Capítulo 35

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 • Lucas •
Sofia: E eu fico só com você. - Olhou nos meus olhos. - Vamos com calma. Vamos continuar sendo amigos do nosso jeito e mais pra frente vemos esse lance de namoro. - Beijou o canto da minha boca.
Lucas: Queria poder te chamar de minha namorada.
Sofia: Me chama do jeito que você quiser, só vamos continuar assim. - Me deu um selinho, mais outro e mais outro. E quando dei por mim a minha chateação já tinha ido para o espaço.
Lucas: Odeio esse jeito teimoso.
Sofia: Eu sei que é mentira. - Sorriu.
Lucas: Odeio mais ainda o jeito que você consegue me sobrar.
Sofia: Eu sei que você gosta disso. - Me beijou. Peguei impulso com meu corpo e inverti a posição.
Lucas: Marrenta. - Sussurrei contra seus lábios.
Sofia: Mandão.
Lucas: Minha namorada. - Beijei seu pescoço.
Sofia: Meu namorado. - Levantei meu rosto e olhei em seus olhos. - Já falei que odeio o jeito que você me olha e me faz atender todas as suas vontades?
Lucas: Já falou, inclusive hoje mais cedo. - Sorri largo. - Minha namorada. - Trocamos um sorriso bobo e voltamos a nos beijar, depois disso dormimos bem coladinho um no outro. Eu sei que isso parece meloso demais pra sair da boca de um homem adulto, mas é assim que eu fico do lado dessa mulher. Um homem meloso e cheio de delicadeza. As vezes me sinto uma menininha. Será que isso normal? Talvez​ seja só mais um sintoma do amor. Eu mais pareço um bobo alegre, isso sim.
Olha o que essa Ruiva tá fazendo comigo!

• Sofia •
(...)
Sofia: Tô morrendo de saudade dos meninos. - Eu e o Lucas andamos pela cidade toda e agora estamos estirados na cama, mortos de cansado.
Lucas: Eles também estão. - Virou o rosto em minha direção e enlaçou nossos dedos. - Ainda não tô conseguindo acreditar que você aceitou meu pedido. - Sorri largo.
Sofia: Pois acredite.
Lucas: A mãe e o pai vão pirar quando souber.
Sofia: Eles faziam a maior torcida.
Lucas: Outro que vai surtar vai ser o Vinicius.
Sofia: Já até consigo ver o escândalo que aquele maluco vai fazer. - Gargalhei.
Lucas: Tô louco pra gritar para o mundo que você é minha. - Se jogou por cima de mim e apoiou as mãos em cada lado da minha cabeça.
Sofia: O mundo todo já sabe disso. - Acariciei sua barba e olhei em seus olhos. - Só você que ainda não tinha percebido.
Lucas: Eu sou muito lerdo.
Sofia: Muito lerdo. - Abracei seu pescoço. - Meu lerdinho. - Selei nossos lábios.
Lucas: Minha Ruivinha. - Trocamos um sorriso bobo e grudamos nossos lábios. Ah, como eu amo esses beijos e esse carinho. - Eu tenho a namorada mais linda do mundo inteiro. - Sorri largo.
Sofia: Acho que você precisa de óculos.
Lucas: Quem precisa é você! - Voltou a me beijar. - Bobinha. - Beijou a ponta do meu nariz.
Ficamos namorando mais um pouco e depois nos reunimos com o pessoal na pensão e fomos jantar.
Renata: O casal hoje tá tão sorridente, repararam?
Peter: Eu reparei. Acho que ontem teve. - Os outros explodiram em uma gargalhada e eu fiquei igual um pimentão.
Maria: Oh, o respeito menino. Desse jeito você vai matar os dois de vergonha. - Olhei para o Lucas e vi que ele está com tanta vergonha quanto eu.
Antônio: Amanhã vocês já vão pra casa então? - Trocou de assunto.
Lucas: Tô pensando em pegar a estrada de madrugada.
Maria: O tempo tá fechando acho bom vocês deixarem pra ir amanhã cedinho.
Peter: Deu agora no Jornal que tá vindo um temporal pra cá.
Sofia: Acho melhor esperar amanhecer. - Peguei na mão do Lucas. Lucas: Mas aí não vai dar tempo de passar em casa e descansar.
Sofia: Não tem problema.
Lucas: Vai ser cansativo sair daqui e ir direto para o trabalho.
Sofia: Um dia só não faz mal.
Maria: Escuta a Sofia.
Lucas: Tudo bem. Vamos só amanhã.
Sofia: Obrigada. - Deitei minha cabeça em seu ombro.
Peter: Acho que vocês deveriam ter um filho. - Sorri. - Ele vai ser muito fofinho.
Renata: Imagina, uma ruivinha com os olhos e o jeito do Lucas.
Lucas: Meu sonho é ter um filho, mas por enquanto tá cedo pra pensar nisso. - Beijou minha testa.
Maria: Eu já consigo imaginar uma criança com a cara de vocês dois.
Lucas: Ia ser um sonho. - Apertou minha mão.
Ficamos falando nos filhos que talvez nem teremos, até quase de madrugada. Quando o cansaço bateu, eu e o Lucas corremos para o quarto e pegamos no sono em um piscar de olhos.
Durante a madrugada não teve tempestade ou chuva, mas decidimos mesmo assim pegar estrada só de manhã cedinho.
Quando acordamos todos já estavam de pé, nos despedimos​ de cada um deles e pegamos estrada. A viagem foi cansativo, mesmo cedinho pegamos um​ pouco de trânsito.
As 8 em ponto o Lucas estacionou a moto em frente a lanchonete.
Sofia: Parece que faz anos que eu não venho aqui. - Olhei para cada pedacinho da fachada.
Lucas: Tá com saudade né?
Sofia: Muita. - Sorri largo. - Agora você precisa ir, se não nós dois vamos nos atrasar.
Lucas: Eu vou, mas primeiro me da um beijo. - Me encostei no tanque da moto e rodeei seu pescoço com meus braços.
Sofia: Só um?
Lucas: Não, um montão. - Respondeu passando um dos braços pela minha cintura. - Vou sentir sua falta.
Sofia: Vou sentir a tua também. - Selei nossos lábios. - Tenha um ótimo dia.
Lucas: Você também. - Lhe dei mais alguns selinhos. - Me dá um beijo de verdade, vai. - Sorri e atendi seu pedido. Ah, como eu amo os nossos beijos. Descolei nossas bocas quando a falta de ar nos pegou. Sai dos seus braços e me afastei da moto. - Tchau, gatinha.
Sofia: Tchau. Toma cuidado na estrada.
Lucas: Pode deixar. - Ele me mandou um beijo no ar, voltou a colocar o capacete e seguiu pelas ruas. Fiquei observando-o até perdê-lo de vista. Dei alguns passos e fiquei de frente para a porta da lanchonete, assim que abri a porta senti meu coração disparar e as lágrimas brotarem em meus olhos. Tinha uma faixa bem grande na parede com a seguinte frase "Bem-vinda​ de volta, Sofia! ". Olhei para os meus colegas de trabalho que batiam palmas e comecei a chorar, enquanto cada um deles vinha me abraçar.
Nícolas: Você tá tremendo. - Riu enquanto me abraçava mais uma vez. - Gostou da surpresa?
Sofia: Eu amei. - Sorri largo e enxuguei as minhas lágrimas. - Vocês são incríveis.
Carol: Você que é.
Gustavo: Isso aqui não é mesmo sem você.
Nícolas: Pode acreditar no que ele diz.
Sofia: Eu estava morrendo de saudade de vocês e desse lugar.

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