Metamorphosis

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Frank e Gerard não haviam passado o Natal juntos, porque o mais novo havia prometido para sua mãe que ficaria para a ceia neste dia. Todavia, Iero decidiu prometer também que passaria o ano novo com seu namorado, então assim seria.

Gerard ainda não estava muito bem, considerando o que aconteceu com o Battery Diner. O rapaz estava andando por aí cabisbaixo, melancólico, lamentando-se pelo o que aconteceu, e já foi ruim o suficiente tê-lo feito passar uma data tão importante como o Natal apenas com Anthony — não que Anthony não fosse uma boa companhia, porque ele era, mas Frank achava que ele deveria ter estado lá também. Iero não iria deixá-lo sozinho de novo, não daquela vez e não no réveillon.

Desse jeito, lá estava Frank, abraçado com Gerard na cama, Chester ao lado deles dormindo tranquilamente, algumas horas antes do ano novo. Os dois estavam completamente nus depois de terem feito amor o dia inteiro, trocando beijos e carícias que transbordavam de paixão e devoção.

Gee passava a mão no rosto de Frank com carinho, o observando como se estivesse diante de uma pedra preciosa.

– Eu não acredito que eu estou aqui – ele sussurrou, mais para si mesmo do que para o mais novo. – Vivo, bem… E com você. Houve um tempo em que eu achava que não passaria dos vinte anos de idade.

Frank não soube como responder àquilo, então apenas sorriu e beijou os cabelos cheirosos de seu namorado.

– Eu te amo – Frank sussurrou. Ainda era surreal poder falar isso em voz alta.

– Eu também te amo.

O sorriso que Gerard deu derreteu o coração de Iero por inteiro em questão de segundos. Era tão caloroso e apaixonado que fez seu peito se apertar e fogo se espalhar pelo seu corpo. Frank não pôde deixar de beijá-lo depois disso, trazendo-o ainda mais para perto, sentindo vontade de nunca mais o largar.

Frank empurrou Gerard levemente de modo que pudesse subir em cima dele, e então voltou a beijá-lo. Ele espalhou beijos em sua boca, indo para sua bochecha, pescoço, descendo até chegar em seu peito. Quando ele viu as cicatrizes de sua cirurgia ali, seu estômago se revirou da melhor forma possível — ele o amava tanto, e saber por tudo o que seu amor tinha passado na vida lhe deixava imensamente feliz de tê-lo ali ao seu lado.

Por isso, ele não pôde se conter quando começou a beijar cada centímetro das cicatrizes, sentindo o corpo de Gerard tensionar embaixo de si.

– Você é tão lindo – Frank disse, tentando deixar seu namorado mais à vontade.

– Essas cicatrizes não são bonitas – Gerard murmurou, incerto.

– Elas são a parte mais bonita de você.

Gerard estava extremamente corado, mas ainda revirou os olhos, descrente das palavras do menor.

– É verdade! – Iero exclamou, motivado a fazer Gee mudar de ideia. – Elas são a sua história, Gee. Não há nada mais lindo do que ter a marca da sua luta no seu corpo. Isso só mostra o quão valente você é.

Gerard sentia que se Frank continuasse com aquilo ele iria explodir de tanta vergonha. Iero viu o desconforto dele e decidiu mudar de assunto.

– Hey – Frank subiu de novo e beijou Gee na boca –, eu te amo, okay? Não se esqueça disso.

– Pode deixar. Eu não vou – Gerard sorriu, ainda corado. Não estava acostumado a tantos elogios e palavras bonitas. Era tudo ainda muito novo para ele.

Os dois ficaram na cama até às dez da noite, quando se levantaram e começaram a se arrumar para saírem. Eles iriam até a Times Square para assistir aos fogos de ano novo, por mais que o lugar ficasse lotado na virada do ano. Queriam ver a bola descer e os fogos subirem juntos e isso já era o suficiente para eles aturarem a multidão de nova-iorquinos bêbados e felizes pela virada do ano.

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