Fiquei ali desnorteada por alguns instantes tentando entender o que havia acabado de acontecer. De repente vi todos correndo em direção a sede.
— Vamos Kasaki! — Gritou Nack correndo em minha direção. — Eles conseguiram entrar na sede!
— Em? — Embarguei.
Nack se agachou, segurou meu braço e o pôs sobre seu pescoço, tentando me levantar.
— Precisamos ir, se não reabastecermos o gás estaremos ferrados!
— Tudo bem, estou pronta. — Disse, tentando reunir minha concentração.
Nack ajudou-me a me levantar, mantendo um olhar firme enquanto nos apressávamos em direção à sede. O caos reinava, e cada movimento era uma corrida contra o tempo. Assim que chegamos, a cena era um reflexo da tensão enfrentada no exterior. A batalha contra os titãs de três metros deixara marcas na estrutura e na moral dos que ali estavam. Precisávamos reabastecer rapidamente para estar preparados para qualquer novo embate. Enquanto me ocupava com a recarga do equipamento, Nack e eu nos sentamos para uma breve pausa. A exaustão era evidente em nossos rostos, mas o peso do que havia ocorrido lá fora continuava a pairar sobre nós, tornando o descanso apenas uma ilusão passageira.
— Fomos bem... — Tentei expressar um tom positivo, mas havia uma sombra de tristeza em minha voz.
— É... conseguimos. — Sua resposta era carregada de pesar, e ele desviou o olhar.
Tentei encorajá-lo, mas as palavras pareciam insuficientes para aliviar a dor que ele carregava.
— Não fique pensando nisso, pode ser prejudicial para você. — eu disse, enquanto me aproximava dele e colocava minha mão em seu ombro.
— Eu vi dois de meus amigos morrerem diante dos meus olhos. Meu estado psicológico já não está lá essas coisas – ele murmurou com pesar.
Eu compreendia aquela dor. Queria oferecer mais conforto, mas palavras nunca pareciam suficientes em situações como aquela. Enquanto tentava consolá-lo, um pigarro próximo nos interrompeu abruptamente. Era Jean, seus olhos transmitiam uma mescla de curiosidade e preocupação.
—Algum problema aqui, senhorita Monterea? — Seus olhos se estreitaram em direção a nós, demonstrando cautela.
— O que foi, Jean? Desde quando eu sou senhorita? — Respondi, um tanto surpresa pela formalidade repentina.
— Já encheu seu DMT? — Ele mudou rapidamente de assunto.
— Já sim. — Respondi, ainda um pouco confusa.
— Está com dificuldades para encher o seu, Nack? — Jean mudou o foco, olhando para o chão.
— N-não... — Nack respondeu, com uma expressão abatida.
— Então posso roubar a Kasaki por um momento. Certo? — Jean propôs.
— C-claro. — Respondeu Nack, com um tom vacilante.
Encarei Jean com uma expressão que tentava demonstrar desaprovação, mas ele agiu como se não percebesse. Me levantei, dirigindo-me para um canto distante, e virei-me para encará-lo, esperando que ele se justificasse. Seus olhos azuis se moviam de maneira inspecionadora por todo o meu corpo, verificando se eu estava bem. Em um gesto inesperado, Jean se aproximou e me abraçou.
— Por Deus, Kasaki! Onde você estava? Está ferida? — Jean exclamou, seu tom carregado de preocupação imediata.
— Ai Ai! Não aperta que eu tô doendo. — Pedi, sentindo uma pontada de dor pelo aperto intenso.
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Shingeki no Kyojin - Caminhos do destino
FanfictionFanfic de Shingeki no Kyojin Romance Levi Ackerman Em um mundo despedaçado pelos titãs, entrei para o Esquadrão de Reconhecimento, determinada a proteger os que amo. Contudo, o destino tinha outros planos para mim. Minha ligação familiar me conduz...