Um Silêncio de 15 Anos

XXVIII. Um Bom Humor

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Quando Radulf acordou muito cedo na manhã seguinte, ele estava completamente relaxado e descansado. Demorou um pouco a processar os acontecimentos da noite anterior e o fato de que tinha dormido em meio aos avanços de Wafula, nos braços dele, enquanto era levado na direção da cama. Mas uma hora os dias de vigília no castelo pesariam em seu corpo, e só um descanso no chão da biblioteca não era suficiente. Já até imaginava como teria que compensar com Wafula, mas foi pego de surpresa com o fato de que o moreno ainda estava deitado ao seu lado, aproveitando o descanso merecido depois da longa viagem de volta a capital. No fim das contas, Radulf podia até ter passado algumas noites em branco, mas Wafula é que tinha feito uma longa viagem a cavalo, além de dormir em campos de treino nas fronteiras ou no chão de terra no meio do caminho de volta para a cidade.

O sono de Wafula foi bem conveniente quando Radulf se curvou sobre o corpo do general, passando as mãos com cuidado por baixo da barra da camisa dele, deslizando a ponta dos dedos pelo tronco e os músculos bem definidos enquanto tirava o tecido do caminho para beijar a pele negra, passando a língua pelo local e percebendo os músculos se contraírem em resposta ao toque. Mas Wafula não acordou de imediato, o que deu bastante tempo a Radulf para seguir com os toques mais leves, passando os lábios numa trilha de pelos no baixo ventre alheio, alcançando o cós da calça e ouvindo um longo suspiro agradado do outro, ainda imerso no sono.

Certamente, Wafula estava acostumado com a própria casa e a companhia de Radulf na cama para não acordar de pronto com os toques estranhos em meio ao sono, ainda deu algum tempo em que Radulf conseguiu abrir os fechos da calça dele, expondo o membro para segurar a base, começando a estimulá-lo lentamente, estendendo a língua para tocar a glande e beijar a área, finalmente recebendo uma resposta mais ativa do general.

– Hmm... Rad? O que está fazen- hahhh...

A resposta de Wafula só fez com que Radulf inserisse o membro todo na boca, seguindo com o estímulo ao sentir o mesmo enrijecer aos poucos diante do contato com a sua língua. Wafula soltou um suspiro longo, levando uma das mãos ao rosto, como se precisasse ter certeza de que estava acordado, mas a sensação de prazer que se espalhou dos quadris para o resto do corpo lhe deixou bastante alerta de que era mais do que um sonho molhado.

– Hah... Rad... você acordou bem disposto, hm? Hnnnn...

Radulf só intensificou os movimentos, a cada gesto sentindo a ereção ficar mais rija sobre sua língua, e sem a possibilidade de serem interrompidos por Dargan, Wafula só se deixou levar pelo prazer intenso, os dez dias de viagens e noites mal dormidas foram bem recompensados quando sentiu a ereção roçando contra o fundo da garganta de Radulf, o membro latejando muito rapidamente para anunciar o clímax quando ele levou uma das mãos até o topo da cabeça de Radulf, pressionando-o mais contra a sua ereção, movendo os quadris também para aumentar o estímulo.

Radulf deixou que ele impulsionasse mais o seu rosto e sentiu a ereção ir fundo na garganta, o gosto do gozo escorrendo pela boca quando sentiu o corpo de Wafula estremecer abaixo de si. Ele afastou a boca para deixar o líquido escorrer pelo canto dos lábios, e a despeito da ejaculação, o membro continuou rijo sob sua mão.

"Você que está disposto", Radulf sinalizou para Wafula com uma das mãos livres, quando o general se apoiou nos cotovelos para observar o conselheiro com o rosto ainda muito perto da sua ereção, o corpo completamente acordado àquele ponto, "o que quer hoje? Eu lhe deixei na mão ontem..."

– Quase literalmente, hm? – Wafula riu, estendendo um braço para segurar Radulf pela roupa e puxá-lo sobre o seu corpo, beijando os lábios alheios e sentindo o gosto forte do próprio gozo na boca alheia. Afastou-se do beijo para passar a mão nos lábios de Radulf, inserindo o polegar sobre a língua dele. – Eu não tenho que viajar hoje, Rad.