Elevador ●Peterick●

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Nota: ok mas tipo imaginem o Pete como nessa foto (Não é culpa do Patrick estar tipo #lugaresondequeriasentar)

~ Patrick, um jovem entregador de pizza, fica preso em um elevador de um prédio comercial com um homem desconhecido ~
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Eu estava nervoso, obviamente. Era meu primeiro dia no emprego. Não que entregar pizzas fosse o trabalho mais difícil do mundo, mas realmente precisava daquilo para sobreviver na faculdade.
Com a sorte que tinha, minha primeira entrega era em uma das maiores empresas da cidade. Para o presidente. Peter Wentz. Bilionário, jovem, tudo que sabia sobre ele. Nunca tive muito interesse em saber da vida de gente como ele. Não que a mídia soubesse muito, esse homem era um completo mistério para a maioria. Ele jamais falava em público e seu rosto estava sempre oculto para as câmeras.
Passar pela segurança foi um inferno. Por que eu iria querer matar aquele cara? Sequestrar, talvez. Mas seria impossível sair dali com ele sem ser visto. Por que estava pensando nisso? Provavelmente o nervosismo estava tomando conta de mim enquanto esperava o elevador abrir. Se havia uma coisa constrangedora era a viagem de elevador. Duas ou mais pessoas presas num pequeno quadrado sem assunto e um silêncio desconfortável no ar. Essa era a razão de eu querer entrar logo antes que o rapaz que caminhava naquela direção entrasse.
Infelizmente, demorou demais. Quando finalmente pude adentrar no veículo - isso sequer pode ser chamado assim? - ele entrou junto. Observei o bilhete na minha mão indicando o andar e pressionei o vigésimo quinto andar. Ele apenas fitou o botão e se encostou na parede. Provavelmente trabalhava para Peter, por isso iria no mesmo andar.
Enquanto esperava os longos segundos, aproveitei para observá-lo disfarçadamente. Era bonito. Tinha a pele bronzeada e cabelos negros. Parecia ser um pouco mais velho que eu, provavelmente dois ou três anos. Bem, com certeza, deveria ganhar melhor do que eu, dava para perceber pelo terno que usava. Se realmente trabalhasse para o chefe, era compreensível.
Ele percebeu que estava sendo encarado e me fitou de volta, desviei olhar para a bolsa com a pizza à minha frente, envergonhado. Geralmente ficava mais nervoso ainda perto de pessoas bonitas assim.
Subitamente o elevador parou e todas as luzes apagaram. Apertei com força a mochila contra meu corpo. Não que eu tivesse medo de escuro, apenas não planejava morrer aos vinte e dois anos em um elevador despencando.
Escutei alguém suspirar do meu lado e as luzes se acenderam. Encarei o homem com um olhar assustado, mas ele apenas caminhou até os botões e apertou o de comunicação.
- O elevador parou... sim, de novo... por favor, arrumem isso rápido.
Ele voltou com uma expressão irritada e se sentou no chão, sem dizer uma palavra sequer.
- Posso perguntar o que quis dizer com 'de novo'? - arrisquei.
- Semana passada um cara ficou preso aqui por umas cinco horas - respondeu sem me olhar.
Assenti. Cinco horas?! Não podia ficar tanto tempo ali. Precisava entregar aquela pizza ou iria perder meu emprego. Logo no primeiro dia. O pior, não tinha sinal para ligar para meu chefe e avisar o que havia acontecido. Aparentemente, meu colega de elevador também estava na mesma situação, já que o vi fitando seu aparelho com raiva.
Após quinze minutos de desconforto e silêncio constrangedor, resolvi me sentar. Eu não queria ficar encarando aquele cara, só que foi impossível me conter quando o vi tirar o paletó e levantar as mangas da camisa, revelando diversas tatuagens. Com certeza a temperatura daquele lugar já quente aumentou uma dez vezes quando ele desfez o nó da gravata e passou a mão no cabelo.
- Eu normalmente tento evitar qualquer tipo de relação humana, mas acho que vamos ficar aqui por um bom tempo. Qual o seu nome? - falou, ainda sem me fitar.
