Capítulo 3: Lina Marshall

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"I can't catch my breath"

"I can't catch my breath"

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• Mia •

Saí da sala de Rosângela irritada. Eu sei que a culpa não é dela mas uma parte de mim a culpa por não ter me mostrado isso antes. Fui até o único lugar onde nunca tem ninguém. A sala de música. Eu sei que parece estranho ter uma sala de música logo em um orfanato mas Rosângela gosta bastante de tocar instrumentos. Sentei-me no sofá da sala e comecei a abrir a carta. Sinto meus batimentos cardíacos ficarem mais rápido a cada segundo. Começo a ler e logo na primeira linha as lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto.

Mia.
Tenho o pressentimento de que quando estiver lendo isso vai estar com raiva. Se tiver dado tudo certo você está lendo essa carta com dezessete anos. A carta vai ser longa por que tenho muito o que dizer a você. Sinto que você também tem muito o que me dizer mas você não vai poder, Mia, por que eu estou morta.
Acredite, eu também estou chorando ao escrever essa carta. Eu tenho muito a te dizer.
Meu nome é Lina Marshall e eu sou sua mãe.
Tenho certeza de que estou morta no momento em que está lendo essa carta por que se não estivesse você não precisaria estar lendo isso e não estaria em um orfanato. Provavelmente eu estaria te levando pra escola e fazendo coisas que mães fazem com suas filhas.
Eu não queria ter te enfiado nesse orfanato mas não tive escolha. Eu preciso te proteger e tenho certeza de que em algum momento da sua vida você vai entender do que estou falando.
Agora, precisamos falar de um assunto que não pode não ser mencionado nesta carta. Seu pai.
Eu poderia inventar qualquer coisa e dizer que ele está morto ou sei lá o que mas quero que saiba a verdade. Ele não tem culpa de nada. Provavelmente vai sentir raiva de mim pelo que eu vou te dizer agora mas ele não sabe da sua existência. Seu pai e eu não nos conhecíamos muito bem. Nem sequer chegamos a ficar juntos oficialmente. Eu não o conheço direito, apenas sei o que as pessoas falam sobre ele e foi assim que eu decidi que era melhor ele não saber sobre você.
Ele é perigoso, Mia!
Eu poderia dizer para nunca procurá-lo mas isso seria egoísmo demais.
Te deixei um colar junto a essa carta. Antes de trazê-la para cá, eu estive com sua avó. Isso mesmo, a mãe do seu pai. Ela sabe sobre você e me pediu para que te desse esse colar. Era dela e ela disse "Dá-lo a ela o torna especial" se referindo a você.
Antes que fique se perguntando do por que ela não ficou com você e do por que ela nunca nem ao menos te mandou uma carta preciso te dizer que a resposta é simples e curta: Ela não pôde. Você não deve estar entendendo o por que mas eu garanto que algum dia vai entender.
Fique com esse colar. Vai te ajudar a achar o seu pai. Não posso lhe garantir que ele vai te aceitar de braços abertos e acreditar que é filha dele mas você pode tentar se quiser ou pode ignorar essa carta e continuar vivendo sua vida normalmente. Não te culparia. Quando estiver com seu pai ou com qualquer pessoa ligada a ele use o colar para sua proteção. Não pergunte o por que, apenas use-o.
Se quer uma dica de onde procura-lo, vá até Nova Orleans. Sua avó vai te encontrar lá.
Queria pode dizer que isso não é um adeus mas infelizmente é.
Eu te amo, Mia Mikaelson.

Com amor, Mamãe.

Eu chorava silenciosamente e não conseguia de forma alguma parar. Minha cabeça parece estar explodindo por dentro. Achei que essa carta responderia minhas perguntas mas me fizeram ter mais ainda. Minha mãe se chama Lina Marshall. Minha avó sabe sobre mim e nunca veio me procurar. O meu pai nem sabe da minha existência e minha mãe disse para procurá-lo. Minha mãe está morta. As palavras ecoam pela minha mente como um disco arranhado que não para de tocar. Algumas coisas começam a se encaixar na minha cabeça. O motivo pelo qual eu estou aqui. Pelo qual o meu pai não veio me buscar. Ele não sabe sobre mim. Isso deveria me irritar mas a esperança dentro de mim é maior. Isso quer dizer que eu ainda tenho a chance de ter uma família. Preciso pensar sobre tudo isso, sobre o meu pai e em como vou encontrá-lo. Não posso simplesmente sair por aí perguntando por ele. Uma luz dentro da minha cabeça se acende, como um letreiro luminoso com as palavras "Mia Mikaelson". Esse é o meu nome. Me pergunto por que não "Mia Marshall". Esse deve ser o sobrenome do meu pai. Mikaelson. É um nome bonito. Minha cabeça está tão cheia de informações que acabei esquecendo do colar da minha avó na caixinha ao meu lado. Abro-a e vejo um colar prateado com uma pedrinha vermelha. Parece antigo mas ao mesmo tempo em bom estado. Olho mais atentamente para a jóia e percebo que tem uma palavra gravada atrás. Mikaelson. Eu estava certa quando pensei que esse era o sobrenome do meu pai. Coloco o colar no meu pescoço e guarda a carta. Logo em seguida começo a limpar minhas lágrimas e sair da sala de música como se nada tivesse acontecido. Fui direto para o quarto dormir mas é claro que eu não consegui. Fiquei horas pensando no que fazer em relação a tudo isso e tomei a decisão — Provavelmente muito precipitada e idiota — De ir procurar o meu pai em Nova Orleans. Lembro-me de quando minha mãe disse que minha avó me encontraría lá, como se quando eu chegasse a Nova Orleans minha avó soubesse aonde me encontrar. Loucura, eu sei.

Gostaram? Votem e comentem!Se quiserem saber como é o colar da Mia é só pesquisarem no Google "colar Elena Gilbert" e vai aparecer a foto

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Gostaram? Votem e comentem!
Se quiserem saber como é o colar da Mia é só pesquisarem no Google "colar Elena Gilbert" e vai aparecer a foto.
Mais uma coisa! Eu decidi fazer personagens com os nomes dos meus leitores então em algum momento da história vou fazer alguns personagens com seus nomes. Para isso acontecer, é só comentarem seu nome ou apelido nos comentários desse capítulo.

— Mari —

The Devil's Daughter [Nova Versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora