Estou no meu quarto vendo série e comendo bobeiras enquanto meu pai está na sala conversando com uns homens. Ele vende drogas de uma gangue para outras pessoas, não é um trabalho legal perante à lei mas é com esse dinheiro que vivemos.
Nós não somos pobres mas também não somos ricos, apenas o suficiente para sobreviver. Ele entrou nessa vida desde que minha mãe morreu, quando eu era pequena. Ele nunca foi um pai presente e não me dá muita atenção, mas pelo menos ele me sustenta. Nos falamos pouco e nessas poucas vezes é para ele mandar eu ir para o quarto pois ele ia resolver sobre assuntos do seu trabalho.
Ia colocar uma bolacha recheada na boca mas escuto barulho de algo se quebrando. Coloco a cabeça para fora e vejo sangue na parede, escuto choramingos de dor e me aproximo devagar para ver se meu pai está bem.
Olho pelo espelho que tem no corredor e vejo meu pai caído com a cabeça sangrando e cacos de vidro espalhados pelo chão.
- Subordinado 1: Escuta aqui seu velho - puxa ele pela gola da camisa - Você está devendo uma quantia muito alta para o Sr. Hajime.
- Subordinado 2: Você sabe que ele odeia não ser pago no dia certo.
- S/p: P-por favor ... me dê mais tempo...
- Subordinado 1: Seu tempo era até hoje - da um soco no rosto dele que cai no chão.
Começo a chorar de nervoso e tampo a boca com a mão para não fazer barulho.
- S/p: Não tem outra forma que eu possa pagar?
- Subordinado 1: Com a sua vida.
- Subordinado 2: Ou você nos dá uma linda menina para ser uma prostituta - segura no cabelo dele - Mas acho que você não tenha filha já que sempre está sozinho.
- Subordinado 1: Então infelizmente para você a única opção possível é a primeira - sorri pegando uma arma.
Ele a coloca na testa dele mas antes de atirar ele olha no espelho e nossos olhos se encontram. Fico sem reação, ele abre um enorme sorriso e atira na testa do meu pai.
Ia entrar dentro do meu quarto mas sou puxada pelo cabelo até perto do corpo dele que está caído no chão com a testa sangrando sujando o nosso carpete. Ele nunca fui uma figura paterna para mim mas ele nunca me abandonou. Enxugo as lágrimas e fecho seus olhos que estavam abertos.
- S/n: Descanse em paz.
Derramo umas lágrimas pensando que agora estou sozinha nesse mundo, não tenho mais ninguém já que não conheço meus parentes pois a vida inteira meu pai me escondeu deles. A única pessoa que eu tinha está morta na minha frente.
- Subordinado 2: Pronto, acabou seu tempo de luto - fala me levantando pelos braços.
- S/n: Me solta porra - tento sair do seu aperto mas é em vão - A dívida do meu pai já foi paga com a vida dele.
- Subordinado 1: Você acha que uma dívida de quase 50 mil seria paga só com a vida nojenta do seu pai? - segura na minha mandíbula com força - Olhando bem, você é muito linda.
- S/n: N-não... me larga...
- Subordinado 1: Será que o Sr. Hajime ficará feliz em vê-la?
- Subordinado 2: Ah, com certeza.
- S/n: E-esp... - levo uma pancada na cabeça e desmaio.
Quebra de tempo
Acordo meio zonza, tento me mexer mas estou ajoelhada no chão acorrentada. Olho ao redor e é uma sala toda branca sem nada dentro, apenas eu.
O barulho da porta se faz presente e entra um homem, ele sorri de lado se aproximando de mim e se agacha ficando na minha altura.- xxxxx: Qual seu nome?
Continuo o olhando séria sem nem mexer a boca.
- xxxxx: É muda? - pergunta de forma debochada.
Ele tira da cintura uma arma que parece que foi banhada no ouro.
- S/n: É para eu me sentir ameaçada?
- xxxxx: Então não é muda - sorri guardando de volta a arma na cintura - Me diga seu nome.
- S/n: Normalmente os sequestradores sabem o nome das suas vítimas - sorri irônica.
Ele bufa revirando os olhos e se aproxima do meu rosto.
- xxxxx: Hajime Kokonoi - sorri de lado - Pode me chamar de Kokonoi.
- S/n: Você que mandou matar o meu pai.
- Kokonoi: Dívida é dívida - se afasta um pouco - Sem ressentimentos pode ser?
Dou de ombros e continuo o encarando reparando melhor nele, seus olhos escuros penetrantes e com um leve delineador, suas sobrancelhas arqueadas dando um ar de sério, seu cabelo preto no estilo meio emo de um lado e do outro raspado desenhado em forma de retângulos e um brinco de ouro em uma orelha. Ele é bem bonito mas passa uma impressão arrogante.
Ele me analisa por completo, seus olhos percorrem cada parte do meu corpo.
- S/n: Meu nome é s/n - falo para ele parar de me secar com os olhos.
- Kokonoi: Quantos anos você tem s/n?
- S/n: 18.
- Kokonoi: É de maior que bom - vira o rosto de lado sorrindo - Eu tenho 23 anos.
Sorri forçado para ele que toca em minha bochecha e viro o rosto para afastar do seu toque.
- Kokonoi: Virgem?
Fico corada pela pergunta dele, ele percebe e sorri.
- S/n: Não é do seu interesse - falo brava - Isso aqui é o que? Um interrogatório?
- Kokonoi: Preciso saber para o seu trabalho.
- S/n: Que trabalho?
- Kokonoi: Prostituta - fala se levantando e indo em direção a porta.
- S/n: Meu cu que eu vou ser uma prostituta - grito com ele que para na porta - Você não pode me obrigar.
- Kokonoi: Posso sim - olha para mim - Você tem que pagar o resto da dívida do seu querido pai falecido.
- S/n: Eu serei vendida?
- Kokonoi: Sim - sorri mostrando a língua - Vendida pelo dinheiro.
Olá meus amores volteiii.
Nova fic e agora desse lindão aqui.Irei postar provavelmente 1 capítulo por semana já que meus dias estão corridos por conta do estágio da faculdade.
Então peço um pouco de paciência dessa vez.Bjs em seu coraçãozinho e até.
(estava com saudade disso)
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Vendida pelo Dinheiro
FanfictionQuando estou sozinha nesse mundo onde o dinheiro vale mais que tudo, conheço o ser mais arrogante e ganancioso. Aviso (contém): - drogas ilícitas - álcool - violência/assassinato - sexo/hot - sadomasoquismo - palavras inapropriadas de baixo escalã...