Capítulo 21: Apenas uma garota de dezessete anos

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"I never know what to do, I just do it!"

"I never know what to do, I just do it!"

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• Mia •


Eu e meu pai estávamos sentados em duas poltronas separadas, e minha avó estava deitada no grande sofá a nossa frente. Ficamos uma hora esperando que ela acordasse, e nesse tempo pude conversar melhor com meu pai e entender algumas coisas. Ele ligou para Rebekah e Elijah, que disseram estar bebendo em um bar, mas que logo, logo estariam aqui.

- O que está esperando pra explicar o que aconteceu? - Meu pai pergunta com um tom de voz nada amigável.

Minha avó bebia calmamente o chá que fiz para ela. Na casa havia um computador em cima do balcão, onde pesquisei sobre chás que ajudam a acalmar e curar feridas rapidamente. As marcas das garras daquele lobisomem continuam em seu rosto, mas agora um pouco menos profundas. Acho que vai ficar uma bela cicatriz, mas o sangue dado pelo meu pai ajudou a fechar o corte. Ela poderia ter morrido se ele não tivesse chegado a tempo, e não gosto nem de pensar nessa possibilidade, já que minha avó é umas das poucas pessoas em quem ainda confio. São nesses momentos em que sinto mais falta de Blair, e de como ela me fazia sentir segura apenas estando por perto

- Eu não sou obrigada a te dar satisfações. - Retruca minha avó, bebendo mas um gole do seu chá.

Ela se vira para mim, ignorando totalmente a presença do meu pai.

- Como está, querida? - Seu tom de voz doce me faz sentir acolhida. - Imagino que esteja confusa com o que viu e queira explicações. Deve estar se perguntando como eu fiz aquelas coisas e porquê quase morremos hoje.

- Na verdade eu já sabia. - Ela franze a testa. - Era sobre isso que eu queria conversar com você, antes de tudo isso acontecer.

- Como descobriu?

- Meu pai me contou. - Ela olha para Klaus, com os olhos cheios de raiva, mas isso não parece afetá-lo.

- Eu disse para que não contasse! - Ela cerra os punhos.

- E por que eu faria o que você disse? - Ele dá de ombros.

Minha avó parece prestes a bater nele.

- Ainda bem que ele falou. - Seu olhar se volta para mim. Ela parece ter esquecido da minha presença durante seu momento de raiva eminente. - Eu provavelmente desmaiaria se tivesse visto aquilo sem saber antes. Você devia ter me contado desde o momento em que perguntei.

Realmente queria que ela tivesse me contado, mas por outro lado eu entendo, talvez ela ficou com medo de que eu me assustasse e fugisse, ou que eu não quisesse mais ficar perto dela.

- Não era tão simples assim. É melhor para os humanos que eles não saibam sobre nós. Alguns deles não conseguem lidar muito bem. - Ela tenta se explicar.

The Devil's Daughter [Nova Versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora