Capítulo 31: Isso nós deixamos para os fracos

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"A Mikaelson never gives up"

"A Mikaelson never gives up"

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• Mia •

— O que está fazendo aqui, vó? — pergunto.

— Entendo que esteja brava, Mia, mas acredite, teve um motivo para eu te esconder tantas coisas — responde ela indo direto ao ponto.

— Então a não ser que você tenha vindo me contar essas coisas acho melhor você ir embora — digo.

Eu não quero que ela vá embora, quero que ela fique e me conte o que tem pra contar. Ester me encara por um tempo pensativa.

— Podemos conversar a sós? — ela pergunta olhando para as outras pessoas no cômodo.

— Você tem dez minutos — meu pai aceita um pouco relutante. — Vamos — ele fala para Hayley e Rebekah, e depois vai embora com elas.

Aproximo-me de minha avó.

— Precisamos ter uma conversa séria, Mia — ela diz com a expressão preocupada.

— Pode falar — respondo dando de ombros.

— Eu vou falar quando você começar a prestar atenção em mim, algo que você estaria fazendo se não estivesse bêbada — repreende minha avó.

— Você não tem o direito de brigar comigo — digo.

— Eu tenho sim o direito de brigar com você, Mia — ela diminui o espaço entre nós. — Não vou deixar que se torne uma adolescente inconsequente. Não é por que você se irritou comigo e está brava que eu simplesmente deixei de ser sua avó. Como já disse antes, eu entendo que esteja brava, mas quero que entenda que eu não vou tolerar suas birras.

Talvez sejam as palavras duras ou talvez o álcool que estão me dando uma enorme vontade de chorar. Deve ser o álcool. Sinto meus olhos encherem de lágrimas e abaixo a cabeça, encolhendo os ombros. Minha avó se aproxima mais ainda de mim, deixando quase nenhum espaço entre nós. Ela segura meus ombros e depois de me abraça, deitando minha cabeça em seu ombro. Fecho os olhos deixando que o choro escorra silenciosamente.  Minha avó começa a acariciar meu cabelo.

— Mia, eu sei que tudo isso é complicado, e sei que está brava por eu ter escondido coisas de você. Mas ainda tem coisas que você não sabe e que eu não posso te contar. Como minha neta você precisa aprender a receber um não como resposta. Eu sei o que é melhor pra você — ela diz.

— Tudo bem — digo quase num sussurro com a voz embargada pelo choro.

— Eu vou entender se não quiser que eu fique aqui, posso encontrar outro lugar pra ficar — ela diz compreensiva.

— Eu vou pedir pro meu pai pra você ficar. Tenho certeza que ele vai aceitar — digo com a voz um pouco mais firme dessa vez.

— Não precisa — ela diz e imediatamente intervenho.

The Devil's Daughter [Nova Versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora