¢ Smut ¢
Patrick estava extremamente animado. Era a primeira vez que veria seu namorado em 4 meses, desde que tinha ficado em Chicago enquanto o outro se mudara para Los Angeles. Era difícil manter um relacionamento à distância, então, tinha conversado com uns colegas de trabalho dele e conseguido seu endereço para fazer uma surpresa. Tinha até comprado flores e alguns chocolates chiques.
Finalmente veria o rosto do seu amor depois de tanto tempo!
Ele deu algumas batidas animadas na porta do apartamento 78B, mas outra pessoa atendeu. Um cara muito musculoso, suado e usando somente uma toalha branca na cintura. Conferiu o número mais uma vez antes de falar com o desconhecido e, bom, parecia estar no lugar certo.
- Bom dia. O... Marcus mora aqui!?
- Bom dia! Mora sim. Sou o namorado dele. Vocês são amigos?
Namorado. Namorado?
- Uh, sim.
- Vou chamar ele pra você.
- Não precisa!
- Não vai ser incômodo.
- Tá...
Após alguns segundos ele reapareceu, acompanhado do homem, que, obviamente, entrou em pânico assim que viu o ruivo.
- Patrick, o que está fazendo aqui?
- Oi, "amor" - fez aspas com os dedos -, vim para te ver. Mas acho que você não vai sentir falta do seu namorado, já que tem outro.
- Como assim? - o rapaz falou.
- Não sabia? Oh, ele enganou nós dois? É, sou o cara que ele deixou em Chicago, com a promessa de que não mudaria nada no nosso relacionamento.
- Olha, Patrick, eu posso explicar…
- Vai se foder! Espero que você apodreça sozinho, seu filho da puta, porque eu sei que ninguém vai amar de verdade um bosta assim.
Ele tentou argumentar, mas o outro entrou na discussão e o menino simplesmente virou as costas e foi embora, carregando as flores patéticas nas mãos. Resolveu não esperar o elevador e desceu as escadas rapidamente, tendo que parar algumas vezes para secar as lágrimas que nublavam sua visão.
Foi só quando chegou no térreo que pensou mais a fundo sobre o quão fodido estava. Não tinha alugado um quarto de hotel, afinal, esperava ficar na casa do seu querido namorado. Além de humilhado, estava sem teto. Decidiu, então, perguntar para o porteiro qual o hotel mais próximo para que pudesse se hospedar, pelo menos por um dia, e chorar o quanto quisesse.
- Bom dia - tentou ao máximo não deixar a voz falhar.
- Bom dia. Em que posso ajudar?
Era um moço jovem, com uma maquiagem pesada nos olhos e uma franja levemente caída no olho.
- Tem algum hotel por aqui?
- Tem um que fica a algumas quadras. Quer o nome e as coordenadas?
- Sim, por favor, obrigado, sei lá.
Observou-o escrever algumas coisas em um papel, mas não prestou muita atenção. Só conseguia pensar na hora em que poderia chegar em um lugar privado, ligar para seu melhor amigo e contar tudo.
- Pronto! - entregou a folha - Precisa de mais alguma coisa?
- Não, não, obrigado - olhou para o buquê nas mãos - mas se você quiser pode ficar com isso. Dar para alguém, sei lá.
- Não quero ser enxerido, mas tá tudo bem?
- Acabei de descobrir que estou sendo traído há meses.
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One shots
FanfictionApenas idéias aleatórias que vêm na minha mente e são escritas em formas de pequenas estórias. ★ Peterick ✩ ★ Trohley ✩ ★ Frerard✩ ★ Rikey ✩