- Patrick. O seu?
Fechou os olhos, como se estivesse cansado, e respondeu:
- Jason.
Aquele nome não combinava com ele, nem um pouco. Imaginava que seria algo mais sério.
- Parece que sua entrega vai atrasar. Para quem é? - deu um sorriso simpático.
- Peter Wentz.
- Oh.
- Você o conhece?
- Nós trabalhamos juntos. Bem, está mais para eu trabalho para ele.
- Como ele é?
Jason pensou por alguns segundos antes de falar:
- É um babaca, as vezes. E gosta de comandar tudo e todos. Mas é um cara legal. Diferente do que a maioria da mídia fala sobre ele. 
- Não que ele dê muito material de verdade para a mídia...
Ele sorriu.
- Se estivesse no lugar dele faria o mesmo. As pessoas são loucas. Perseguem-o onde vai. Provavelmente faz anos que ele não tem um encontro. Eu me lembro da última vez que namorou alguém. Foi um inferno. Tínhamos que trazê-lo até aqui porque só podiam se encontrar no escritório, longe de todos que pudessem falar sobre aquilo. Ele tenta manter a vida o mais pessoal o possível, mas isso custa caro, muito caro. Acho que muitas vezes ele gostaria de ser um cara comum, como você.
- Certeza que não gostaria de entregar pizzas para poder sobreviver na faculdade.
- Você não sabe das coisas, garoto.
Revirei os olhos.
- Você me chama de garoto, mas deve ser quase da minha idade.
- Eu sei que você não tem vinte e sete anos - me observou.
- Só tenho cinco anos a menos!
- Um neném.
Começamos a rir. Ah, ele tinha um sorriso lindo. O fato de ele me chamar de 'neném' não me incomodou, estava perdido demais em sua beleza para me importar.
- Nós já falamos muito sobre o Pete, conte-me mais sobre você, Patrick.
- Minha vida não é muito interessante.
- Deixe que eu julgue isso - piscou com um olho.
- Hã, nem sei por onde começar.
- Faz qual faculdade?
- De música.
- Música? Você toca algum instrumento? - inclinou a cabeça levemente para a esquerda.
- Alguns. E também canto.
- Você canta?! Ah, deve ser algo adorável.
- As vezes consigo me apresentar em bares pequenos ou algo assim. Mas você provavelmente nunca teria tempo para coisas idiotas dessa forma.
Sua expressão mudou para um sorriso triste.
- Infelizmente você está certo. Bem, não que isso seja idiota. Eu adoraria te ver se apresentar. Só que... minha vida é o trabalho. Apenas isso. Sem tempo para amigos, família, relacionamentos. É uma droga, porém, eu sinto como se não pudesse escapar, entende?
- Você merece uma vida fora daqui. Sair, fazer amigos, arrumar uma namorada - ele riu.
- Eu não... curto mulheres.
Opa, isso é interessante.
- Eu também não.
Sorrimos. Ah, aquilo poderia ser muito interessante.
Jason fechou os olhos e suspirou.
- Eu faria tantas coisas diferentes se tivesse vinte e dois anos de novo. Infelizmente o tempo não volta.
- Mas não é tarde demais. Qual o seu maior sonho? O que você realmente gostaria de fazer?
- Gostaria de me mudar para um lugar no interior, longe das cidades e todas essas preocupações. Construir uma família, talvez com algumas crianças. Mesmo que não sabia se seria um bom pai. Gostaria de encontrar um cara legal, com quem possa ficar conversando até de madrugada ou que possa acordar com beijos todas as manhãs. Alguém para poder entregar flores em datas especiais e em momentos aleatórios. Eu... sei que isso é patético. Pareço um adolescente falando.
- Não é patético. Nem um pouco. É incrível.
- Qual o seu maior sonho, Patrick?
- Tocar as pessoas com a minha música. Não ser famoso em si. Quero mudar a vida de alguém com o que escrevo. Mas... não quero fazer isso para sempre. Amo a música, só que não quero que se torne toda a minha vida. Quero fazer mais amigos. Até me casar daqui a uns dez anos.
- Anotado - sorriu.
- O que?
- Estou planejando meu pedido de casamento para daqui a dez anos.
Uma parte de mim se animou por ter um cara extremamente atraente dizendo que se casaria comigo. A outra parte - a mais sensata - gritou por eu ter conhecido aquele homem há pouco menos de uma hora.
Decidi seguir o lado mais idiota e respondi:
- Já estou planejando aceitar.
- Tem mais uma coisa que gostaria de fazer. Tipo agora. Duas, na verdade.
- Quais são?
- A primeira é te chamar para sair. A segunda é comer essa pizza.
- A primeira eu aceito totalmente. Agora a segunda, acho que não vai ser possível. Esqueceu que tenho que entregar isso para Peter Wentz? Não acho que ficaria muito contente de esperar por horas e depois não ter o que comer.
- Olha, nós somos amigos, se eu explicar para ele não vai ter problema. Além disso, vou pagar.
- Não sei...
- Estou morrendo de fome. E Pete não vai se importar. Nós somos amigos desde sempre, ele vai entender.
Pensei por alguns segundos. Não podia perder o emprego. Precisava demais disso. Era arriscado. Se uma pessoa poderosa como ele falasse mal de mim, não pensariam duas vezes antes de me demitir.
- Ei, ele é um cara legal, vai entender. Vou contigo até a sala dele para explicar.
Ele estava quase implorando. Por uma pizza. Deveria realmente querer aquilo.
- Tudo bem. Mas tem que me prometer que não vou ser demitido por causa disso.
- Prometo - sorriu.
- Valeu a pena aceitar, só para ver seu sorriso.
Seu rosto ficou levemente corado. Era totalmente adorável.
Abri a bolsa e entreguei a caixa. Sua expressão se iluminou totalmente ao ver a comida. O cheiro se espalhou pelo ambiente e meu estômago reagiu. Estava preso ali háa tempo demais, a fome começava a surgir.
Observei enquanto mordia um pedaço, seu rosto se contorcendo em uma expressão de prazer. Ele realmente parecia gostar daquela comida.
- Sabe de uma coisa, cara? É mentira o que as pessoas falam sobre o sentido da vida. Sobre ser uma jornada para ser a melhor versão de si mesmo. O verdadeiro sentido da vida é pizza.
Comecei a rir, vendo-o morder outro pedaço.
- Quer? - questionou, empurrando a caixa para mim.
- Eu não deveria comer isso.
- Por que?
- Porque são as regras do trabalho.
- Paguei por isso. Posso dar a quem quiser.
Bem, aquilo faz sentido. Muito sentido.
- Ninguém vai saber. Só tem nós dois aqui. Eu facilmente comeria isso sozinho, então temos uma boa desculpa. Se formos ficar horas presos aqui não quero que você morra de fome.
Ainda hesitante, peguei uma fatia. Poderia ter sido a fome, o desespero por estar preso ali ou tudo junto, mas aquilo parecia a coisa mais gostosa que já havia colocado em minha boca.
- Gostou? - Jason disse, sorrindo.
- É muito bom.
- Que bom que fiz você comer então.
Murmurei um 'obrigado', que foi entendido mesmo que estivesse ocupado comendo.
Continuamos a saborear a 'refeição' em silêncio, quando percebi estava acabado.
- Isso estava muito, muito bom. Agora entendi porque o Pete sempre pede nesse lugar - falou.
- Não entendo a razão de um cara como ele comprar pizza em um lugar tão comum. Tipo, ele é muito rico, poderia comprar em lugares muito melhores.
- Talvez ele queira se sentir comum, como disse. Esquecer que é "Peter Wentz" por alguns minutos.
- Faz sentido - pensei um pouco - Você o conhece tão bem.
- Ah, nós somos amigos há muito tempo. Bem, nós éramos. Agora não temos mais tempo para esse tipo de coisa. Ainda acho que ele me considera uma amigo, mas não como nos velhos tempos.
