𝖀𝖒 𝕺𝖓𝖎 𝕯𝖎𝖋𝖊𝖗𝖊𝖓𝖙𝖊? [𝔐𝔞𝔩𝔢ℜ𝔢𝔞𝔡𝔢𝔯×𝔐𝔲𝔷𝔞𝔫]

Capítulo Cinquenta e Cinco - Um Oni Diferente

Kagaya e Muzan estavam frente a frente. Onis, e caçadores ao redor estavam se encarando. Os caçadores segurando as nichirin, tremendo como folhas de uma árvore.

Os onis babavam, mas não ousaram agir. Não com Muzan parado, ele mesmo sem fazer nada.

– Qual a sua ideia, Ubuyashiki? – Muzan calmamente perguntou, a flor estava, ainda, nas mãos de Kagaya. O oni jura, que se ouvesse apenas uma pequena brecha, ele iria quebrar o pescoço de Kagaya, e tomar a maldita flor para si.

A tensão ali, pairava no ar como uma tempestade prestes a estourar. Os onis se posicionavam à sombra das árvores, galhos, chão, e pendurados, prontos para atacar.

Por outro lado, os caçadores de demônios se agrupavam, preparados para defender seu mestre, ou a si mesmos. Todos temiam por aquilo, afinal, o oni a frente não era outro, se não o Rei dos Onis, Muzan Kibutsuji, o Primeiro Oni... o mais poderoso.

Kokushibou e Akaza estavam um do lado do outro, os braços cruzados e olhos fixos nos hashiras que estavam com Kagaya.

Em algum momento, Giyuu e Rengoku se juntaram. Eram todos os Hashiras, contra duas Luas Superiores e o próprio rei dos onis.

Se fosse ocorrer uma batalha agora... seria um massacre para ambos os lados.

– Muzan, serei bastante direto. Eu quero oferecer você um acordo temporário de paz. – Kagaya estende a mão, gesticulando com a mão, o criado o ajudando a se apoiar, e ele estava cercado pelos Hashiras, como uma parede impenetrável.

– ...Um acordo de paz? – os caçadores se entre olham, e vários onis zombam, e riram baixo, mas foram silenciados pelo olhar mortal que Muzan os deu.

Até Muzan estava chocado, mas ele não ficou... irritado, ou tão furioso como pensava que ficaria.

E também, ele queria descobrir o que exatamente Kagaya planejava.

– Continue... – o Kibutsuji demonstrou uma pitada de interesse, o que trouxe bastante confusão a ambos os lados.

Giyuu e Kyojurou se entre olham, e depois observam o rei oni, confusos.

Tanjiro estava desacordado. O coitado tentou atacar no momento em que viu Muzan, mas imediatamente foi parado pelos hashiras, e colocado afastado antes que Muzan possa se quer vê-lo.

Ou o Rei Oni poderia ter enlouquecido.

– Ambos os lados veio crescendo em guerra. Os humanos temem os onis, e os onis temem os caçadores. Nós perdemos... crianças demais para seus onis. – Kagaya olhou para a flor, mesmo sem poder ver, ele se lembrava de como era a aparência da flor.

Era doloroso se lembrar de seus caçadores mortos.

Pessoas bondosas, gentis, e até mesmo alguns desonestos... mas todos eram suas crianças. E ele sentia uma dor imensa em pensar nas vidas perdidas.

– E... se você parar com os ataques, para sempre, eu irei fornecer a você, todos os anos quando o Lírio florescer. É uma promessa... Talvez um pacto. Mas ambos temos que cumprir... – Kagaya move a atenção novamente a Muzan, como se o olhasse nos olhos.

– ...como eu posso acreditar em você? – Muzan cerra os punhos. Era uma proposta tentadora demais.

Ele temia estar sendo enganado.

Muzan faria de tudo pelo Lírio.

Merda. Ele faria qualquer coisa.

Mas, um acordo de paz? Ter que manter os Onis sob controle, contra as suas fomes? Era impossível.