Climax.

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TW para (um pouquinho de) NSFW ;)

(P.S.: O Chester aí em cima)

Boa leitura!!!

•••

Gerard acordou com a bunda gorda de Chester, o gato da vizinha, na sua cara. Apesar de odiar ser acordado subitamente, aquele era um ótimo jeito de começar o dia, porque não havia nada naquele mundo que o rapaz amasse mais do que gatos. Então, ao se espreguiçar e bocejar para espantar o sono, riu da carência do bichano e acariciou-lhe a cabeça, dizendo:

- Eu nunca sei como você consegue entrar aqui...

- Fui eu que abri pra ele.

A presença de uma segunda voz no quarto fez Gerard pular de susto e soltar um grito, olhando para a porta do lugar com os olhos arregalados e encontrando Frank encostado na batente, os braços cruzados em frente ao corpo e um sorriso calmo no rosto. Então, o medo de Way foi substituído por raiva, ao que ele se retirava debaixo dos cobertores e, com o semblante irritado, perguntava ao outro:

- Mas que porra você tá fazendo aqui?! Como você entrou?!

- Você me deixou entrar, ué - respondeu Iero, arqueando as sobrancelhas em confusão.

- No meio da madrugada?!

- Gerard, são oito e meia da noite.

- Do dia primeiro? - perguntou Gerard.

- Do dia primeiro - repetiu Frank em resposta.

Só então Gerard se lembrou de tudo o que havia acontecido nas últimas horas — a festa, o atropelamento, a conversa com Frank... Merda, a conversa com Frank. Se recordar de tudo o que eles haviam falado no hospital fez as bochechas do mais velho adquirirem uma coloração avermelhada, a qual ele, ainda tentando digerir toda aquela informação deixada de lado por seu cérebro enquanto dormia, não tentou esconder.

- Você tá bem? Sua cara tá toda vermelha. Não está com febre, está? - perguntou Iero, se aproximando do outro para tentar tocar em sua testa.

- Eu tô bem.

Essa afirmação se provou falsa quando Frank subitamente se afastou de Gerard depois de tocar em seu rosto, seus olhos se arregalando em surpresa enquanto ele dizia:

- Puta merda, você tá queimando!

- Estou? - perguntou Way, tocando em sua própria testa, mas, obviamente, não percebendo nada de diferente em sua temperatura. - Eu tô me sentindo um pouco fraco, mas nada além disso...

- Eu me preparei pra isso, não se preocupe - falou Frank, apontando com a cabeça para a mesa de cabeceira, a qual continha um copo de água cheio e uma cartela de comprimidos em cima dela. - O médico disse que você poderia ter febre. Um comprimido já deve bastar para abaixar a temperatura.

Ainda sentindo-se um pouco estranho pela presença de Frank em um lugar tão pessoal quanto seu quarto, Gerard murmurou um "obrigado" e pegou a cartela, tirando um dos comprimidos e em seguida engolindo-o junto com a água que havia no copo. Só percebeu a sede que estava quando começou a beber e tomou tudo de uma vez, soltando um suspiro satisfeito e limpando os lábios com as costas das mãos enquanto colocava tudo de volta no lugar.

- Por quanto tempo eu dormi? - perguntou ele, pigarreando um pouco ao sentir sua voz falhar levemente.

- Umas sete horas, talvez? Eu não sei direito - respondeu Frank, dando de ombros.

Gerard murmurou algo incompreensível e começou a acariciar Chester, que havia deitado ao seu lado e já estava quase adormecido. Não pôde deixar de sorrir com a fofura do gatinho, e só voltou a ficar sério quando se lembrou da presença de Frank no recinto, ao que ele soltou uma risadinha ao ver a cena. O rubor em suas bochechas tornou-se presente mais uma vez quando o mais novo sorriu em sua direção e disse:

Metamorfose || {frerard} Onde histórias criam vida. Descubra agora