A expressão de seu rosto era levemente triste, o sorriso havia deixado seus lábios.
- Não gostaria de ter uma vida assim - disse, sendo sincero - Nem mesmo por todo o dinheiro do mundo.
- Agora eu penso como você. Mas alguns anos atrás, só pensava em quanto iria ser feliz com um emprego que me desse bastante dinheiro. Bem, felizmente arrependimento não mata.
- Como eu disse, não é tarde demais.
- Você é um sonhador, gosto disso. Não passamos muito tempo juntos, porém, me senti bem novamente. Sem trabalho, preocupações. Uma conversa legal. Um garoto bonito. Tudo que poderia querer.
- Acho que eu me saí melhor. Tenho até um pedido de casamento garantido.
Rimos. Ah, aquela risada era um bom som.
Nosso momento foi interrompido pelas luzes que se apagaram novamente. O desespero percorreu meu corpo e, sem perceber, busquei algo no escuro até finalmente encontrar a mão de Jason que estava apoiada sobre a caixa vazia ao meu lado. Apertei-a levemente e ele pareceu entender que eu talvez estivesse com um pouco de medo. A pele dele era levemente quente - provavelmente devido ao calor que fazia dentro daquele espaço pequeno - e reconfortante. Após alguns segundos, a luz voltou e o elevador começou a se mover. Uma sensação estranha percorreu meu corpo. Não queria sair dali. Claro que ficar preso ali não era muito agradável. O que realmente importava era minha companhia. Não queria que meu tempo ao lado de Jason acabasse.
Relutantemente, soltei sua mão e me levantei. Escutei-o se levantando enquanto estava distraído demais arrumando minha bolsa.
- Ei, você me acompanha até meu escritório para eu poder te pagar pela pizza? E também te dar meu número, se ainda quiser, claro. Também temos que falar com Pete.
Foi impossível conter meu sorriso.
- Óbvio que quero.
- Ah, também podemos falar com Peter.
Meu sorriso vacilou um pouco. Queria poder esquecer daquele pequeno detalhe.
- Não se preocupe, vai dar tudo certo. Eu prometo.
Assenti, seguindo-o para fora do elevador assim que parou. O andar em que estávamos não era muito movimentado, afinal, não eram muitas as pessoas que tinham a possibilidade de ter contato direto com o chefe.
Havia apenas um grande sala no final do corredor - que presumi ser de Peter - com um homem sentado em uma mesa em frente. Assim que nos aproximamos, ele se levantou rapidamente e falou:
- Senhor...
- Depois conversamos - Jason respondeu, pegando chaves para abrir a porta.
Franzi a testa. Como ele tinha a chave? E deveria ser alguém de posição alta na empresa, pela forma como foi tratado.
-Sinta -se em casa - brincou, sentando na cadeira.
-Tem certeza que deveria estar sentado aí? Não acha que vai causar problemas?
- Certeza absoluta que não vai ter problemas.
Ele começou a vasculhar nas gavetas até encontrar uma nota de dez e me entregar. Depois, pegou um envelope, escreveu algo em cima e colocou várias notas dentro.
- Isso é uma gorjeta em compensação a ótima conversa. 
- Você não está roubando seu chefe... está? - soltei um riso nervoso.
- Eu... espere um instante - disse, em seguida apertando um botão em seu telefone e falando 'Jason'.
Observei confusamente enquanto o rapaz de fora entrava.
- O senhor me chamou? - questionou.
- Já consegui resolver, obrigado.
Aquilo não fazia sentido algum. Só consegui entender quando meus olhos pousaram sobre uma fotografia na mesa. Era ele junto a Brendon Urie, um outro empresário super rico. Lembrei-me de quando saiu nas notícias a grande notícia que eles haviam parado de se falar. Aquela imagem, no entanto, parecia recente. Peter com certeza não gostaria que seu amigo conversasse com seu maior rival. A não ser que fosse tudo mentira. Ou que... Jason não existisse.
- Você é... Peter Wentz.
Um sorriso triste moldou seus lábios.
