Shingeki no Kyojin - Caminhos do destino

SEASON 2 - Capítulo 15 - Matar ou Morrer

Pousamos sobre o telhado de um prédio, esgotados pela tensão e pelo esforço físico da luta contra o Titã. A ausência de movimento do colossal ser que havíamos derrotado foi o suficiente para gerar um alívio palpável entre nós.

― Conseguimos! ― Gritamos em êxtase, a adrenalina ainda correndo forte em nossos corpos.

A comemoração foi momentânea. Jean estendeu sua mão para um toque de celebração, um gesto habitual em momentos de vitória. Tive que dar um pequeno salto para alcançar sua mão, mas mal tivemos tempo para saborear o triunfo. O som de murmúrios baixos cortou a atmosfera de comemoração. Era Connie e Sasha, os rostos marcados pelas lágrimas, encolhidos e sentados sobre as telhas.

― O que está acontecendo? Por que estão chorando? Nós fizemos o que precisava ser feito! ― A indignação na voz de Jean era evidente, refletindo a confusão e a tensão do momento.

― Por favor, parem de chorar! ― Pedi, tentando manter a firmeza diante da situação. Era difícil para todos nós lidar com as emoções intensas após a batalha, especialmente quando tínhamos lutado contra alguém que, por muito tempo, fora um aliado.

Naquele instante, compreendia a razão por trás da tristeza deles. Reiner havia sido um amigo próximo, alguém com quem compartilhamos muitos momentos antes de se tornar nosso adversário, o que tornava nossa vitória agridoce.

― Preparem os equipamentos para a próxima batalha! A luta ainda não acabou. ― As palavras de Hange romperam o breve momento de reflexão, trazendo de volta a urgência da situação e a necessidade de nos prepararmos para os desafios que ainda estavam por vir..

À medida que nos afastávamos do local onde Reiner estava inerte, a sensação de urgência e a incerteza sobre o que estava prestes a acontecer aumentavam. O ambiente estava tenso, o silêncio permeava entre nós enquanto nos movíamos rapidamente, fugindo do perigo iminente. Olhávamos uns para os outros, cada olhar expressando preocupação, tensão e a determinação para enfrentar o que viesse a seguir.

O grito de Reiner ecoava em minha mente, sua intensidade não deixava de me perturbar. Afinal, por que ele faria isso? O que estava prestes a acontecer? Estávamos em alerta máximo, cada som, cada movimento ao redor era uma potencial ameaça, e a expectativa angustiante sobre o que o Titã Colossal poderia trazer pairava sobre nossas cabeças.

Enquanto Eren permanecia em sua forma titânica, eu sentia meu coração pulsar forte, minhas mãos tremiam levemente, a respiração se tornava mais rápida. Jean, ao meu lado, parecia igualmente tenso, suas feições revelavam a ansiedade e a inquietação que compartilhávamos naquele momento.

Hange, sobre os ombros de Eren, transmitia as próximas instruções, enquanto a urgência em sua voz evidenciava a seriedade da situação. O plano delineado era claro, mas a sensação de pressão no ar tornava tudo ainda mais desafiador.

― Nosso plano é este: o Esquadrão Levi protege Eren sob o comando de Armin. Os demais trabalhem juntos para neutralizar os alvos.

A resposta uníssona ecoou entre nós, uma confirmação de que estávamos prontos para o próximo embate, cientes da gravidade do momento e da necessidade de agir com precisão. A adrenalina se misturava ao medo, enquanto nos preparávamos para enfrentar o desconhecido que se aproximava, sabendo que cada segundo seria crucial.

— Entendido! — Respondemos em uníssono.

Zoe saltou, avançando com seus fios pelas ruas entre os prédios. Armin a seguiu, enquanto o resto de nós permanecemos parados nos telhados das casas que cercavam Eren, em posição de defesa. Daquela distância, não era possível compreender ou até mesmo ouvir o que Armin estava planejando, mas após alguns segundos sua figura saltou sobre uma igreja e ele começou a gritar e tentar uma negociação com Berthold.