Capítulo 54

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        Penúltimo Capítulo 

          • Sofia •
Sofia: Vai lá amor, deixa o menino aqui quietinho.
Lucas: Às vezes eu chego a pensar que você gosta mais dele do que de mim.
Sofia: Ciumento. - O Lucas se arrastou no chão e se encostou no sofá.
Leonardo: Ela tá mexendo. - Sorriu largo.
Lucas: Fala com ela.
Leonardo: Oi Maria. - Sorri. - Eu sou o tio Leonardo, eu gosto de você, sabia? - Em "resposta" ela se mexeu mais uma vez.
Sofia: Ela gosta da tua voz. - Toquei seus cabelos pretos.
Lucas: Vem mais pertinho. - Fiquei de joelhos no chão e fui para o seu lado, o Léo ficou entre as pernas do Lucas e abraçou a minha barriga.
Leonardo: Mexeu de novo. - O Lucas também tocou a minha barriga e sorriu largo sentindo nossa menina chutando. - Acho que ela vai gostar de futebol.
Lucas: Também acho. - Quando meus joelhos começaram a doer me sentei do lado do Lucas e o Léo se sentou entre as minhas pernas. Uns minutos depois o Arthur também se juntou a nós e o papo com a Maria rolou solto. Os meninos conversavam tão empolgados com a minha barriga, que quem olhasse de longe poderia pensar que a conversa toda era com uma outra criança, não com uma barriga. O Lucas passou o braço por cima dos meus ombros e me trouxe pra mais perto dele. Olhei em seus olhos e sorri. - Fico me perguntou se a Maria Luíza vai ter um sorriso tão bonito quanto o seu.
Sofia: Meu sorriso é bonito?
Lucas: O mais lindo que eu já vi. - Beijou minha bochecha.
Sofia: Você fala essas coisas só pra eu me apaixonar ainda mais.
Lucas: Tá dando certo? - Assenti. - Que ótimo então. - Enclinei minha cabeça e juntei nossos lábios. Lembro da primeira vez que nos beijamos, lá na casa do Vini. Um pouco mais de um ano já passou mas ainda sinto a mesma sensação. Nossos lábios se encaixam perfeitamente, é como se um fosse feito para o outro.
Arthur: Aí que nojo! - Descolei meus lábios dos do Lucas e vi os meninos de olhos fechados, o que fez eu e o Lucas gargalhar.
Leonardo: Eu nunca vou beijar na boca, isso é nojento.
Lucas: Daqui alguns anos você vai mudar de ideia.
Sofia: Pensem assim até os 18 anos, por favor!
Lucas: Não pensem não. Beijar é bom!
Sofia: Lucas! - Belisquei seu braço.
Lucas: Aí. Isso dói!
Sofia: É pra doer mesmo. - Olhei para os meninos. - Não dêem ouvidos para o Lucas.
Arthur: Tá. - Sorriu pra mim.
Karina: O Lucas tá emburrado porquê? - Virei minha cabeça em direção a cozinha e vi a família toda vindo para a sala.
Lucas: A Sofia me beliscou.
Sofia: Não mandei você dar conselhos que não deve para os meninos. - Olhei pra ele. - Se reclamar te belisco de novo.
Lucas: Sua insensível! Cadê aquela mulher carinhosa que tava me beijando ha dois minutos?
Sofia: Foi embora.
Lucas: Vocês estão vendo o que eu sofro na mão dela, né?
Sofia: Aí coitadinho. - Mordi sua bochecha.
Ficamos na casa dos meus sogros até tarde. Só fomos para a casa quando o cansaço me atingiu e os pés inchados começaram o doer. Meu pai e a Cláudia deixaram eu e o Lucas em casa e depois foram só pra Deus sabe onde. Assim que abrimos a porta de casa corri e me deitei no sofá.
Lucas: Vai tomar banho e depois você deita na cama, lá é mais confortável.
Sofia: Hoje o corpo tá mais pesado que o normal. - Me sentei. - Pega aquela minha calça molinha e o top, e lava no banheiro pra mim?
Lucas: Levo. - Ele beijou meus lábios e foi para o quarto. Me levantei com um pouco de dificuldade e fui para o banheiro. Me despedi e entrei debaixo da água morna. Fechei os olhos e deixei a água correr pelas minhas costas. Quando me senti relaxada, abri os olhos e vi o Lucas escorado no batente da porta, me olhando.
Sofia: Vem cá. - Ele colocou minha roupa em cima da pia, se despiu e entrou de baixo do chuveiro comigo. Abracei seu pescoço e deitei minha cabeça em seu ombro. - Daqui alguns dias vai ser difícil a gente ter um tempo assim.
Lucas: Vai ser por uma boa causa. - Acariciou minhas costas. Tirei meu rosto do seu ombro e beijei sua boca. - Você tá ainda mais linda com esse barrigão. - Tocou minha cintura.
Sofia: Você só fala essas coisas pra me agradar.
Lucas: Isso não é verdade. - Me deu um selinho.
Sofia: Eu te amo. - Mexi em seu cabelo molhado.
Lucas: Eu também te amo. - Sorriu antes de me beijar. Tomamos um banho rápido, mas bem relaxante.
Assim que chegamos no quarto, me sentei na cama e fiz perna de índio, o Lucas não pensou duas vezes pra se deitar em minha perna e abraçar minha cintura. Acariciei seus cabelos e vi sua respiração ficar mais serena. Me encostei na cabeceira da cama e fechei meus olhos. Só percebi que havia dormido quando acordei praticamente gritando de dor. Sacudi o Lucas, que acordou em um piscar de olhos e me ajudou a trocar de roupa. As horas se passaram e seguimos para o hospital. E lá vivemos o momento mais mágico de toda a nossa vida, o nascimento da nossa menina.