- Sim. Eu... me desculpe por ter mentido. Sabia que me trataria diferente se soubesse quem sou e não queria isso. Queria que pudessmos conversar. Sem a pressão de eu ser 'O Peter Wentz'. Entendo se não quiser sair comigo, foi errado mentir, tenho consciência disso. Eu...
- Cala a boca! - praticamente gritei, fazendo-o piscar algumas vezes. Ele provavelmente não era muito acostumado a pessoas mandando-o ficar quieto.
- É claro que quero sair contigo. Você é maravilhoso, nunca poderia não querer.
- Meu telefone está aqui - sorriu.
- Não posso aceitar isso - observei as notas dentro do pacote - Tem quase mil aqui!
- Claro que pode.
- Não, é demais.
- Não se preocupe. É quase nada para mim.
- Ouch - respondi - esfrega mesmo na minha cara que você é o Senhor Ricasso.
Ele revirou os olhos.
- Seu aceitar você me deixa pagar o jantar do nosso encontro?
- Para o lugar para onde vamos com certeza vai precisar de mais algumas notas.
Naquele momento provavelmente estava com o queixo quase no chão, chocado demais para falar algo. A última vez que tive um jantar que custou mais do que dez fora quando morava com meus pais.
- Onde é isso?
- Já ouviu falar de Paris?
Comecei a rir, mas a expressão séria dele me fez parar. Era inacreditável.
- Você realmente vai me levar para outro continente... no primeiro encontro?
- Sim - O seu tom de voz era como se estivesse constatando algo óbvio.
- Com quantos caras fez isso?
- Contando com você? - assenti.
- Um.
Arregalei os olhos. Aquilo era... incrível? Uma parte de mim - novamente a mais sensata - dizia que tudo era muito estranho. A outra apenas gritava de empolgação.
- Me perdoe se isso é demais, sei que pode ter sido muito rápido e assustador. Não se sinta pressionado a nada, eu...
- Você não cala mesmo a boca?! Jas - parei, corrigindo - Pete, você já meio que me pediu em casamento. Acho que isso não é nada demais.
Sorri, porém, logo uma preocupação tomou minha mente.
- Quando falou sobre Pete... estava falando sobre você mesmo, certo? Então, toda aquela coisa de relacionamento, era você?
O moreno suspirou, passando a mão nos longos cabelos.
- Você me fez perceber que não vale a pena uma vida se escondendo. Que se fodam as pessoas.
Sorri abertamente, assim como ele.
- Você deveria pedir pizza mais vezes - falei.
- Ah, definitivamente deveria.
Meu celular tocou, cortando o clima. Pete pôde facilmente descobrir quem era, através da minha expressão preocupada.
- Acho que preciso resolver algo com o seu chefe - murmurou.
Entreguei o aparelho a ele e o fitei enquanto falava. Tentei focar no que dizia, entretanto, ele era lindo demais para que pudesse prestar atenção em qualquer outra coisa que não fosse suas feições e o modo sério em que falava. Nem sequer parecia o mesmo homem com o sorriso brilhante.
- Patrick?!
Pisquei rapidamente, tentando disfarçar que estava olhando. No entanto, o sorriso em seu rosto significava havia percebido - e gostado.
- Consegui o resto do dia de folga para ti.
- Como...?
- Eu tenho meus meios.
- O que acha de fazermos algo juntos?
- Você não tem tipo que trabalhar?
- Não. Tenho pessoas para fazerem isso para mim, por algumas horas. Faz tanto tempo que não saio daqui com alguém. Principalmente um cara tão encantador.
Ele sabia exatamente como me conquistar.
- Vamos! - falei.
- Para onde? - inclinou a cabeça para a esquerda.
- Não sei!
Segurei sua mão e comecei a arrasta-lo para fora.
- Vai querer pegar o elevador de novo? - questionou.
- Foi tão ruim assim ficar preso comigo? - questionei.
Pete sorriu e passou o braço ao redor de meus ombros, sussurrando:
- Foi a melhor coisa que já me aconteceu.

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