Your Body Is Divine

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TW pra um pouquiiiiinho de NSFW

Boa leitura!!!

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Aquela era a segunda vez em três horas em que Gerard engolia uma boa quantidade de esperma como se estivesse bebendo água. Se ele achava essa sua habilidade impressionante? Sim. Se ele tinha orgulho de tê-la? Não. Bem, talvez, se ele estivesse em outra situação, ele iria se orgulhar, mas, em seu ponto de vista, era uma vergonha que tivesse feito isso logo com Frank. De novo. E sem nem pensar duas vezes. Estava colocando a culpa em seus hormônios que vinham implorando para que ele tivesse alguma relação sexual há nove anos, mas o fato de que a cara que aquele punkzinho de merda fazia ao ter um orgasmo fosse tão bonita como uma pintura renascentista também não ajudava em nada. E o fato de que os gemidos dele eram incrivelmente gostosos de se ouvir, e que seu pênis fosse do tamanho e grossura ideais para que ele não se engasgasse ao chupá-lo, e ainda sentisse a glande tocando o seu de sua boca, também não ajudava em nada em suas tentativas falhas de tentar resistir à sua vontade imensa de fodê-lo com a boca até ele esquecer o próprio nome.

De qualquer jeito, não havia mais volta. Mais uma vez, Gerard ouvia Frank gritar seu apelido ao que chegava em seu orgasmo, e ele engolia o máximo de gozo que podia, antes de se levantar e dar-lhe um longo beijo em sua boca, deixando-o sentir seu próprio gosto amargo. Então, deixou-se cair ao lado dele na cama, passando a olhar, mais uma vez, para o teto branco de seu quarto, sentindo seu peito subir e descer freneticamente por causa de sua respiração acelerada e as paredes de suas bochechas doendo por terem sido esticadas várias vezes pela glande de um pênis. Ele conseguia ouvir Iero ofegar ao seu lado, ainda se recuperando do clímax que havia acabado de atingir, tão forte que lhe deixou incapacitado de falar por uns bons minutos, esses que Gee aproveitou para fechar os olhos e apreciar o silêncio confortável do ambiente em que estavam.

Gerard não soube quanto tempo se passou até que sentisse a mão de Frank se entrelaçar na sua por debaixo do edredom em que os dois estavam embrulhados, mas foi o suficiente para que seus olhos já estivessem pesando de sono. Isso, todavia, o acordou, e ele virou sua cabeça para encarar o mais novo, encontrando-o sorrindo em sua direção, seus olhos avelã, esverdeados pela luz que entrava pela janela do quarto, o observando com ternura e carinho — coisa que fez o maior sentir suas bochechas queimarem em pura vergonha, tamanha era a intensidade com que era olhado. Então, para a surpresa de Gee, Iero colocou a mão que estava livre no queixo dele, acariciando-o suavemente antes de puxá-lo para um beijo suave e lento, o qual o mais velho não pôde resistir e deixou-se derreter pela paixão que havia nele, correspondendo timidamente, mas logo entrando no mesmo ritmo e sentimento que o outro.

Os dois se separaram com lentidão, dando selinhos rápidos e passando a manter suas testas coladas uma na outra, de modo que eles passassem a se encarar, tão próximos ao ponto de suas visões tornarem-se desfocadas. Gerard, ao sentir a mão de Frank passar a acariciar seu rosto, soltou um leve suspiro e fechou os olhos, sentindo seu coração bater mais forte em seu peito, que transbordava em plenitude e felicidade por aquele ato tão simples, mas, ainda assim, tão importante para ele. A sensação que era enamorar com Iero em sua cama em uma manhã de sábado era tão inebriante que sua mente desligou-se de tudo ao seu redor por um momento, até que ele voltasse ao mundo quando ouviu o mais novo sussurrar para ele:

– Me desculpa.

Ao abrir os olhos, Gerard adquiriu uma expressão confusa, e perguntou:

– Pelo o quê?

– Por ter sido tão duro com você mais cedo – respondeu Frank, suas bochechas corando pela vergonha que sentia. – É só que eu gosto muito de você, Gee, e eu fico um pouco frustrado por você não demonstrar que gosta de mim, também. Eu esqueço que é difícil pra você… Me desculpa, sério. Eu tenho tentado ser o mais compreensivo possível, mas acho que eu acabo sendo egoísta, às vezes…

Metamorfose || {frerard} Onde histórias criam vida. Descubra agora