• Lucas •
- Um ano depois -
Hoje a minha menininha tá completando 1 aninho, parece foi ontem que ela veio ao mundo com seu choro ensurdecedor.
Nesse um ano eu fui mais feliz do que em toda a minha vida. Agora tenho a minha própria família, do jeito que eu sempre pedi a Deus. Na verdade Ele me deu muito mais do que eu mereço.
A casa tá cheia e eu fico feliz com isso. Me encosto na parede e fico admirando a minha mulher dando papinha pra nossa Ruivinha mirim. A Maria Luíza é a cara da mãe e surpreendente, tem algumas manias iguais as minhas. Meu amor por ela é tanto que já é possível ver semelhanças entre nós dois. Além da fisionomia, dos cabelos e da teimosia da mãe, ela também puxou o lado expressamente doce. Eu sou um homem de muita sorte, não se passa um dia sem que eu não agradeço as coisas que Deus me deu.
Me desencostei da parede e fui até as minhas meninas. Assim que a Maria me viu, levantou os bracinhos e sorriu mostrando seus quatro dentinhos. Peguei aquela coisinha gostosa no colo e me sentei ao lado da minha mulher.
Lucas: Cadê a Ruivinha do papai? - Ergui meus braços e coloquei a sapeca no alto. - Cadê? - Ela deu um gritinho e logo em seguida gargalhou.
Sofia: Ela acabou de comer, amor, então não balança muito ela.
Lucas: Não vou balançar. - Coloquei-na​ em pé nas minhas pernas e suas mãos voaram para os meus cabelos. - Isso dói filha. - Gemi.
Sofia: Maria, não faz. Tá fazendo dodói no papai.
Leonardo: Maria. - Gritou enquanto vinha correndo em nossa direção. Assim que a pequena o viu, começou a balançar os braços e a pular. - Posso brincar com ela?
Sofia: Pode. Mas primeiro quero meu beijo. - Ele deixou um beijo na bochecha da Sofia e eu coloquei a Maria não chão. O Léo segurou sua mãozinha e ela saiu andando, toda torta, mas toda linda. Faz pouco tempo que ela anda, então eu ainda babo muito em seus passinhos tortos e desequilibrados.
Lucas: Ela é tão linda. - Abracei a minha outra Ruiva.
Sofia: Fizemos um ótimo trabalho. - Me beijou. - Eu te amo!
Lucas: Eu também te amo. - Sussurrei antes de beijá-la.
Vinicius: Vamos parar com isso! - Bateu na minha perna. - Vocês estão quase fazendo outro filho, aqui na frente de todo mundo. - Gargalhei.

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