drogado, traficante, ou qualquer merda do tipo. Ele seria um rapaz normal de vinte e sete anos para a sociedade - isso, se ele tivesse um...