Capítulo 49 (confusão)

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POV Autora ON

1 mês depois...

Kokonoi está em uma lanchonete fazendo seu pedido para o balconista que o anota e logo passa o seu cartão de débito pagando a compra, após uns minutos é entregue seu pedido a ele que agradece e sai do local.

Ele estava trabalhando na sua empresa de carros e saiu para comprar algo para comer já que ninguém vive só de trabalho.

Trabalho, palavra a qual o Kokonoi está vivendo todos os dias após você ter ido embora.

Vai andando com sua cara de poucos amigos até seu carro e na calçada que ele está, vem um casal jovem e seu filhinho que está andando no meio deles. Kokonoi olha para eles e sente uma pontada no peito, ele para em frente ao seu carro e olha para trás vendo a família feliz, unida, e ele suspira fundo.

- Kokonoi: Tsk... odeio pessoas... - fala após bater a porta do carro e o ligar dando partida rumo a sede da Bonten.

Durante esse tempo de afastamento, ele está tentando enganar a si mesmo que não liga para você, ele tenta não transparecer que está numa depressão fodida, só tenta mesmo porque é bem perceptível, está estampado no seu rosto o quanto ele está vazio.

Chegando, ele estaciona sua nova Lamborghini pois a outra estava toda quebrada, já que ele descontou sua raiva nela pois seu cheiro estava impregnado no carro.

Vai até seu escritório e se senta de forma despojada na sua poltrona, abre o saquinho para começar a comer os salgados que comprou, abre a latinha de refri e toma uma golada.

Olha para o porta-retrato em sua mesa, uma foto suas juntos, ele abraçando você por trás e os dois sorrindo, e ao lado tem uma foto do pequeno Hajime.

- Kokonoi: Ahh... - suspira fundo e fecha os olhos, em sua mente vem você e seu filho, coisa que não é novidade pois ele pensa em vocês quase o dia todo e a noite, ele sonha.

Sem querer ele acaba deixando uma lágrima sorrateira cair por sua bochecha, passa a mão nela a limpando e suspirando fundo se concentra em sua comida.

Ele disse para si mesmo que deixaria você em paz pois já lhe causou tanto mal, mesmo as vezes sem querer, mas acabava que ele te machucava. Como em um ciclo repetitivo que no final vocês acabavam se separando.

Realmente, talvez o que você disse faça sentido, nem todos os casais são feitos para o "para sempre".

- Kokonoi: Calma Hajime, respira! - fala para si mesmo tentando se controlar para não acabar chorando por conta de uma crise depressiva.

Ele pega um papel, uma caneta e começa a escrever no papel o que está sentindo, o que está dentro dele e que o machuca, é uma bela forma de aliviar a confusão de sentimentos dentro de você.

- Kokonoi: Sinto a dor, a tristeza, a ferida aberta e cada lágrima que escorre por meu rosto - fala enquanto vai escrevendo - Sinto meu coração esmagado, dilacerado, lutando para se manter batendo - solta uma fungada chorosa - Não me permito sentir, tento esconder de mim mesmo os meus sentimentos - fica olhando para o papel que tem uns pingos de lágrimas - Pois sentir é a linha que fica entre o sofrer e o superar, e eu não consigo superar.

Ao finalizar a escrita, olha para o papel e o coloca dentro da sua gaveta onde tem uma pilha de papéis que ele usou para escrever sobre si mesmo.

Por que é tão difícil superar? Por que não podemos simplesmente estar com quem amamos? São tantos por que mas nenhuma resposta.

- Kokonoi: Vamos Hajime - fala dando tapinhas no próprio rosto - Se concentra no seu trabalho.

Termina de comer e beber, levanta a tela do seu notebook e o liga para começar a trabalhar em prol da gangue.

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