Ultimo Capítulo

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            • Sofia •
Deixei o Lucas e o Vini conversando e fui a procura da minha mãe e da minha irmã. Encontrei as duas olhando o Arthur e o Léo brincando com a Maria.
Sofia: Achei vocês. - Abracei as duas.
Suzana: Ela é tão parecidinha com você. - Me olhou.
Bárbara: Tô aqui me segurando pra não roubar ela dos meninos e morder essas bochechas gordas.
Sofia: As bochechas dela são iguais as tuas. - Olhei para a Bárbara.
Bárbara: Tá me chamando de bochechuda? - Perguntou rindo.
Sofia: Mais ou menos. - Beijei seu rosto.
Suzana: Não fala ainda?
Sofia: Não. E não é a falta que eu e o Lucas não ensine.
Suzana: Quando começar a falar não vai parar mais.
Nícolas: Cadê a Borboletinha do vovô? - A Maria se agitou toda e foi andando até o avô, que a pegou nos braços e beijou seu rosto. - Mas a moça tá muito bonita com esse lacinho azul.
Leandro: A Maria tá com as anteninhas de vinil em pé. - Gargalhei. Desde que o Leandro chegou ele implicou com as chuquinhas no cabelo da sobrinha. - Chapolinzinha! - Apertou o nariz que pequena. Vi a Karina surgir atrás do pai e inticar com a Maria Luíza.
Karina: Vem com a vovó? - Ela se jogou para o colo da avó. - Fala assim ó, vovó.
Sofia: Ah não fala. Eu e o Lucas já até desistimos de tentar.
Maria Luíza: Vó. - Falou olhando para a Karina.
Karina: Ah, meu Deus, ela falou! - Gritou. - Fala de novo, amorzinho.
Maria Luíza: Vó.
Lucas: Eu não acredito! - Me abraçou indignado. - Poxa filha, pensei que a tua primeira palavra fosse papai ou mamãe. A gente da duro pra criar os filhos, e a primeira palavra que ela aprende é vó. Fico indignado com uma coisa dessas! - Ri.
Suzana: Fala de novo. - Os avós corujas rodearam a menina e praticamente a obrigaram a repetir a palavra Vó pelo menos um milhão de vezes. Quando ela se cansou, fez rena para ir para o chão e foi brincar com os tios.
A família toda parou para admirá-los. O Léo e o Tuca tem o maior cuidado com a Maria, a danadinha é esperta e muitas vezes faz manha só pra conseguir o que quer dos tios. Isso acontece com o Leandro e com os avós babões também.
Sem contar o senhor Lucas, que só falta deixar a pequena sentar em sua cabeça e fazer o que quiser. Se não for eu tomar as rédeas da situação a Maria Luíza faz o pai de gato e sapato.
Quando o pessoal foi embora e restou só eu, o Lucas e a Maria, tirei suas roupas e a deixei só de fralda. Sentamos no chão da área e fomos chupar melancia. Eu mal peguei uma fatia na mão e a Maria Luíza já abocanhou.
Lucas: Gulosa. - Mexeu nos tufinhos de cabelos dela. Eu e o Lucas ficamos babando nela, que mal dava atenção pra nós dois. Quando o assunto é melancia o mundo pode cair que ela não da bola. Quando ela ficou satisfeita, levei-na para o banheiro e lhe dei um banho rápido, como o sol ainda brilhava deixei ela só de fralda e deitamos na minha cama, seus olhos se fechavam e abriam repetidas vezes.
Sofia: Dorme. - Acariciei seu rosto angelical.
Lucas: Já dormiu? - Sussurrou entrando no quarto.
Sofia: Isso responde a tua pergunta? - Assim que ela ouviu a voz do pai, tratou logo de se sentar na cama e coçar os olhinhos.
Lucas: Vamos dormir com o papai? - Ele se deitou do outro lado da cama e colocou a Maria deitada de bruços em seu peito. Me aproximei deles e encostei minha cabeça em seu ombro esquerdo. Fiquei admirando o Lucas fazendo carinho na nossa Ruivinha e cantando uma canção de ninar pra ela, que fechou os olhos e segurou a gola da camiseta do pai.
Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei ter uma vida assim tranquila e feliz. Se alguém me dissesse ano passado que a minha vida daria essa reviravolta, eu provavelmente internaria essa pessoa em um manicômio e jogaria a chave fora.
Hoje sou uma mulher extremamente realizada. Tenho uma filha saudável, um marido maravilhoso, pais e irmãos unidos, do jeito que eu sonhei a minha vida toda.
Certa vez alguém me disse que o sofrimento não dura para sempre, naquela época não acreditei muito mas, hoje vejo que é verdade. Ninguém irá sofrer pra sempre, nem que seja por alguns segundos a vida nos dá a chance de ser feliz. O ditado: " depois da tempestade vem a calmaria" se encaixa perfeitamente na minha vida.
Por mais difícil que seja, não deixe de acreditar e sonhar, existe sim um paraíso no fim do arco-íris e eu sou a prova viva de que isso é verdade!


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