Stupid Sorry 🎶

twenty seven

O sol iluminava a pequena chácara no subúrbio da cidade que naquele momento se encontrava silenciosa. Do lado de fora, na quietude da manhã de domingo, nem se podia imaginar o que se encontraria ao abrir a grande porta de madeira que a separava da rua.

Para além das portas era capaz de se ver pelo gramado algumas poças de substancias desconhecidas e de coloração duvidosa, um ou outro jovem dormindo com peças de roupa faltando, ou duas pessoas abraçadas numa boia gigante que boiava em sua plenitude pela piscina. Na cama elástica três meninas dormiam abraçadas entre si e com umas quatro garrafas de vodka ao redor. Todas as espreguiçadeiras estavam ocupadas por jovens alcoolizados e desnudos, assim como também no trampolim da piscina, há uns cinco metros acima da água. Ao entrar na casa, uma pequena construção de madeira no meio do espaço, é possível se deparar com sofás, balcão, cadeiras e colchões ocupados por mais pessoas que, estranhamente, possuíam pouca vestimenta, molhadas, claramente sujas e babadas. O único som que se é capaz de ouvir são dos roncos por todo o ambiente.

Essa paz durou pouco porque, alguns minutos depois, um grito irrompeu o silêncio.

— QUE PORRA É ESSA? – Sunwoo gritou, o coração acelerado ao ver aquela cena.

Um segundo antes estava abrindo seus olhos e admirando o quanto seu namorado ficava fofo dormindo. New estava com aquele biquinho que pedia beijo, com os braços e pernas em volta dele e ressonando baixinho. Estava tudo perfeito até que sentiu que a cama se mexeu, mas nem ele e nem Chanhee tinham se movimentado. Levantou cautelosamente a cabeça, retirando os braços de debaixo da cabeça de New para não o acordar e observou a cama além dele. Younghoon abraçava descaradamente a cintura de New e atrás, com pernas e braços enlaçados a Younghoon, estava Changmin. Eles tinham dormido de conchinha?!

— Argh, minha cabeça. – Kyu resmungou após o grito que Sun soltou e abriu os olhos lentamente, antes de ele mesmo gritar em exclamação, se afastando de Younghoon. – PUTA QUE PARIU!

Aos pouquinhos os outros dois se remexeram na cama e se viraram, se encarando.

— Bom dia, amor. – Younghoon murmurou e beijou a testa de Chanhee.

— Vai se foder! – Sunwoo exclamou lhe dando um tapão na testa, o que fez o outro gemer em protesto.

— Mas que porra? Como a gente veio parar aqui? – Hee murmurou, ainda sonolento.

— Pelo menos estamos vestidos? – Kyu perguntou, se sentando na cama.

— Eu não. – Hoon sorriu malicioso para os outros três.

Pouco eles lembram daquela noite.

10 horas antes...

Younghoon abriu as duas portas da chácara, como se estivesse abrindo as comportas do inferno, com um sorrisinho malicioso nos lábios.

— Pensei que você não ia abrir nunca. – Haknyeon foi o primeiro a se pronunciar, sendo seguido pela reclamação das outras cinquenta pessoas que esperavam do lado de fora.

— Eu precisava me certificar de que todos iam ter chegado pra poder cobrar de forma justa a entrada pro evento. – Hoon falou fingindo ofensa.

— Seu aniversário não é um evento, Younghoon. – Wyatt falou, revirando os olhos.

— Quem foi que convidou ele? – Hoon murmurou para Juyeon, que riu.

— Temos três regras importantes que precisam ser cumpridas hoje. A primeira; pra entrar é preciso dar um selinho no aniversariante e beber um copinho da gelatina alcóolica. – Juyeon falou alto para os convidados.

Ele quem tinha ajudado o Younghoon a organizar a festa e também tinha alugado a chácara como presente de aniversário, como o bom burguês e melhor amigo que é.