Shingeki no Kyojin - Caminhos do destino

SEASON 3 - Capítulo 7 - Novos hóspedes

A noite brilhante de lua cheia se estendia sobre nós, pontilhada pelas estrelas cintilantes no céu. Eu aguardava entre as rochas na costa, observando atentamente a distância, e ao lado de Levi, Hange, e do nosso novo refém. No horizonte, a figura imponente de Eren emergiu das águas escuras, seu tamanho titânico carregando o navio como se fosse uma pequena embarcação de brinquedo. O estrondo abafado quando ele depositou o navio sobre as pedras ecoou pelo local, uma demonstração de força que, mesmo familiar, sempre impressionava.

Enquanto o cenário se desdobrava diante dos nossos olhos, Hange, incansável e cheia de curiosidade, correu em direção ao navio. Seus passos rápidos refletiam a excitação por conhecer os novos convidados, um brilho de entusiasmo dançando em seus olhos. Era uma cena surreal, a luz prateada da lua emprestava um toque de magia à cena. Ali estávamos, testemunhando a chegada de um mundo desconhecido, um momento carregado de mistérios, promessas e bem... Desgraça.

— Sejam bem-vindos à ilha de Paradis, meus companheiros de Marley! — Ela acenou, animada, enquanto nós observávamos, suas palavras carregando uma entonação cantada.  — O meu nome é Hange e eu estou aqui para receber nossos convidados que vieram do outro lado mar. Vamos fiquem à vontade! Por que vocês não desembarcam para tomar um cházinho...

O soldado de Marley do primeiro grupo permanecia ali de pé, suas mãos amarradas às costas, observado atentamente por mim e pelo Capitão Levi. Hange se aproximou do soldado, demonstrando uma familiaridade quase perturbadora. Ela abraçou o rapaz loiro, Nicolo, cuja expressão de pânico era evidente. Suas palavras pareciam mais uma tentativa de criar um ambiente de intimidade do que uma genuína conexão.

— AH! Inclusive a gente fez amizade, e estamos super íntimos do pessoalzinho que chegou aqui mais cedo, não é mesmo... — Ela abraçou o rapaz loiro, cuja expressão denotava pânico. — Nicolo querido?

— Capitão! — O rapaz gritou em desespero. — Me deixa morrer! Atira de uma vez nesses demônios!

A reação dele deixou Hange surpresa e Levi cético diante do comportamento do soldado de Marley, até mesmo eu, que estava impaciente, arregalei os olhos surpresa com sua audácia.

— Parece que ele não está muito interessado em participar da sua ceninha. — comentou Levi, seu tom carregado de desconfiança.

—Por que está dizendo isso, Nicolinho? — Hange perguntou entre dentes, perplexa com a reação extrema do rapaz.

— Oras, que falta de educação, senhor Nicolo... —Repreendi, tentando manter uma compostura firme. — Tenha modos, sim?

O homem do barco, vestindo o mesmo uniforme que Nicolo, se ergueu abruptamente, demonstrando uma autoridade superior sobre o soldado. Seus olhos faiscavam de raiva e desdém enquanto ele disparava insultos dirigidos a nós.

— Seus demônios desgraçados! Marley não vai fazer acordo com pessoas de sangue sujo! Não vamos nos sentar para tomar mijo de porco ao lado de vocês! — Ele vociferou, apontando a arma em nossa direção.

A surpresa pairou no rosto de Hange diante da rudeza do homem.

—  Anh? Tem certeza de que vai ser grosseiro desse jeito com a gente? Por acaso não reparou o Titã atrás de vocês? — Ela respondeu, tentando manter uma calma irônica.

Todos os soldados voltaram-se para encarar a figura imponente de Eren, cujos olhos verdes brilhavam como brasas na noite. O silêncio se instalou, apenas o vento soprava entre os rochedos, enquanto a presença titânica de Eren era uma lembrança poderosa do perigo que espreitava os nossos supostos inimigos.

— Eu não vou me deixar intimidar por vocês!  — O capitão dos soldados de Marley demonstrou coragem, avançando em direção a mim, Levi, Hange e Nicolo, empunhando sua arma com determinação.