Capítulo 37 (cemitério)

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POV Kokonoi ON

Três meses depois...

Está uma manhã chuvosa e fria, estou dirigindo rumo ao cemitério, o dia está um clima cinzento, pacato.

Chegando, pego as flores e um guarda-chuva, saio do carro o trancando e vou andando pelo cemitério vendo tantos túmulos, alguns com flores vivas e outras mortas, chego em frente a um túmulo específico e fico parado o observando.

- Kokonoi: Já faz um ano... - falo suspirando fundo e meus olhos já querendo se encherem de água - Por que ainda dói tanto?

Me ajoelho no túmulo sem me importar de sujar ou molhar minha calça, meu peito dói de tristeza, é como se meu coração quisesse saltar pela boca.

- Kokonoi: Eu nunca quis te dizer adeus - falo choroso deixando as lágrimas descerem - Porque isso significa para sempre.

Nunca imaginei que te veria morrer na minha frente, me dói tanto em saber que você estava tão animado com o pequeno que ia nascer, e que hoje em dia você não pode estar com ele.

- Kokonoi: A gente brigava mas éramos inseparáveis - sorri fraco - Meu confidente, meu conselheiro, meu segundo comandante, meu melhor amigo...

Suspiro fundo me derramando em lágrimas, tudo que consegui controlar para me manter forte para minha mulher e meu filho, estou me desabando aqui na sua frente pois você era o único que via o quão fraco e falho eu era.

- Kokonoi: Me desculpa mas eu desfiz a Black Dragons, já não via mais graça e nem sentido em ser líder dela sem você - dou de ombros - A s/n sempre me apoiando, sem ela aqui, eu não sei o que seria de mim.

Sorrio de lado pensando no quão fraco eu sou, no fundo sou sempre dependente de alguém, antes era do Inui, agora sou da minha mulher.

Olho para o letreiro na pedra do túmulo e sorri choroso me lembrando de tudo que passamos juntos, foram tantos momentos.

- Kokonoi: Agora você está nas estrelas - tiro o guarda-chuva de cima de mim fazendo as gotículas de água caírem em mim enquanto olho para o céu cinzento - E alguns metros nunca pareceram tão distantes.

Suspiro fundo me levantando e ando um pouco onde me sento em um degrau que tem por perto, vejo um gatinho branco na chuva e coloco o guarda-chuva no chão o escondendo da chuva.

- Kokonoi: Oi amiguinho, está sozinho aqui também? - falo olhando para ele que me olha atento - Não me olha assim, eu sei que to parecendo um bagaço

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- Kokonoi: Oi amiguinho, está sozinho aqui também? - falo olhando para ele que me olha atento - Não me olha assim, eu sei que to parecendo um bagaço.

- Gato: Miau.

- Kokonoi: Obrigado pelas belas palavras - sorri para ele que vem até mim se esfregando em minha perna - Nossa, você me lembra alguém - falo o pegando no colo e vendo que metade do seu rosto é amarelo sendo o resto dos seus pelos brancos.

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