A C H A N T A G E M

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Fui apresentada à sua família na mesma semana que ele voltou de viagem, onde fui recebida em um jantar e percebi que realmente são muitos unidos e se amam. Sua mãe, Fátima, ficou muito feliz ao saber que seu filho estava casado. Por mais que me esforçasse para ficar indiferente a ela não pude com seu jeito expansivo. Foi dela que o Dominic herdou os cabelos fartos. Do pai, Rafael, que faz pães maravilhosos, herdou os sinais e o sorriso.

Também não fez mais nenhuma viagem que necessitasse passar cinco dias fora de casa. Eu o acompanhei em três, dentro do país, mas foram ótimas, porque em todas ele esticou mais um dia apenas para nós dois.

Como a dona da casa a Vânia não mais me incomodou. Passou a perguntar o que eu gostaria para as refeições, com os dias de convivência conversamos amigavelmente, algumas noites eu e o Dominic cozinhavamos era nosso momento de descontração.

Por insistência dele, iniciei um curso de inglês, onde tive que mentir para fazer um teste e entrar em uma turma mais avançada, pois não aguentaria ter que aprender novamente os verbos e suas conjugações. O que deixou ele muito feliz foi quando anunciei que iria fazer também o curso de Design de Interiores.

Raramente eu e minha mãe nos comunicamos, mas para minha surpresa meu pai ligou algumas vezes, afinal ele acha que sou sua predileta: Louise.

—Vamos Dom, estou com muita fome -
Com três meses de casados, ele me levou para jantar fora para comemorarmos,

—Lis, você sempre está com fome, mas hoje também está muito linda!

—Só poderia está, com um cartão sem limites e uma conta recheada, posso me dar o luxo de estar perfeita para você!

Como ele tem a mania de me cheirar, nunca esqueço de pôr o perfume da Louise, a cada dia gosto menos dele. Não tive mais pesadelos com ela.

Ele me deu um carro, conhecendo melhor a cidade, ficou mais fácil locomover e para ganhar algum dinheiro sem ele saber, dou aulas particulares de inglês, guardo tudo que eu ganho para eventos futuros.

Ele me levou para conhecer a fábrica, agora entendo seu amor e dedicação por ela, realmente é incrível o que fazem, como Emily gostaria de trabalhar nela, seria uma experiência ótima para o meu currículo de administração.

Estamos seguindo juntos, as vezes sinto falta de quem eu sou de verdade, pois fui obrigada a adaptar-me às comidas que a Louise gosta, esquecer o meu jeito de falar mais calmo, único momento em que posso ser eu realmente é quando estou em seu braços fazendo amor.

—O que foi Dom, por que... está me olhando assim? Fiz algo errado?

Estou deitada em nossa cama com ele sobre mim, ainda com a respiração ofegante.

—Eu te amo Lis, não sei... mais viver sem você! Por favor não saia da minha vida.

—Dom, eu também te amo muito, mas sei que não tenho esse... direito de sentir amor por você.

—Você é minha esposa, não chora Lis! Já estamos juntos há cinco meses, por que diz que não tem direito?

—Porque eu não sou... Dom eu não sou boa o suficiente para você.

—Você é tão boa e perfeita que me deixou assim, exausto e feliz depois de fazermos amor. Você é minha Lis e de mais ninguém.

Aos seis meses de casados eu praticamente estava habituada a ser a Lis, uma parte de mim e outra da Louise. Ele fazia questão de me levar nos seus jantares de negócio e algumas festas do seu ciclo social.

—Meu amor, está linda nesse vestido, mas falta algo para ficar esplêndida.

Rodopio para exibir o vestido longo na cor marsala, com uma fenda discreta.

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