Capítulo 48 (carta)

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No dia seguinte...

Estaciono meu carro em frente à sede da Bonten, pego minha pasta onde fiz todas as anotações necessárias para a reunião de hoje e entro no local, escuto uma voz familiar e irritante.

- Sanzu: Novato! Espera aí! - fala de forma ofegante correndo até mim que estou parado olhando com minha cara matinal para ele - Que cara de bosta é essa?

- Kokonoi: É a minha cara normal, seu palerma - pronuncio irritado - Se for para me irritar logo cedo, com licença.

Me viro indo até o elevador e entro, me viro o vendo entrar também.

- Sanzu: Calma aí novato - fala apertando o botão do andar desejado - Só quero saber como você está?

- Kokonoi: E o que isso importa pra você?

- Sanzu: Importa que daí talvez eu tenha chance de ficar com a s/n.

O empurro contra a parede do elevador e grudo no seu pescoço o apertando com certo ódio.

- Kokonoi: Se ousar tocar um dedo sequer na minha mulher...

- Sanzu: Entendi... - fala sorrindo para mim que o encaro sério - Enfim você retomou sua memória.

Continuo o pressionando contra a parede e a porta do elevador se abre entrando os irmãos.

- Ran: Eita! - fala vendo a cena que pode ser interpretada em vários sentidos.

- Sanzu: Pô pessoal, vocês nos atrapalharam. - fala zoando e solto dele o xingando de todos os nomes.

- Rindou: Trocou a s/n pelo Sanzu, que decadência!

Num passe rápido acerto um soco no nariz dele que cambaleia um pouco para trás.

- Kokonoi: O que sabe sobre mim e ela? - grito nervoso e ele parte pra cima de mim me acertando com um soco e revido com outro soco.

- Ran: Não deveríamos separá-los?

- Sanzu: Não, deixa eles se pegarem.

-Rindou: Você não merece a mulher que tem - me acerta com um chute e saio para fora do elevador que havia aberto a porta na hora - Muito menos merece o filho que tem com ela!

- Kokonoi: Você não sabe de nada, porra! - me levanto grudando nele o derrubando e começo a desferir socos em seu rosto.

- Mikey: Que merda está acontecendo aqui? - fala de forma calma e fria nos fazendo olhar para ele.

- Sanzu: Porradaria Mikey, porradaria! - fala dando de ombros e parando do lado dele.

- Mikey: Por que estão brigando?

- Rindou: Porque ele é um babaca! - aponta para mim e acerto um tapa no dedo dele.

- Kokonoi: Não pronuncie o nome da minha esposa com essa boca imunda!

- Ran: Oi? Sua esposa? Então você não está sabendo? - me olha confuso enquanto todos me olham.

- Kokonoi: Não tô sabendo do que merda!?

Rindou tira um papel do terno e me entrega.

Olho para eles, olho para o papel e o abro me sentindo nervoso, vejo que é uma carta e é a letra dela.

"Olá querido Kokonoi, essa não é uma carta de amor, e tentarei não ser clichê e nem tão dramática, por mais que eu não queira que terminasse assim, mas acredito que essa seja uma carta de despedida, e eu como não conseguiria me despedir de você pessoalmente, escrevi essa carta, por que me despedir de você me dói tanto, dói porque nossas almas estão ligadas. Mas a vida nos obriga a escolher caminhos que não podemos levar todo mundo, e nossos caminhos já se divergiram tantas vezes que penso se realmente fomos feitos para o "para sempre". Nós vivemos um amor muito bonito e muito turbulento, mas foi especial enquanto durou. Cuidarei muito bem do nosso pequeno Hajime, se você quiser realmente vê-lo você dará um jeito, pois você sempre deu um jeito para tudo! Bom, queria só te dizer que eu te amo e sempre vou te amar. Enfim, me perdoe as partes molhadas do papel pois não ia escrever novamente, o papel do divórcio já está assinado por mim. Viva bem, meu grande e primeiro amor.
De: s/n
Para: Kokonoi"

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