Vendida pelo Dinheiro

Capítulo 50 (saudade)

POV S/n ON

4 meses depois...

Estou sentada no sofá, tomando uma xícara de café enquanto vejo meu pequeno comendo totó e assistindo desenho. Termino meu café e vou até a pia para lavar a xícara, seco minhas mãos e encosto na parede que fica na divisa da sala e da cozinha.

Suspiro fundo vendo meu filho e notando o quanto ele cresceu, parece que foi ontem o dia que ele nasceu e amanhã ele irá fazer 1 ano.

Parando pra pensar, faz 5 meses que não vejo o Kokonoi, não tenho notícias dele e nem de nenhum dos meninos, eu sei que o Koko sabe onde eu estou porque ele continua depositando dinheiro na conta e estamos morando em uma de suas casas.

Esse tempo longe dele não tem sido fácil, principalmente para o Seishu que no começo todo dia o chamava e chorava por causa dele, hoje em dia ele ainda pergunta do pai, e quando ele menciona sobre ele, eu digo que está fora por conta do trabalho.

Ele está crescendo e não sei até quando essa mentira vai adiantar, eu minto pra mim mesma na esperança de que um dia a gente possa voltar, ainda penso muito nele, as vezes até em meus sonhos ele está.

- Seishu: Mamãe? - fala me tirando dos meus pensamentos, olho para ele que me mostra seu potinho vazio - Bo, quero mais.

Sorri e pego seu potinho indo colocar mais um pouco de totó para ele que ama comer, entrego para ele e deixo um beijo em sua cabeça.

Nesses últimos meses não procurei um trabalho pois quero passar meu tempo com o meu filho, ele já não tem a presença do pai e eu não poderia o deixar também, e o dinheiro que temos é mais que o suficiente para vivermos bem, e eu tenho um dinheiro guardado desde a época que trabalhava para o Kokonoi e quando fui trabalhar com o Hakkai.

Então, dinheiro não é um problema pra nós.

- S/n: Amanhã você faz 1 aninho meu amor. - falo acariciando seu cabelo pretinho e liso, igual ao do pai dele.

- Seishu: Um. - mostra um dedinho pra mim e sorri mostrando seus dentinhos da frente.

Sorri para ele que retribui e me entrega um totó, seus olhinhos um pouco puxados sorriem de forma doce.

- Seishu: Come, mamãe. - aponta para o biscoito de polvilho em minha mão e mordo um pedaço, ele sorri satisfeito e volta a ver desenho.

Suspiro pensando que vamos passar seu primeiro aniversário sozinhos, eu e ele, mas sempre fiz e farei o possível para ver meu filho feliz.

Umas horas depois...

É tarde, o sol está quase se pondo, acabei de dar banho no Seishu e coloquei uma jardineira nele que está sentado no sofá tomando seu mama na mamadeira, faz uns dias que ele não quer mais mamar no peito.

Vou até a cozinha e pego um copo com água, estou voltando para sala e escuto a voz do pequeno.

- Seishu: Papai!! - ele vive chamando o pai.

Ao entrar na sala meu coração acelerou de tal forma, é como se ele fosse explodir de tanto bater, o copo cai da minha mão que fica trêmula e minha boca fica entreaberta.

- Kokonoi: Oi filhão. - fala sorrindo alargamente, seu sorriso continua lindo. Se aproxima do pequeno que está segurando sua mamadeira com uma mão e vira seu corpinho descendo do sofá e dando seus primeiros passos em direção ao pai - Que saudade, filho... - vejo escorrer lágrimas por suas bochechas enquanto abraça o filho.

- Seishu: Papai. - ele passa o dedinho na lágrima que escorria pela bochecha do Kokonoi que sorri de forma tão sincera - To. - entrega a mamadeira para ele que pega.