Provocações ●Peterick●

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Aviso: linguagem ofensiva, sangue.

- Eu não vou colocar essa bosta no álbum! - Patrick gritou.


- Por que não faz melhor, então?


- Você é tão infantil, Pete, não sei como consegue.


- Você é tão babaca, Patrick, não sei como consegue.


Estávamos na minha casa, tentando decidir as letras que se tornariam músicas no próximo álbum da banda. O problema era que não conseguíamos concordar em nada, gerando uma briga interminável.

- Eu seria menos babaca se fizesse as coisas do jeito certo.

- Até mesmo porque só o seu jeito é certo - ironizei.

- Você nem tenta!

- Entreguei duas músicas prontas, mas não está bom para você. O que mais quer que eu faça?

- Não adianta ter várias ideias se todas são ruins!

- Se não quer o que fiz, faça tudo sozinho. Boa sorte sem a minha ajuda.

- Talvez eu faça mesmo!

- Estou esperando. Não é como se tivesse coragem para isso.

- Seria bem melhor sem a sua presença irritante.

- Se não explodir antes... sério, cara, você está parecendo uma panela de pressão.

- Que porra...? Vai tomar no cu!

- Oh, eu queria.

Ele franziu a testa, parecendo mais irritado ainda. Seu rosto estava tão vermelho que realmente parecia estar a ponto de explodir. Podia ver que tentou se controlar ao respirar fundo, mas não adiantava. Estava naquele estado há horas, não seria tão fácil.

- Você é um idiota.

- Você também.

- Pelo menos estou tentando fazer alguma coisa útil!

- Gritar comigo é útil?

- Talvez eu devesse fazer mais que gritar para ver se aprende!

- Vai me bater? Vai me ensinar uma lição? - sorri.

- Talvez eu bata.

- Vá em frente.

- O quê?

Aproximei-me dele, encarei profundamente em seus olhos e disse:

- Vá em frente... Pat.

Ele me empurrou com força e perdi o equilíbrio, caindo no chão. Fiquei levemente sem ar, porém, não poderia perder a oportunidade de provocá-lo. Era tão engraçado vê-lo nervoso daquela maneira.  Tentava ignorar o quanto algumas palavras deles me magoavam e cobrir isso com provocações sem sentido.

- É só isso que consegue fazer? Esperava mais de alguém com um ego tão grande.

- Não me faça te socar.

- Ah, eu adoraria isso.

- Você é o que? A porra de um masoquista?

- Você não é? Não adoraria me bater, Patrick? - sentei, para que pudesse vê-lo melhor.

- Claro que não!

- Oh - fingi um gemido exagerado - me bate, Patrick! Oh, por favor! Você fica tão sexy irritado! Bate em mim, me ensine uma lição! Ah!

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