Fanfic de Shingeki no Kyojin
Romance Levi Ackerman
Em um mundo despedaçado pelos titãs, entrei para o Esquadrão de Reconhecimento, determinada a proteger os que amo. Contudo, o destino tinha outros planos para mim. Minha ligação familiar me conduz...
Antes de iniciar este capítulo, no link abaixo temos o POV do Levi durante a batalha, caso não consigam abrir, deixarei nos comentários também <3 https://www.tiktok.com/@ennnific/video/7080207739133185285?is_copy_url=1&is_from_webapp=v1
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— Kasaki, fique viva. — A voz de Levi cortou o ar, um misto desesperado e mandatório ecoando em meus ouvidos. Seus olhos, normalmente firmes e determinados, estavam inundados de uma urgência palpável, como se cada segundo fosse precioso e eu estivesse prestes a escapar-lhe entre os dedos.
A figura dele passou diante de mim como um relâmpago, um clarão que se misturou ao escurecer que me envolvia, minhas pálpebras pesando como chumbo.
Minha mãe segurava a mão de um garotinho de pouco mais de um ano, seus cabelos eram escuros e formavam suaves ondas sobre o topo de sua cabeça, seu sorriso era familiar mas eu não conseguia recordar-me de onde o conhecia. O céu, um azul deslumbrante, quase desvanecia para um branco estranho, desprovido de nuvens ou sol, apenas os raios dourados pintavam a grama e as flores. Perdida na campina desconhecida, eu tentava decifrar onde estava, mas minha mãe ali, com um sorriso acolhedor nos lábios e olhos brilhantes, levantando a criança e arrancando gargalhadas dele.
Eu os observava à distância, um tempo que se estendia infinitamente, inerte, além do desconcerto causado pelo ambiente surreal. Eu me sentia invisível, meus lábios se contorcendo quando os olhos de minha mãe encontraram os meus. A alegria em seu olhar vacilou, seu sorriso tremeu numa torrente de emoções. Ela estendeu a mão com ternura na minha direção, e então veio o flash de lembranças, a saudade pulsante, a falta insaciável dela, seu cheiro familiar e os pães doces que ela costumava fazer. Meus joelhos vacilaram, mas ignorei, e mais que depressa comecei a caminhar em sua direção, e logo, meus passos tornaram-se uma corrida, minha visão tornava-se embaçada a medida que as lágrimas surgiam, e continuei a correr, mas eles pareciam se afastar cada vez mais. Então, um aperto em meu braço me deteve abruptamente. Ao me virar, deparei-me com Petra, seus olhos arregalados refletiam um misto de temor e súplica.
— Não, por favor.— O pedido escapou dos lábios dela, lágrimas transbordando dos olhos.
— O que está fazendo, Pe?— Minha voz soou trêmula, um arrepio deslizando pela minha espinha.
— Por favor, Saki. Volte.— Seus dedos seguraram os meus com desespero.
Um frio repentino percorreu minha espinha.
— Voltar? Para onde?— A confusão começava a dominar meus pensamentos.
— Você não pode vir conosco. Ainda não, por favor.— Ela apertou minhas mãos entre as suas.
Meus joelhos fraquejaram e o ar se esgotou de meus pulmões. A compreensão golpeou meu peito naquele instante, flashes do corpo dela colidindo contra a árvore inundaram minha mente. Meus lábios tremeram, as lágrimas presas na garganta. Balancei a cabeça em negação, lançando-me nos braços de minha irmã, soltando um pranto descontrolado enquanto afundava meu rosto em seu ombro. Petra me envolveu, seus próprios soluços ecoando.
