XI. Um Pai Maluco [XLIII]

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Radulf lembrava de ter bem mais vigor quando estava no campo de batalha e passava algumas noites a fio com outros soldados ou recrutas que estavam tão interessados quanto ele em se entregarem a uma noite de sexo e prazer por um alívio momentâneo das batalhas. Assim como Wafula tinha dito, naqueles tempos, ele se preocupava menos com o cheiro de suor, sangue e morte que se misturava ao cheiro do sexo com os inúmeros parceiros dos quais ele nem lembrava o nome.

Mas depois da segunda rodada de sexo sob as mãos de Wafula e o vigor quase inesgotável do general, ele estava percebendo que certamente já estava velho demais para aquelas aventuras. Ou havia algo a mais na disposição de Wafula que superava as breves recordações que ele tinha do campo de batalha.

A temperatura alta dos corpos contrastava com a água já gelada da banheira depois de terem molhado todo o piso de madeira. Radulf sentiu falta da voz para talvez avisar a Wafula para ir mais devagar, porque as mãos estavam ocupadas para gesticular algo para o general enquanto se sustentava na borda da banheira ou nos ombros largos do parceiro que acelerava cada vez mais os movimentos dos quadris, a ereção rija indo e vindo dentro do canal já relaxado de Radulf e eventualmente atingindo aquele ponto mais sensível que lhe provocava alguns espasmos pontuais de prazer.

Radulf já nem conseguia acompanhar mais o ritmo de Wafula e sentiu gradualmente os músculos fraquejarem, mas todo o corpo estremeceu quando ele ouviu os gemidos altos do parceiro perto do ouvido, acompanhado da sensação quente do sêmen jorrando fundo dentro do canal, o que levou o seu corpo ao limite também, embora a sensação intensa do clímax tivesse sido diferente, já que não chegou a ejacular.

Rad? Ainda está comigo?

A pergunta de Wafula entrou por um ouvido e saiu pelo outro, rendido ao cansaço, Radulf só deixou os braços relaxarem, soltando o aperto firme em volta dos ombros do mais velho.

– Rad?! Pelos deuses, eu te matei dessa vez?!

O nervosismo palpável de Wafula fez com que o corpo dele se movesse muito rápido na banheira e Radulf finalmente abriu os olhos, só para poder rodá-los, levantando finalmente uma mão para bater no meio da testa do general, que sorriu satisfeito em resposta.

– Se tem energia suficiente para me bater, então ainda está inteiro. – Wafula respondeu, ao que Radulf lhe encarou e moveu a mão no sinal clássico do "idiota". Mas o general apoiou as duas mãos na borda da banheira atrás do conselheiro e aproximou o rosto o suficiente do dele para responder. – Eu também te amo.

Mesmo sem qualquer energia ou líquido no corpo, o resto do sangue de Radulf subiu para o rosto, mas ele nem tentou fugir, só virou o rosto para o lado e espalmou a mão na cara de Wafula, empurrando-o com o resto de energia que lhe sobrava. Wafula aproveitou para segurar a mão de Radulf e beijar a palma, mas o gesto carinhoso não durou muito tempo, já que o conselheiro precisou das mãos para gesticular um breve "limpe tudo".

– Sim, senhor. – Wafula concordou, ajustando a postura na banheira antes de puxar Radulf para perto de novo. – Começando por você.

Radulf não protestou, só jogou os braços preguiçosamente sobre os ombros largos de Wafula e deixou que ele mesmo inserisse os dedos de novo no seu ânus para remover o excesso de sêmen. Era uma sensação ainda desconfortável, mas com a qual Radulf já estava se acostumando, e considerando tudo que já tinha passado nos campos de batalha, aquele era o menor dos incômodos que precisava passar.

A limpeza de Wafula não parou por ali, ele ainda trocou a água da banheira para tomarem um banho de verdade antes de voltarem ao quarto e quando Radulf já tinha acabado de vestir as roupas, pronto para se render a uma boa noite de sono, o general ainda tomou tempo para limpar a bagunça no banheiro e esquentar água para fazer um chá, levando o par de canecas de volta para o quarto.

Um Silêncio de 15 AnosOnde histórias criam vida. Descubra agora