Capítulo 32: Ai meu Deus! O diabo tem uma filha

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"a witch doesn't burn with her own fire"

"a witch doesn't burn with her own fire"

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• Mia •

A dor latejante se espalhava por todo o meu rosto enquanto eu fechava os olhos e trincava os dentes. Eu não estava conseguindo abrir os olhos direito. De um momento para o outro senti minha dor se transformar em indignação. O que diabos foi aquilo? Virei o rosto o máximo que consegui para olhá-los. Meu tio mantinha uma expressão impassível e os ombros como sempre eretos. Maze encarava-me fixamente com o olhar e com um leve sorriso de canto. Eu estava oficialmente me sentindo humilhada. Cuspi o sangue que havia em minha boca, e me levantei com o máximo de confiança que consegui. Tenho certeza de que estava com um olho inchado.

— O que foi isso?! — pergunto, arrependendo-me logo em seguida de não ter socado a cara dela no momento em que levei aquele soco. Socado a cara dos dois, na verdade.

Maze solta uma risada baixa, daquelas que soltamos quando uma criança diz algo sem sentido.

— Estamos aprendendo química, não está vendo? — pergunta Maze com um sorriso prazeroso estampado em seus lábios carnudos.

— A única coisa que estou vendo são dois adultos sem o mínimo de senso — respondo imediatamente.

Maze mantém seu sorriso no rosto, enquanto Elijah se aproxima calmamente de nós. Eu gosto do tio Elijah, mas no momento estou sentindo um ódio por ele que acho que seria difícil de expressar. E talvez seja apenas impressão minha, mas sinto que ele está sorrindo com o olhar.

— Mia, eu te avisei que provavelmente você não iria gostar do meu método — ele diz dando de ombros.

— Acho que você esqueceu de me avisar que o seu método era o mesmo de um psicopata — respondo em tom de supetão.

— Esse método funciona, mas acho que nunca foi usado para aprender um matéria. Antigamente era usado de forma mais rígida, por meio torturas, mais especificamente. Talvez não seja o melhor exemplo, mas alguns vampiros eram torturados com verbena ou com luz solar toda vez que pensassem em beber sangue. Isso causava-lhes um trauma e a maioria tinha uma certa dificuldade em voltar a se alimentar.

Olho para ele com descrença e um alto nível de cinismo.

— Então quer dizer que você usou com a sobrinha de dezessete anos um método de tortura que era usado com os seres da sua espécie para que causasse-lhes um trauma?! — pergunto.

— Falando assim parece algo ruim — ele conclui.

— Talvez por que seja algo ruim! — estremeço de raiva.

Volto para dentro de casa e subo até o meu quarto para tomar um banho e relaxar. Ainda lembro-me do sorrisinho presunçoso de Maze, e a lembrança faz com que meu sangue ferva. Eu deveria ter usado aquele feitiço de fogo com ela. Poderia tê-la deixado careca, e isso já seria algo que me deixaria feliz durante um mês inteiro.

The Devil's Daughter [Nova Versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora