Capítulo Trinta e Cinco - Um Oni Diferente

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– Não, [Nome]. Quem no mundo pensaria em dar um tapa na bunda de alguem, e saber que ela estou ouvindo? – Muzan olhou para [Nome] com as sombrancelhas franzidas.

– Eu? – [Nome] desviou o olhar, encarando a parede.

– ... Pervertido. – Muzan franze o cenho, e cruzou os braços, se apoiando na mesa. – “Que vontade de bater na bunda do Mestre “, “O mestre tem uma bunda de respeito”... – o Kibutsuji colocou uma mão na testa, e soltou um suspiro. – [Nome], você por acaso é obcecado pela minha bunda?

– ...Sim? – [Nome] coçou a bochecha, e sorri sem graça.

– ...Inacreditável. – ele negou, e encarou o rosado. – É melhor você sair, se não eu posso acabar te matando aqui mesmo.

– Mestre não me mataria. – [Nome] cruzou os braços, negando com um sorriso gentil mas falso em seu rosto. – Quem iria te beijar, se me matasse? – ele estava brincando com o fogo.

– Eu vou te matar! – Muzan pulou em direção a [Nome], o moreno tentou pegar a garganta do Oni para o sufocar.

– Mestre, se acalme. – [Nome] deu uma sonora gargalhada, e se esquiva dos socos que Muzan tentava acertar no mesmo. – Eu estava apenas brincando!

– Brincando? Assumiu que é obcecado pela minha bunda, e está brincando sobre beijos? – Muzan gargalha, sombrio, seu riso sem vida, e assustador. – Não me faça rir, [Nome]. –

– Muzan! – ele exclamou, e gargalhou.

– Claro. Se eu falar que você pode apertar, como reagiria? – Muzan rosna, furioso.

– Eu iria apertar, e apenas deus saberia as coisas a mais que farei. – [Nome] sorriu diabólico, recebendo outro soco no estômago. – Aí, isso doeu... – ele sorriu, malicioso.

– Eu te mato, seu desgraçado! – Muzan cerra os punhos, e corre em direção a [Nome].

A aura que ele tinha em sua volta, fez com que [Nome] engolisse em seco, e fechasse sua boca. Pela primeira vez, ele se arrependeu de atazanar Muzan, e quis correr.

Mas, ao mesmo tempo, seu coração palpitava forte e rápido, animado.

Ah, eu sou masoquista, afinal-

– Mestre, desculpa! – [Nome] desviava dos socos de Muzan, e se afastava, até suas costas bater contra a parede, o deixando incapacitado a continuar a fugir. – Desculpa... – sorriu, envergonhado.

– ... – Muzan hesitou em socar [Nome], e socou a parede. – Merda! – se afastou, olhando com ódio para [Nome].

– ... – [Nome] o olhou meio confuso, e abaixou a cabeça, suas orelhas ficando vermelhas.

– ...Tanto faz. – Muzan se virou, e caminhou novamente em direção a sua mesa, ajeitando a gravata de seu terno.

E se Muzan parasse de ser paciente, e não gostasse de [Nome], e acabasse matando ele, e seus filhos...?

Ao mesmo tempo, ele sentia que Muzan escondia algo dele... Algo a mais.

– Retire-se, e esqueça tudo o que ouve aqui. Não irei repetir, então, saia. – Muzan avisou, sem olhar para o rosado.

[Nome] se sentiu estranho, e desconfortável. Mas ele não conseguia evitar ser tão... Ele.

Era meio diferente agir normal, e, [Nome] sabia que ele não iria parar, e voltaria a atormentar Muzan.

...

Ele sabia que não conseguiria.

– Mestre... Você me trás para cá, e me expulsa? – [Nome] sorriu, fazendo beicinho, ele olha lamentável a Muzan.

𝖀𝖒 𝕺𝖓𝖎 𝕯𝖎𝖋𝖊𝖗𝖊𝖓𝖙𝖊? [𝔐𝔞𝔩𝔢ℜ𝔢𝔞𝔡𝔢𝔯×𝔐𝔲𝔷𝔞𝔫] Onde histórias criam vida. Descubra agora