Capítulo Três - Um Oni Diferente

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A mesma pessoa que cuidou dele gentilmente, o acolheu calorosamente, que o tratou como um filho, que o mimou abertamente para o mundo, sem se importar com os olhares de nojo, os sussurros furiosos, os murmúrios...

Acreditar que essa mesma pessoa, mentiu e o abandonou, estava completamente fora de questão. Gyuutarou conhecia [Nome], sabia que ele não iria o abandonar.

No dia seguinte, quando Gyuutarou acordou, animado para ver [Nome] ao seu lado, ele viu que o mesmo desapareceu sem deixar vestígios...

E a única pista, era que as portas principais estavam abertas, e o portão entre-aberto, como se alguém tivesse entrado, ou saído, e se esqueceu de fechar. Ou, deliberadamente deixado assim...

O garoto, no início, pensou que [Nome] apenas foi comprar algo no mercado. Então obedientemente, Gyuutarou esperou [Nome]. As horas iam passando, e o sol saiu de trás das nuvens.

O adolescente de apenas 10 anos ficou ansioso, mas continuou a esperar. E novamente, o tempo se passou em um piscar de olhos, e começou a escurecer. Gyuutarou não aguentou mais esperar, mesmo que o garoto estava nervoso e com medo, ele esperou por mais um dia.

Logo, quando quase um dia se passou, Gyuutarou saiu em busca de [Nome].

Ele caminhava entre as ruas, virando várias e várias esquinas, mas não tinha uma alma viva. As ruas sempre estavam cheias nesta hora do dia, qual era a ocasião, para não tem nenhum ser vivo andando?

Isso apenas aumentou o mau pressentimento que Gyuutarou estava a sentir, o garoto começou a procurar como um louco por [Nome].

– Você escutou? – Gyuutarou derrepente congela ao escutar os sussurros—o garoto sempre teve uma boa audição—ele se aproximou discretamente do grupo – Aquele cara é realmente louco. Ele teve a opção de entregar aquele garoto e sobreviver... Mas desperdiçou sem piscar. – ele negou, em um suspiro triste, e decepcionado.

– Quem não soube? A vila inteira está rindo. Realmente, aquele cara tem coragem em ajudar alguém como.. Urgh, aquela criança – ela suspirou, com uma mão em seu rosto, com nojo em falar o nome do garoto.

– É assim? Não vejo problemas quanto a isso – o último do grupo franze as sombrancelhas, não entendendo o motivo da situação.

– Ah, sim, você é um forasteiro – o amigo apoiou o braço no ombro do outro, e riu.

– Resumindo: Um cara chamado [Nome] cuida de uma aberração chamada Gyuutarou – ele ri, mas logo o olhar dele brilham em desdém – Me dá náuseas falar o nome do garoto.

– ... – o forasteiro pensou, e apenas resolveu ignorar, falando em um tom meio esquisito – Vocês realmente são... Se ele é apenas um garoto, por que todo esse–

– Ah, sim, souberam que, recentemente, um grupo de mercenários que foram contratados por uma mulher, sequestraram [Nome]? – ela sorriu maliciosa, olhando para os companheiros animado—claramente não deixando o outro continuar.

– Sério? Finalmente vai ensinar aquele frouxo de merda o lugar dele – ele revirou os olhos, e sorriu sombrio para os companheiros – Ele ousou contrariar uma madame de família rica, e agora vai receber o julgamento, nada mais justo, não?

Todo o grupo começou a desprezar [Nome], enquanto o cara forasteiro saia, e ia embora, como se ele estivesse em um lugar com ar tóxico, ele saiu pensativo, embora.

A expressão de Gyuutarou hesita, e ele arregala os olhos, assustado com as falas deles.

Julgamento? O que eles quis dizer com isso? Gyuutarou fica confuso, mas, começou a correr em direção a onde seu instinto dizia.

𝖀𝖒 𝕺𝖓𝖎 𝕯𝖎𝖋𝖊𝖗𝖊𝖓𝖙𝖊? [𝔐𝔞𝔩𝔢ℜ𝔢𝔞𝔡𝔢𝔯×𝔐𝔲𝔷𝔞𝔫] Onde histórias criam vida. Descubra agora