The Devil's Daughter [Nova Versão]

Capítulo 8: Cala a boca, Imbecil

"You better shut up if you don't want to get punched, idiot."

• Mia •

Eu e Ester saímos para tomar café assim que acordamos. Fomos até um Starbucks no centro da cidade. Comi uma fatia de bolo e suco de laranja, e Ester comeu um salgado de queijo com suco de uva. Fomos passear pela cidade assim que terminamos. A cidade é belíssima. É sempre cheia de gente e muito colorida, com várias pessoas vendendo comidas diferenciadas nas ruas. Eu e minha avó estamos nos dando bem até agora mas nós raramente tocamos no assunto sobre o meu pai. Isso normalmente faz com que fique um clima estranho entre nós. Confesso que estou me esforçando muito para fazê-la gostar de mim.

— Que tal irmos até o Rousseau's tomar alguma coisa? — Pergunta Ester.

— Seria uma boa, é só que eu ainda não tenho dezoito anos e não posso beber — Digo

— Tem razão, as vezes acabo me esquecendo disso. Mas por sorte lá tem bebidas sem álcool e também um karaokê. Vi o seu show ontem. Você tem a voz de um anjo — Ester diz. Sorrio para ela.

— Obrigada, Ester! — Digo.

Quando chegamos ao Rousseau's eu cumprimentei Camilli de longe e ela me olhou preocupada. Sorriu ao me ver mas logo depois fechou a cara por algum motivo. Eu e minha avó nos sentamos em uma mesa próxima a uma janela que tinha vista para a rua movimentada. Percebi que Camy estava nos observando de longe mas ignorei.

— O que vai querer? — Pergunta minha avó me entregando o cardápio, que estava em cima da mesa.

Olho o cardápio e decido escolher o milk-shake. Se soubesse que vendiam essas coisas aqui eu teria comprado antes. Minha avó pediu um pouco de vodka a Bartender. Senti meu cérebro congelar enquanto tomava aquele delicioso Milk-shake de chocolate. Em toda a minha vida eu acho que eu tomei Milk-shake menos de cinco vezes.

Olho para o balcão e percebo que Camilli não está mais lá. Ela deve ter ido pegar algo lá dentro da cozinha ou sei lá. Minha avó olha para o palco e depois desvia o olhar para mim.

— Você deveria cantar. Tem uma voz linda — Diz minha avó.

— Uma linda voz e muita vergonha — Digo olhando para o palco e depois para  ela.

— Você cantou ontem, tenho certeza de que consegue cantar hoje também. E de qualquer forma, não custa nada tentar — Ela diz.

Decido me arriscar a cantar já que é minha avó quem está pedindo.

— Tudo bem. Eu vou cantar — Digo me levantando da cadeira.